Ter, 29 de Janeiro de 2013 07:59 por: cnbb
Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba (MG)
Arcebispo de Uberaba (MG)
A catequese no Brasil vai, aos poucos,
confirmando a riqueza de sua história, construída com muito esforço e
determinação por pessoas apaixonadas por Jesus Cristo. Com isto a Igreja
continua exercendo o pedido de Jesus, ao dizer aos apóstolos: “Ide pelo mundo
evangelizando, batizando e ensinando” (cf Mt 28,19-20).
Em 2013 lembramos os 30 anos de
publicação do documento “Catequese Renovada, orientações e conteúdo”, pela CNBB.
Teve como objetivo dar resposta às palavras de Joao Paulo II por ocasião de sua
vinda ao Brasil, 1983. No pronunciamento, em Fortaleza, o papa disse que a
catequese é uma urgência.
Com esta motivação, a Conferência dos
Bispos nomeou uma comissão para preparar um texto, que seria apreciado por
todos os bispos do Brasil, que foi aprovado na 21ª Assembleia Geral, em 1983,
identificado como “Documento da CNBB, n. 26”. Com isto a catequese passou a ser
uma prioridade em todas as dioceses do país.
A estrutura do texto está dividida em 4
partes, mostrando o contexto da realidade da Igreja no Brasil, numa cultura de
eminência da pós-modernidade, num tempo já de queda dos fundamentos da fé
cristã. João Paulo II tinha percebido isto e, de certa forma, fez uma forte
provocação pastoral em todos os bispos brasileiros.
Na I Parte, o documento faz um relato
histórico da catequese, com o título: “A catequese e a comunidade na História
da Igreja”. Mostra-a como iniciação à fé e vida de comunidade; como imersão na
cristandade; como instrução; como educação permanente para a comunhão e
participação na comunidade.
Na II Parte, mostra os princípios para
uma catequese renovada. Fala da linguagem, da pedagogia, da revelação, da fé,
da missionariedade, da fidelidade a Deus, da unidade, das diversas dimensões da
catequese, dos métodos, da formação e missão dos catequistas e de textos e
manuais de catequese.
Na III Parte, toca em “Temas
fundamentais para uma catequese renovada”. Para isto, mostra a situação das
pessoas, o desígnio da salvação, a verdade sobre Jesus Cristo, sobre a Igreja,
sobre o homem e sobre os compromissos próprios do cristão, especialmente, seu
engajamento nos diversos setores da sociedade.
Por fim, a IV Parte fala da “Comunidade
catequizadora”, do itinerário catequético de uma comunidade de fé, e como
formar uma comunidade que ainda não deu passos em sua vida cristã. Termina o
documento dizendo que a catequese é um processo permanente e indispensável para
a educação da fé cristã.
Creio que, 30 anos depois, podemos
constatar a confirmação de um processo catequético como fruto de esforço
concentrado em objetivos bem claros, que provocaram diversas realizações na
catequese. Basta olhar para a riqueza de literatura que temos e tantos eventos
realizados nos últimos tempos.
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