Qui, 28 de Fevereiro de 2013 10:33 / Atualizado -
Qui, 28 de Fevereiro de 2013 10:47 por: CNBB/RADIO VATICANO
Na manhã desta quinta-feira, 28 de fevereiro, o
Papa Bento XVI teve um encontro com os membros do Colégio dos Cardeais, renovou
seu compromisso de permanecer unido a todos, pediu que permaneçam em oração e
declarou, solenemente, incondicionada reverência e obediência ao futuro Papa.
Assim como o cardeal Sodano, o Papa
também citou a experiência dos discípulos de Emaús, afirmando que também para
ele foi uma alegria caminhar em companhia dos cardeais nesses anos na luz da
presença do Senhor ressuscitado.
Como disse ontem diante de milhares de
fiéis que lotavam a Praça S. Pedro, a solidariedade e o conselho do Colégio
foram de grande ajuda no seu ministério. “Nesses oito anos, vivemos com fé
momentos belíssimos de luz radiosa no caminho da Igreja, junto a momentos em
que algumas nuvens se adensaram no céu. Buscamos servir Cristo e a sua Igreja
com amor profundo e total. Doamos a esperança que nos vem de Cristo e que é a
única capaz de iluminar o caminho. Juntos, podemos agradecer ao Senhor que nos
fez crescer na comunhão. Juntos, podemos pedir para que nos ajude a crescer
ainda nessa unidade profunda, de modo que o Colégio dos Cardeais seja como uma
orquestra, onde as diversidades, expressão da Igreja universal, concorrem à
superior e concorde harmonia.
Aos Cardeais, o Papa expressou “um
pensamento simples” sobre a Igreja e sobre o seu mistério, que constitui para
todos nós a razão e a paixão da vida, escrita por Romano Guardini. Ou seja, de
que a Igreja não é uma instituição excogitada, mas uma realidade viva. Ela vive
do decorrer do tempo, transformando-se, mas em sua natureza permanece sempre a
mesma. O seu coração é Cristo.
“Parece que esta foi a nossa
experiência ontem na Praça. Ver que a Igreja é um corpo vivo, animado pelo
Espírito Santo, e vive realmente da força de Deus. Ela está no mundo, apesar de
não ser do mundo. É de Deus, de Cristo, do Espírito Santo e nós o vimos ontem.
Por isso é verdadeira e eloquente a outra famosa expressão de Guardini:
A Igreja se desperta no ânimo das
pessoas. A Igreja vive, cresce e se desperta nos ânimos que, como a Virgem
Maria, acolhem a palavra de Deus e a concebem por obra do Espírito Santo.
Oferecem a Deus a própria carne e o próprio trabalho em sua pobreza e
humildade, se tornando capazes de gerar Cristo hoje no mundo.
Através da Igreja, disse o Papa, o
mistério da encarnação permanece presente sempre. E fez um apelo aos Cardeais:
“Permaneçamos unidos, queridos irmãos,
neste mistério, na oração, especialmente na Eucaristia cotidiana, e assim
serviremos a Igreja e toda a humanidade. Esta é a nossa alegria que ninguém
pode nos tirar. Antes de saudá-los pessoalmente, desejo dizer que continuarei
próximo com a oração, especialmente nos próximos dias, para que sejais
plenamente dóceis à ação do Espírito Santo na eleição do novo Papa. Que o
Senhor vos mostre quem Ele quer. E entre vós, entre o Colégio dos cardeais,
está também o futuro Papa, ao qual já hoje prometo a minha incondicionada
reverência e obediência.”
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