Seg, 22
de Julho de 2013 18:21 / Atualizado - Seg, 22 de Julho de 2013 18:45 por: cnbb
Recepção oficial de boas-vindas do Brasil ao Papa
Francisco tem a participação de 650 convidados. Do lado de fora, o governo da
cidade colocou 1.500 homens e veículos blindados. A presidente Dilma Rousseff,
o governador Sergio Cabral e o prefeito Eduardo Paes fizeram as honras da casa
e, em seguida, o Papa se dirigiu a uma área do Palácio. Foram tocados o hino do
Vaticano e do Brasil, este último acompanhado pelos convidados, enquanto o
Pontífice permaneceu de cabeça baixa.
“Com grande alegria, Papa Francisco, dou-lhe as
boas-vindas ao Rio de Janeiro e ao Brasil.
É uma honra recebê-lo. Uma honra
redobrada por se tratar do primeiro Papa latino-americano”, disse a presidente
Dilma Roussef, no início do discurso. “Sabemos que temos diante de nós, um
líder religioso sensível”, também afirmou. Dilma disse que há semelhanças entre
as lutas do Papa e dos povos que combatem a exclusão. Citou uma passagem de uma
análise do Papa sobre a realidade dos mais pobres e os jovens e garantiu que,
nessa questão, está unida ao Pontífice.
Dilma elogiou a parceria com as pastorais católicas
no combate as injustiças e a defesa das crianças, jovens e dos direitos de
outras sofredores. A presidente contou ao Papa que o Brasil tem colaborado com
vários países da África no combate a fome e a pobreza e que esse tipo de
iniciativa pode ter ainda mais força na construção de uma aliança global de
solidariedade. “Santidade: nós, brasileiros, somos mulheres e homens de fé”,
declarou a presidente mesmo considerando que é a fé está além da fé
religiosa. A presidente lembrou o Papa que a realização de manifestações
dos jovens nas ruas do Brasil são frutos do avanço político do país, dizendo
que democracia gera mais democracia. Reconheceu que os jovens, cansados da violência,
querem dar um basta às discriminações e estar engajados nas grande lutas
mundiais. Dilma considerou que a Jornada Mundial da Juventude é oportunidade de
renovar o compromisso dos jovens com a transformação. E, por fim, saudou o Papa
e os jovens do mundo inteiro pedindo que todos se sentissem “em casa”.
Papa Francisco, serenamente, tirou os óculos,
cumprimentou a todos e considerou que quis Deus que sua primeira viagem
apostólica ao Brasil. “Aprendi que para ter acesso ao povo brasileiro, é
preciso entrar no portal do seu coração”. Disse que pede licença para passar
uma semana com o povo brasileiro e que não traz “nem ouro e nem prata”, mas a
Jesus Cristo e desejou a paz de Cristo. Cumprimentou as autoridades e
diplomatas e dirigiu uma palavra de afeto aos bispos, lembrando que essa sua
visita outra coisa não quer do que confirmar os irmãos na fé como é a missão do
bispo de Roma. “Estes jovens vindos de diversos continentes, falam línguas
diferentes” e, em Cristo, encontram as respostas para suas aspirações. “Cristo
bota fé nos jovens!” disse, com ênfase, o Papa. E complementou: "também os
jovens botam fé em Cristo!”.
O Papa lembrou o dito brasileiro de que os filhos
são a “menina” dos olhos dos pais. Abrir espaços para o pleno desenvolvimento,
dar-lhes valores sobre os quais possam construir a vida e oferecer horizonte de
transcendência, foram algumas atitudes que o Papa pediu que todos ofereçam os
jovens. Para finalizar, pediu empatia para estabelecer um bom diálogo com todo
o Brasil lembrando que o “abraço do Papa” envolve o País inteiro
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