FONTE: Postado por Bíblia e Catequese às 15:00 – CNBB N2
Páscoa significa
passagem, ou agradecimento por um caminho de libertação percorrido. Já no
Antigo Testamento isto estava muito presente na vida do Povo de Deus. A Páscoa
era sinalizada por diversas passagens: da Caldeia para Canaã, daí para o Egito
e, do Egito, para a Terra Prometida, atravessando o Mar Vermelho e o Deserto.
Todas foram marcas de libertação.
Hoje, o grande sinal
da Páscoa é a ressurreição de Jesus Cristo, o milagre da vida, realizando a
grande aliança de Deus com seu povo, sinalizando a passagem do Antigo para o
Novo Testamento. Após a morte de Cristo e seu sepultamento, os discípulos
encontraram o sepulcro vazio, sinal “ainda duvidoso” de ressurreição, que foi
confirmado mais tarde com as aparições, tornando fonte de fé para os cristãos.
Para entender os
sinais do mistério da ressurreição é preciso acompanhar os primeiros tempos da
Igreja. É fundamental compreender a Sagrada Escritura para entender o fato da
morte gerar vida. Não é necessário ver para crer, mas o amor conduz o discípulo
a ter fé no Cristo ressuscitado.
As cenas da Semana
Santa continuam acontecendo ainda hoje. Elas reavivam em nós o caminho da
Paixão de Cristo e nos lembram dos sofrimentos de tantas pessoas nas diversas
faixas etárias e situações do momento. Além da pobreza vivida por muitos, temos
as doenças, a violência no trânsito, nas afrontas à vida etc.
Os sinais da ressurreição
estão presentes na sociedade hodierna. Eles podem ser vistos naqueles que
conseguem vencer na vida, saindo de uma situação de sofrimento para uma vida
mais saudável. Isto acontece tanto na condição física como também na via
espiritual, no caminho de encontro com Jesus Cristo e na convivência
comunitária.
Quem faz a
experiência da ressurreição, na prática da vida cristã, deve ter uma nova
conduta de vida e passar a olhar e cuidar também das coisas do alto,
sobrenaturais e dimensões divinas. Digo isto porque nossa vida é regida pela
vitória de Cristo na cruz. Desejo uma Feliz Páscoa para todos os leitores.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba.
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