Seg, 24 de Dezembro de 2012 07:23 por: cnbb
Dom Pedro Carlos Cipolini
Bispo de Amparo (SP)
Bispo de Amparo (SP)
Glória a Deus nas alturas e paz na
terra às pessoas de boa vontade! Foi este o anúncio de Natal que ouvimos do
Evangelho de Lucas (cap.1,14). Este anúncio natalino preanuncia outro anúncio,
feito por Jesus quando declara que são bem aventurados os que constroem a paz,
porque serão chamados filhos de Deus (Mt 5,9). No primeiro dia do ano é
celebrado o dia da paz ou da “confraternização universal”.
Dedicar um dia para comemorar a paz e a
confraternização, é dedicar um dia para comemorar o sonho de Deus.
Sonho que
coincide com o sonho e os anseios mais íntimos do coração humano. Todos
desejamos a paz e por ela suspiramos ardentemente. Até mesmo os que fazem a
guerra. Estes imaginam que a melhor maneira de conseguir a paz é se prevenir
através da guerra: guerra preventiva como a chama a administração Busch.
A paz que os anjos anunciaram, a paz no
conceito cristão não designa simples ausência de conflito ou o fim de um estado
de guerra. Para o cristianismo a paz faz memória da criação, da harmonia
primeira descrita na Bíblia. No Paraíso havia a glória da convivência pacífica
entre a Criação, as Criaturas e o Criador. Paz é a inocência original, onde o
homem vive em harmonia consigo mesmo, com Deus, com os outros e com a natureza.
Para o cristianismo a paz não é um estado passageiro entre duas guerras.
Mas se todos querem a paz, por que
temos guerra? Não nos esqueçamos que toda violência, e estamos envoltos nela, é
uma forma de guerra. O novo século que estamos vivendo deveria ser mais
pacífico que o século passado, pois com a globalização, a guerra seria um
suicídio, dado a eficiência das armas. Porém, os motivos para a guerra não
faltam. Estamos sempre em guerra.
De onde nos pode vir a paz? Esta é a pergunta que todos se fazem. Jesus certa vez chorou sobre Jerusalém e disse: “Se reconhecesses aquele que pode te conduzir à paz. Mas agora está oculto a teus olhos!”(Lc 19,42). É Jesus que pode nos conduzir à paz. Ele é a nossa paz, como escreve o apóstolo Paulo aos Efésios (2,14). Porém muitos ainda não o vêem, não ouvem sua voz.
De onde nos pode vir a paz? Esta é a pergunta que todos se fazem. Jesus certa vez chorou sobre Jerusalém e disse: “Se reconhecesses aquele que pode te conduzir à paz. Mas agora está oculto a teus olhos!”(Lc 19,42). É Jesus que pode nos conduzir à paz. Ele é a nossa paz, como escreve o apóstolo Paulo aos Efésios (2,14). Porém muitos ainda não o vêem, não ouvem sua voz.
A liturgia da Igreja Católica celebra
junto com o dia da paz universal, Maria Mãe de Deus. Comtemplamos a figura
desta mulher que tem nos braços o menino que nos traz a paz. Somos agradecidos
a ela porque aceitou de Deus a missão de dar a luz a este filho. Agradecemos
porque acolheu a vida, embora o nascimento de Jesus foi envolto em dificuldades
para Maria e José. E concluímos que a paz somente pode brotar do amor. Um amor
que exige de nós a renúncia ao egoísmo.
A mensagem central de Jesus é o Reino
de Deus, Deus sendo Pai de todos e todos vivendo como irmãos: fraternidade
universal! Viver no amor é uma decisão pessoal e um compromisso que cada um
deve assumir. A pessoa que decidiu fazer de sua vida um ato de amor, não busca
primariamente o prazer ou o aplauso. Seu desejo básico é se tornar um ser
humano que ama e, portanto, um ser humano realizado, potencializado para
transmitir a paz.
Que a paz esteja conosco neste ano que
se inicia e que nós saibamos ser construtores de paz!
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