Qui, 25 de Outubro de 2012 10:17 por: cnbb
Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
Milagre é um fato extraordinário, que
não se explica por causas naturais, atribuído à intervenção sobrenatural de
Deus, para o bem espiritual dos homens. Deus governa o mundo por leis físicas,
químicas e biológicas por ele criadas. Daí que as exceções a essas leis por sua
intervenção - os milagres - são raras e extraordinárias. Em sua vida terrena,
Jesus andou uma vez sobre as águas, mas não sempre; curou alguns cegos,
paralíticos e leprosos, ressuscitou mortos, mas não todos.
Ele usou de milagres
para comprovar sua divindade e missão divina.
Notícia deste mês: uma religiosa
italiana, Irmã Luigina Traverso, que sofria de paralisia ciática meningocele
lombar, foi curada “miraculosamente” em Lourdes, França, “por intervenção
extraordinária de Deus obtida pela intercessão de Nossa Senhora”, conforme
reconheceu, no dia 11 de outubro passado, Dom Alceste Catella, Bispo de Casale
Monferrato, diocese italiana onde reside a religiosa. Esta foi a 68ª cura “sem
explicação” de Lourdes oficialmente reconhecida. O Bispo da diocese de Tarbes e
Lourdes, Dom Nicolas Brouwet, assim como o Dr. Alessandro de Franciscis,
presidente do Bureau des Constatations Médicales de Lourdes apresentaram os
fatos em uma conferência de imprensa no último dia 12 de outubro.
O mais interessante é que essa cura
ocorreu em 23 de julho de 1965, há, portanto, mais de 47 anos, mas só agora é
que foi reconhecida pela Igreja.
Em Lourdes, onde Nossa Senhora apareceu
a Santa Bernadete, muitas pessoas são curadas. Para o exame e constatação
dessas curas, criou-se o Bureau Médical de Lourdes, do qual participam médicos
de todos os credos religiosos, inclusive ateus, e os documentos ficam à
disposição dos especialistas de qualquer parte do mundo. Um processo para
declaração de milagre, feita no Bureau Médical de Lourdes, leva, pelo menos, 5
anos, com várias instâncias a percorrer. Na primeira instância, são feitos
exames médicos e psiquiátricos rigorosos; qualquer explicação natural da cura
leva o caso a ser encerrado. Ademais, só se aceitam doenças orgânicas e não
apenas funcionais. Espera-se um ano, antes de dar a comprovação da cura
definitiva. Na segunda instância, o caso é reapresentado à discussão. Na
terceira instância, um relator leva o caso à Comissão Médica Internacional em
Paris. Se o caso passar por esse crivo, declara-se que tal cura extraordinária
não tem explicação na medicina, que o considera “milagre” e o entrega à Igreja
para um processo canônico. Uma comissão, constituída pelo bispo do local onde
mora a pessoa curada, examinará minuciosamente o caso sob todos os aspectos
físicos e morais e os resultados médicos. Após todas as análises, o bispo
confirmará, não só apenas com os olhos da ciência, mas também com os olhos da
fé, o possível milagre.
Mais de onze mil casos já passaram da
terceira instância com a confirmação médico-científica de que não há explicação
para tal cura. No entanto, até hoje, apenas sessenta e oito de todos esses
casos (incluindo o da Irmã Luigina) foram tidos como milagre pela quarta
instância, ou seja, pela Igreja, que se mostra, nesses casos, mais rigorosa do
que a própria medicina.
Boa noite. Achei interessante o post sobre milagres e estou trabalho a prática da fé no processo de cura e milagres numa comunidade aqui em Belém do Pará. Gostaria de saber se vocês têm textos que tratam sobre isso? Como posso consegui-los? Se tiverem podem me encaminhar por favor, para meu e-mail? wellingtonoreis@hotmail.com
ResponderExcluirAgradeço desde já toda ajuda prestada em meu favor.
Att.: Wellington Reis