Sex, 22 de Março de 2013 17:31 por: CNBB / Regional
Nordeste 2
No último dia 20 de março, em Recife
(PE), com a presença dos bispos do Regional Nordeste 2 da CNBB, foi realizado o
lançamento das “Diretrizes para a Convivência com o Semiárido 2013”. O texto
foi produzido em parceria por movimentos sociais, sindicatos, organizações não
governamentais e a Igreja Católica com o objetivo de promover a construção de
políticas públicas para a convivência sustentável com as particularidades dos
biomas do Nordeste, especialmente a caatinga.
O documento teve a colaboração decisiva
da Arquidiocese de Olinda e Recife, Universidade Católica de Pernambuco e da
Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco, e apresenta medidas
de ações estruturadoras. No lançamento, participaram os bispos dos regionais da
CNBB afetados pela seca; o vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB), dom José Belisário da Silva; o secretário-geral da CNBB, dom
Leonardo Steiner; além de prefeitos e representantes dos governos estaduais e
federal.
Na apresentação do texto, as entidades
afirmam que o objetivo é “conclamar outros setores da sociedade e do governo a
não pensarem na região apenas em tempos de seca, pois é importante
desconstruirmos os preconceitos e imagens deturpadas, reconhecendo melhor e
valorizando os povos e culturas do Semiárido e suas potencialidades”.
De acordo com o levantamento feito
pelos organizadores das Diretrizes, mais de 9,5 milhões de pessoas são
atingidas, hoje, por esta que é a pior seca dos últimos 40 anos na região. A
crítica das entidades é a falta de uma política efetiva para a área de recursos
hídricos. Os bispos e os representantes dos movimentos sociais questionaram a
demora na implantação da infraestrutura que possibilite a convivência com a
seca, como a instalação de adutoras, poços e barragens, especialmente para os
moradores das áreas mais pobres do Agreste e do Sertão.
Na avaliação do arcebispo de Olinda e
Recife, dom Fernando Saburido, para acompanhar o andamento destas diretrizes,
assumidas pelos governos e também pelas entidades sociais, a partir do ano que
vem poderá ter início um fórum anual tendo como data o dia 20 de março, marco
dessas parcerias entre Igreja, movimentos sociais e governos em favor do campo.
“É preciso avaliar e estar sempre atento às necessidades do meio rural. Nossa
intenção é não parar por aqui, mas dar continuidade a uma série de ações já
iniciadas e as novas que começarão a ser implantadas”, adiantou.
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