domingo, 24 de fevereiro de 2013

CF da AOR 2013


Campanha da Fraternidade da AOR 2013 é tema de Audiência Pública na Assembleia Legislativa


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O tema ‘Juventude’ proposto pela Campanha da Fraternidade (CF) 2013, ultrapassa os muros das igrejas e provoca debates em espaços públicos. A Comissão para a Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Pernambuco discutiu nesta quarta-feira, 20, os desafios e conquistas dos jovens brasileiros, em especial, os pernambucanos.



A Audiência Pública foi realizada no auditório da Assembleia Legislativa  e contou com a participação de padres, seminaristas, representantes das pastorais da Arquidiocese de Olinda e Recife e pessoas ligadas às causas da juventude. Entre os componentes da mesa de debate estavam o presidente da Comissão para a Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia, Betinho Gomes; o vice-prefeito de Abreu e Lima, Josias Lima, o presidente da Comissão de Pastoral para a Juventude do Vicariato Olinda, padre Antônio Gomes; e o representante da Comunidade Obra de Maria, padre José Araújo.
As reuniões em torno de assuntos ligados à CF fazem parte da pauta dos deputados pernambucanos a cada ano. Em 2013, foi idealizada pela deputada Terezinha Nunes, que demonstrou preocupação com o crescente uso de drogas e extermínio de jovens no Estado. “Hoje, os jovens representam 18,5% da população pernambucana e nós precisamos olhar para eles. Não podemos deixar que cerca de 1,6 milhão pernambucanos se percam no caminho, desviados pelo crack ou apagados pela violência”, afirmou a deputada.

O presidente da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Juventude, padre Gimesson Silva, destacou os objetivos da Campanha e ressaltou a necessidade de acolher e motivar a juventude. “Temos que propiciar caminhos para que os jovens sejam protagonistas. Devemos oferecer caminhos e caminhar com eles”, disse o religioso.

O representante da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Pernambuco (OAB-PE) e ex-juiz titular da Vara de Execução Penal, Adeildo Nunes, revelou dados referentes ao internamento de menores em conflito com a lei. De acordo com o magistrado, 99% dos internos da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) têm envolvimento com drogas. “Há no Brasil cerca de 29 mil internos. As unidades de acolhimento são muito mais desumanas do que os presídios porque abriga pessoas em formação. O Estatuto da Criança e do Adolescente determina que estes locais sejam de internamentos educacionais, mas na prática isto não acontece.” Adeildo Nunes ressaltou ainda a importância da religiosidade na recuperação dos jovens e o relevante e sério trabalho desenvolvido pela Pastoral Carcerária.

Em seguida, foi aberto o espaço para os participantes. Em suas palavras,  eles denunciaram situações de injustiça e cobraram ações concretas do governo para questões que afligem a juventude.

Fonte: Pascom da Arquidiocese de Olinda e Recife

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