Sáb, 16 de Março de 2013 09:31 / Atualizado - Sáb, 16 de Março de 2013
13:32 por: CNBB/RADIO VATICANO
No encontro com os profissionais de
imprensa neste sábado, 16 de março, Papa Francisco disse que, no Conclave, logo
após sua eleição, ouviu de dom Claudio Hummes: "não se esqueça dos
pobres". O comentário do arcebispo emérito de São Paulo, seu grande amigo,
o ajudou a escolher o nome de Francisco.
Papa Francisco foi ovacionado pelo
público. Sentou-se em sua cadeira no centro do palco e ouviu a saudação do
Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, o Arcebispo Claudio
Maria Celli.
Em seguida, leu um breve discurso,
agradecendo todos pelo precioso serviço realizado nos dias passados, na
cobertura do Conclave e em sua eleição.
“Vocês trabalharam!” – exclamou,
recebendo um imediato aplauso. Disse ainda que a Igreja e a mídia estão juntas
para comunicar a verdade, a bondade e a beleza: “Todos nós somos chamados a
comunicar esta tríade, essencial”.
Papa Francisco quis explicar porque “o
Bispo de Roma quis se chamar Francisco”. E contou, de modo informal, que a seu
lado, no Conclave, estava sentado o arcebispo emérito de São Paulo, Cardeal
Cláudio Hummes, “um grande amigo, grande amigo”.
“Quando a coisa ficou “mais
perigosa” – prosseguiu – ele me confortava, e quando os votos
chegaram a dois terços, momento em que há o aplauso habitual porque o Papa é
eleito – ele me abraçou, me beijou e disse “não se esqueça dos pobres”.
“Aquela palavra entrou aqui – disse,
indicando a cabeça – ‘os pobres, os pobres’. Aí, pensei em Francisco de
Assis e depois, nas guerras. E Francisco é o homem da paz, o homem que ama e
tutela a Criação... neste momento em que nosso relacionamento com o
meio-ambiente não é tão bom, né?”.
Francisco é o homem que nos dá este
espírito de paz, o homem pobre... “Ai, como gostaria de uma Igreja pobre e
pelos pobres!”.
Depois de saudar pessoalmente alguns
jornalistas, o Papa Francisco concluiu, em espanhol:
“Disse que lhes daria a minha benção
de coração. Muitos de vocês não pertencem à Igreja Católica, outros não crêem.
Concedo minha benção, de coração, no silêncio, a cada um de vocês, respeitando
a consciência de todos, mas sabendo que cada um de vocês é filho de Deus. Que
Deus os abençoe”.
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