Seg, 10 de Junho de 2013 12:00 por: cnbb
Dom Roberto Franciso Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)
Bispo de Campos (RJ)
Na comemoração do dia dos namorados,
percebe-se que esta palavra e denominação inclui várias experiências as vezes
não compatíveis com o namoro cristão. Para começo de conversa, namorar
significa criar e gerar vínculos amorosos na perspectiva da comunhão e vocação
matrimonial. Namorar é ser capaz de construir um projeto conjugal de união
oblativa, que una duas vidas para sempre.
O bem-aventurado João Paulo II, ensinou
que o nosso corpo reflete o esplendor da Santíssima Trindade, os namorados são
chamados a crescer na comunhão interpessoal e a se prepararem para um ato e
estado de consagração total do amor, que chamamos de casamento. A sexualidade
deve expressar a total entrega como dom na reciprocidade e fidelidade da
aliança esponsal do matrimônio cristão.
A castidade é a virtude que purifica o
olhar, as intenções, a mística de respeitar, amar e querer bem ao outro,
valorizando-o em todo o seu ser como um presente precioso dado por Deus a
nós. Um amor verdadeiro e autêntico é capaz de esperar, de
renunciar a tudo aquilo que está reservado para o momento pleno da
conjugalidade marital, para desenvolver a ternura, delicadeza, e o arte de
encantar ao futuro esposo/a. Pensar que atropelar ou descaracterizar a etapa do
namoro, vai trazer algum aprendizado é o mesmo que querer ser amigo convivendo
com a traição.
Diante do erotismo exacerbado e os
apelos a pornografia e o sexo descompromissado, a castidade nos reconduz ao
plano de Deus unindo o que o pecado separa, despertando para a beleza de um
amor puro, incontaminado, integro e fiel que conta com a benção e a amizade de
Jesus Nosso Senhor. Que Santo Antônio que une corações olhe para os namorados
com amabilidade e desperte neles o verdadeiro amor nupcial, o amor que não
passa.
Deus seja louvado !
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