Sex, 12 de Outubro de 2012 10:16 por: CNBB/RADIO
VATICANO
Nesta sexta-feira, 12 de outubro, o
Santo Padre recebeu em audiência, no Vaticano, o Patriarca Ecumênico de
Constantinopla, Bartolomeu I e os bispos que participaram do Concílico
Ecumênico Vaticano II, e os Presidentes de Conferências Episcopais.
O Papa ainda almoçou com os Padres
Sinodais, com os bispos que participaram do Concílio Ecumênico Vaticano II, e
com os Presidentes de Conferências Episcopais, cerca 500 pessoas. Presentes
também o Patriarca Bartolomeu I e o Arcebispo anglicano, Willians.
No seu discurso aos Padres
Conciliares e aos presidentes das Conferências Episcopais o Santo Padre afirmou
que
nos seus rostos via também os centenas de bispos que em todas as regiões da
terra estão comprometidos no anúncio do Evangelho e no serviço à Igreja e ao homem,
em obediência ao mandato recebido de Cristo.
São muitas as recordações que vêem à
nossa mente – continuou o Papa – e que cada um tem bem guardado no coração
daquele período tão vivaz, rico e fecundo que foi o Concílio. Gostaria de
recordar de como uma palavra, lançada pelo Beato João XXIII quase de modo
programático, retornava continuamente nos trabalhos conciliares: a palavra
“atualização”.
Passados 50 anos da abertura daquele
solene Encontro da Igreja alguém poderia se perguntar se aquela expressão, não
teria sido, talvez no início, não muito feliz. Creio – disse Bento XVI –, que o
Beato João XXIII queria com aquela palavra era exato e ainda o é hoje. O
Cristianismo não deve ser considerado como “algo do passado”, nem deve ser
vivido com o olhar perenemente dirigido “para trás”, porque Jesus Cristo é
ontem, hoje e para sempre. O Cristianismo é marcado pela presença do Deus
eterno, que entrou no tempo e está presente em todos os tempos, para que cada
tempo surja do seu poder criador, do seu eterno “hoje”.
Por isso o Cristianismo é sempre
novo, continuou o Santo Padre. Nós não o devemos jamais vê-lo como uma árvore
plenamente desenvolvida como o grão de mostrada evangélico, que cresce, dá
frutos e um dia envelhece e chega ao fim a sua energia vital. O Cristianismo é
uma árvore em perene “aurora”, sempre jovem. E esta atualidade, esta
“atualização” não significa ruptura com a tradição, mas exprime a contínua
vitalidade; não significa reduzir a fé, abaixando-se aos modismos dos tempos,
ao que nós gostamos, ao que a opinião pública gosta, mas é o contrário:
exatamente como fizeram os Padres conciliares, devemos levar o “hoje” que
vivemos à medida do evento cristão, devemos levar o “hoje” do nosso tempo no
“hoje” de Deus.
O Concílio foi um tempo de graça no
qual o Espírito Santo nos ensinou que a Igreja, no seu caminho na história,
deve sempre falar ao homem contemporâneo, mas isso pode ocorrer somente através
da força daqueles que têm raízes profundas em Deus, se deixam guiar por Ele e
vivem com pureza a sua fé; não vem de quem se adapta ao momento que passa, de
quem escolhe o caminho mais cômodo.
O Papa concluiu afirmando que o Ano
da fé que teve início nesta quinta-feira nos sugere o melhor modo para recordar
e comemorar o Concílio: concentrar-se no coração da sua mensagem, que é a
mensagem da fé em Cristo, único Salvador do mundo, proclamada ao homem do nosso
tempo.
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