Sex, 26 de Outubro de 2012 09:55 por: Rádio
vaticano
Como a Igreja Católica pode responder à
indiferença daquela parcela da população que não crê, que se afastou na religião
ou que nunca a conheceu? Quem responde as perguntas é o arcebispo de Aparecida
(SP) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal
Raymundo Damasceno Assis.
“Eu acho que é
importante que nós saiamos ao encontro do nosso povo, sobretudo nas periferias
de nossas grandes cidades. O Brasil, e eu diria a América Latina de modo geral,
passam por um processo cada vez mais forte de urbanização. As populações estão
se concentrando nas grandes e médias cidades. Hoje, no Brasil já cerca de 80%
da população está vivendo nas
cidades. Então, é claro que as cidades aumentam,
crescem e nós muitas vezes não temos um número suficiente de ministros
ordenados e muitas vezes também não temos o número suficiente de leigos
preparados para atender as necessidades religiosas, espirituais desta população
que cresce cada vez mais em nossas cidades”.
“De que maneira ir ao
encontro deles? Criar centros de encontro das pessoas que vivem nestas áreas,
criar pequenas comunidades, como vimos no Documento de Aparecida: fazer da
Igreja uma rede de pequenas comunidades eclesiais, vinculadas à paróquia, à
diocese, porque nós devemos sempre promover e estimular uma pastoral orgânica,
de conjunto. Portanto, este trabalho não pode ser autônomo, não pode ser independente,
como ocorre muitas vezes com nossos irmãos evangélicos”.
“Para isso, é
necessário que se abra espaço à atuação do laicato; é claro também dos
religiosos e religiosas, porque o padre sozinho não consegue atender a esta
demanda da população mais distante da matriz, da sede paroquial propriamente
dita”.
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