Sex, 07
de Junho de 2013 13:03 por: cnbb
Dom Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)
Nos últimos meses, tenho insistido muito com os
párocos, administradores paroquiais, vigários paroquiais e capelães de nossa
Arquidiocese acerca da grandiosidade do Sacramento da Penitência. Como é
importante que em nossas paróquias, capelas, comunidades sempre se tenha um
horário fixo para o atendimento das confissões, de maneira auricular, para que
os fiéis possam experimentar a grandeza da misericórdia de Deus.
O Papa Francisco, na sua grande lucidez, nas missas
que tem celebrado diariamente na Capela da Casa Santa Marta, assim se expressou
sobre o sacramento da penitência ou da reconciliação: a confissão é um encontro
com Jesus. Ele explicou que a capacidade de se envergonhar dos próprios pecados
é uma virtude do humilde, uma virtude cristã e humana. O Papa Francisco
enfatizou que na confissão Jesus não espera o ser humano para repreendê-lo, mas
o aguarda com ternura, para perdoá-lo. Disse assim o Santo Padre:
"Envergonhar-se dos próprios pecados é a virtude do humilde que se prepara
para acolher o perdão de Deus". Comentando a primeira Carta de São João, a
qual diz que “Deus é luz e n’Ele não há trevas”, o Papa destacou que todos têm
momentos de obscuridades na vida, mas isso não significa caminhar nas trevas.
“Caminhar nas trevas significa estar satisfeito de si mesmo; estar convencido
de que não precisa de salvação. Essas são as trevas! Olhem seus pecados, os
nossos pecados: todos somos pecadores, todos. Este é o ponto de partida. Se
confessamos nossos pecados, Ele é fiel, é justo a ponto de nos perdoar”. O
Pontífice falou que isso acontece no Sacramento da Reconciliação. Acrescentou,
ainda, que confessar-se não é como ir à tinturaria para limpar a sujeira das
roupas. “O confessionário não é uma tinturaria, mas um encontro com Jesus, que
nos espera como somos. Temos vergonha de dizer a verdade, ‘fiz isso, pensei
aquilo’, mas a vergonha é uma virtude verdadeiramente cristã e também humana… A
capacidade de envergonhar-se é uma virtude do humilde. “Jesus está sempre
esperando para conceder o perdão”, lembrou Francisco. Ele disse que confessar
não é como ir a uma ‘sessão de tortura’, mas louvar a Deus porque foi salvo por
Ele. “E Ele nos espera para nos repreender? Não. Ele nos espera com ternura,
para nos perdoar. E se amanhã cometermos o mesmo erro? Confessemo-nos mais uma
vez. Ele sempre nos espera”.
Por isso mesmo a orientação para que todos os que
irão trabalhar na JMJ em qualquer nível ou situação: procurem se confessar e
aproximar-se ainda mais do Senhor, tem sido continuamente dada.
Também durante a JMJ uma das atitudes que faz parte
do verdadeiro peregrino é aproximar-se do sacramento da reconciliação. O
próprio Papa irá atender alguns jovens no confessionário da Quinta da Boa
Vista.
Além dos confessionários na Feira Vocacional e no
Largo da Carioca, em todos os locais de catequese haverá padres disponíveis
para as confissões no idioma daqueles que estarão participando desse momento.
A JMJ é uma grande experiência de Deus e a
celebração penitencial faz parte desse momento. Por isso, um incentivo a todos
os jovens que estão se destinando ao Rio de Janeiro: venham com espírito de
peregrinação para um grande momento de fé e reavivamento da vida cristã. Desejo
que todos possam retornar renovados para suas casas em seus estados ou países.
Este é um tempo de renovação da vida cristã para
todos, para os que trabalham, para os que recebem e para os que chegam! Que
todos tenham o coração aberto para esta bela experiência de Deus!
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