Qui, 18 de Outubro de 2012 14:54 / Atualizado -
Qui, 18 de Outubro de 2012 14:58 por: CNBB
Dom Sérgio da Rocha
Arcebispo de Brasília / DF
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O período em que se realiza é longo: de 07 a 28 de outubro e o local é
um pequeno
auditório localizado na parte superior da famosa Sala Paulo VI, ao
lado da Basílica de São Pedro, no Vaticano. Trata-se de uma ocasião especial de
comunhão eclesial, colegialidade episcopal e partilha. É intenso o ritmo de
atividades. Trabalha-se durante toda a semana, exceto domingos, das 9 às 19 h,
com o intervalo para almoço. Usa-se o latim para as orações, relatórios e
principais documentos. Os pronunciamentos e intervenções dos Bispos podem ser
em italiano, inglês, espanhol, francês ou alemão. A língua portuguesa ainda não
figura como língua oficial. Os "circoli minori", que são grupos de
trabalho, são organizados de acordo com as línguas. Nos dois grupos hispânicos,
pode-se falar espanhol ou português. Os bispos utilizam a batina nas sessões da
Assembleia Sinodal. Além das orações que são realizadas no auditório, foram programadas
algumas missas presididas pelo Papa e concelebradas pelos Bispos, na praça de
São Pedro: abertura (dia 07) e encerramento do Sínodo (28), abertura do Ano da
Fé com o Jubileu do Concílio Vaticano II e os 20 Anos do Catecismo da Igreja
Católica (dia 11) e celebração de canonização (dia 21).No primeiro período do Sínodo, cada Bispo tem cinco minutos para apresentar um assunto relacionado com o tema geral, devendo tomar em consideração, de modo especial, o Instrumentum Laboris que, conforme a expressão latina, é o "instrumento de trabalho" enviado a cada Padre Sinodal alguns meses antes do Sínodo para preparar-se. No período inicial do Sínodo, temos um tempo precioso de partilha da realidade da Igreja de cada país e dos temas considerados mais importantes. Como é grande o número dos Padres Sinodais, exige-se, obviamente, bastante esforço para estar atento a cada fala. No final de cada dia, há uma hora de palavra livre, permitindo uma participação ainda maior, com a partilha de experiências pastorais e observações sobre o andamento do Sínodo.
Outros convidados tem oportunidade também de dirigir a palavra. Na Assembleia Sinodal, estão presentes padres, religiosos(as), diácono permanente e leigos(as). Representantes de outras Igrejas cristãs também tem oportunidade de falar, expressando bem a dimensão ecumênica. Alguns deles participam o tempo todo do Sínodo. É admirável a presença do Papa Bento XVI presidindo a maior parte do Sínodo, ouvindo atentamente as intervenções dos Padres Sinodais.
Terminado o período dos pronunciamentos de cada participante, neste Sínodo, após o dia 17 de outubro, intensifica-se o trabalho em grupos para apresentar as "proposições" que deverão ser votadas e aprovadas pela Assembleia Sinodal para servir de base à "Exortação Pós-Sinodal", documento elaborado pelo Papa, recolhendo as proposições do Sínodo. No final, há também a publicação de uma "Mensagem" elaborada por uma Comissão e aprovada pelos participantes. Tal Mensagem recebe especial atenção, pois em geral ela se torna uma espécie de documento de referência do Sínodo, enquanto se aguarda a publicação da Exortação Pós-Sinodal. Mas, como está o atual Sínodo e qual tem sido a participação do Brasil? Veja no próximo relato! Reze pelo Sínodo!
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