Dom, 24 de Fevereiro de 2013 09:51 / Atualizado -
Dom, 24 de Fevereiro de 2013 11:25 por: CNBB/RADIO VATICANO
“Não abandono a
Igreja, pelo contrário. Continuarei a servi-la com a mesma dedicação e o mesmo
amor”: palavras de Bento XVI pronunciadas em seu último Angelus como Pontífice,
neste domingo, 24 de fevereiro.
O Senhor me chama a "subir o
monte”, para me dedicar ainda mais à oração e à meditação. Mas isto não
significa abandonar a Igreja, ao contrário, se Deus me pede isso é precisamente
para que eu possa continuar a servi-la com a mesma dedicação e o mesmo amor com
o qual eu fiz até agora, mas de um modo mais adequado à minha idade e às minhas
forças.
A Praça S. Pedro estava lotada este
domingo para este evento histórico. Faixas e cartazes em várias línguas
demonstraram o carinho dos fiéis. A Praça desde as primeiras horas da manhã aos
poucos foi sendo tomada por religiosas, sacerdotes, turistas, mas
principalmente por famílias com crianças e muitos jovens.
Ao meio-dia, assim que a cortina da
janela de seus aposentos se abriu, Bento XVI foi aclamado pela multidão.
Comentando o Evangelho da
Transfiguração do Senhor, o evangelista Lucas ressalta o fato de que Jesus se
transfigurou enquanto rezava: a sua é uma experiência profunda de
relacionamento com o Pai durante uma espécie de retiro espiritual que Jesus
vive sobre um alto monte na companhia de Pedro, Tiago e João.
Meditando sobre esta passagem do Evangelho,
explicou o Pontífice, podemos tirar um ensinamento muito importante. Antes de
tudo, a primazia da oração, sem a qual todo o trabalho de apostolado e de
caridade se reduz ao ativismo. Na Quaresma, aprendemos a dar o justo tempo à
oração, pessoal e comunitária, que dá fôlego à nossa vida espiritual. Além
disso, a oração não é um isolar-se do mundo e de suas contradições.
A existência cristã – disse o Papa,
citando sua Mensagem para a Quaresma –, consiste num contínuo subir o monte do
encontro com Deus, para depois descer trazendo o amor e a força que dele
derivam, a fim de servir nossos irmãos e irmãs com o mesmo amor de Deus.
“Queridos irmãos e irmãs, esta Palavra
de Deus eu a sinto de modo particular dirigida a mim, neste momento da minha
vida. O Senhor me chama a "subir o monte”, para me dedicar ainda mais à
oração e à meditação. Mas isto não significa abandonar a Igreja, ao contrário.
Se Deus me pede isso, é precisamente para que eu possa continuar a servi-la com
a mesma dedicação e o mesmo amor com o qual eu fiz até agora, mas de um modo
mais adequado à minha idade e às minhas forças.”
Na saudação em várias línguas, Bento XVI falou também em português: “Queridos peregrinos de língua portuguesa que viestes rezar comigo oAngelus: obrigado pela vossa presença e todas as manifestações de afeto e solidariedade, em particular pelas orações com que me estais acompanhando nestes dias. Que o bom Deus vos cumule de todas as bênçãos”.
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