quarta-feira, 5 de junho de 2013

O Senhor da vida

Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba (MG)

Deus, através dos profetas, dos apóstolos e de Jesus Cristo, liberta e salva as pessoas. Esta realidade perpassa pela Sagrada Escritura. Elias, em nome do Senhor, recupera a vida de um menino (I Rs 17, 22). Jesus ressuscita um jovem quando era levado para o sepultamento (Lc 7, 14).
Paulo de Tarso se liberta de uma cultura do passado para uma nova ação missionária. E Jesus diz: “Todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais (Jo 11, 26).
Peregrinamos por um período de mudança de época, onde há o surgimento de coisas novas e de nova mentalidade que nos atingem a todos. É tempo de incertezas, de desafios e sintomas até de morte. A chegada do papa Francisco e seu jeito de ser nos ajuda a nos colocar no mundo como Igreja. Com isto dizemos que renasce uma nova Igreja e muito mais comprometida com os ideais de Cristo.
Muitos dizem que a Igreja está em crise e até anunciam sua falência terminal. Na verdade estamos em tempo de crises, não só na Igreja, mas em toda a sociedade. Seria isto provocado pelo Concílio Vaticano II, que trouxe novos ventos para o mundo, ou também pela mudança da sociedade no seu todo, mudança de paradigmas e do jeito de ser pessoa hoje? É o chamado secularismo, com consequências negativas e positivas para construir o novo mundo.
Comemorando os 50 anos do Vaticano II (1962 a 1965) dizemos que o sopro do Espírito Santo continua ressoando e provocando mudanças. As riquezas provindas daí têm nas redes sociais um aliado forte, não tanto na forma tradicional de comunicar, mas agora à distância, pelo caminho virtual. Se bem usadas, poderão alavancar o que vem sendo adormecido na prática moderna.
A Igreja existe para fazer o bem, levando a Palavra do Senhor para o mundo, para que seu trabalho seja fonte de vida. Portanto, seu futuro depende da força da Palavra e da ação do Espírito Santo, como sopro novo, fazendo surgir realidades novas.

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