Sex, 01 de Fevereiro de 2013 10:19 por: CNBB/ZENIT
Papa Bento XVI, durante a audiência
geral da última quarta-feira, 30 de janeiro, recebeu do diretor do Centro para
a Proteção dos Menores e do Instituto de Psicologia da Pontifícia Universidade
Gregoriana, o padre jesuíta Hans Zollner, o livro das atas do simpósio
internacional realizado há um ano sobre os abusos cometidos por pessoas do
clero contra menores de idade e a resposta que foi dada pela Igreja.
A matéria é da
agência de notícias ZENIT:
O volume, escrito em alemão, foi
entregue ao papa no final da audiência. As atas foram redigidas no simpósio
“Rumo à cura e à renovação”, que, de 6 a 9 de janeiro de 2012, contou com a
participação de 110 conferências episcopais, representadas, na maior parte dos
casos, pelo bispo encarregado dos casos de abuso na respectiva conferência.
Participaram ainda superiores gerais de mais de trinta ordens religiosas e
cerca de setenta especialistas em direito canônico, bem como psiquiatras e
psicoterapeutas que trabalham com as vítimas e com os abusadores.
As atas do simpósio serão apresentadas
ao público no próximo dia 5 de fevereiro, também na Universidade Gregoriana.
Serão divulgadas ainda as atividades do Centro para a Proteção dos Menores e o
programa de e-learning criado na Alemanha para prevenir abusos contra menores
na Igreja e na sociedade, além de prestar a ajuda devida às vítimas.
As iniciativas fazem parte da
estratégia firme e decidida do Vaticano na luta contra a pedofilia no interior
da Igreja.
Na entrega das atas também estava
presente o diretor da assessoria de imprensa da Santa Sé, padre Federico
Lombardi, que participou do simpósio. Na ocasião, o porta-voz vaticano disse a
ZENIT que, “além de aumentar o rigor no combate ao crime dos abusos contra
menores, cometidos por pessoas da Igreja, a iniciativa identificará um percurso
que ajude as vítimas e crie condições para evitar que pecados semelhantes se
repitam no futuro”.
Lombardi acrescentou que as
conferências episcopais estavam trabalhando “para pôr a circular em prática,
formulando as suas diretrizes”. Trata-se de “redigir um documento, mas também
de praticá-lo. Todo intercâmbio de experiências será útil”.
O jesuíta precisou que a Universidade
Gregoriana sediou o simpósio por ser “um grande centro acadêmico capaz de
organizar uma iniciativa como esta, que pede capacidades de tipo moral,
jurídico, canônico, pastoral e psicológico”, e especificou que o convênio foi
gerido pelo Instituto de Psicologia da Gregoriana, assim como o centro
especializado que lhe dá suporte.
Dom Charles Scicluna, promotor de
justiça da Congregação para a Doutrina da Fé, destacou no simpósio a vontade
firme de “extirpar e prevenir esta chaga aberta”, porque “os abusos são um
fenômeno muito triste que, além de pecado, são um delito. E como delito, existe
para eles a justa jurisdição do Estado e o dever de colaborar com esta
jurisdição penal”.
Duas cerimônias marcaram o final do
simpósio: a primeira, penitencial, foi presidida pelo cardeal Marc Ouellet,
prefeito da Congregação para os Bispos. A segunda, uma missa concelebrada, foi
presidida pelo cardeal Fernando Filoni, prefeito da Congregação para a
Evangelização dos Povos
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