O último conselho de Bergoglio para o Natal em
Buenos Aires
© MARKO
VOMBERGAR / ALETEIA
Sem
agentes de segurança nem ornamentos grandiosos. Com os fiéis da catedral e seus
leques, fazendo o possível para resistir ao calor infernal. Assim foi a última
missa da noite de Natal na catedral de Buenos Aires do cardeal Jorge Mario
Bergoglio, antes de ser eleito Sumo Pontífice.
Em sua
homilia de 24 de dezembro, o cardeal Bergoglio recordava como o relato do
nascimento de Jesus “vai passando do grande, do poderoso, ao pequeno, ao
simples, ao humilde”.
O
arcebispo de Buenos Aires ressaltou naquela ocasião que, em meio à grandeza humana
do imperador, e celestial dos anjos, há sinais de simplicidade. “Uns pobres
pastores cuidavam das suas ovelhas por turnos durante a noite. E a estes
simples é anunciada uma grande alegria: hoje, na cidade de Davi, nasceu o
Salvador”, resgatou.
O hoje Papa
Francisco se deteve, nessa ocasião, na “paixão de Deus pelos humildes e pelos
simples, por aqueles que são pacíficos, que não têm a pretensão de ser mais que
os outros; é essa paixão de Deus pela humildade”.
“A
simplicidade, que se mostra como é, que não maquia a alma, existe para servir,
para adorar, para sentir-se povo de Deus. Esta noite, Deus também passou
velando, cuidando do simples, do humilde, do mais singelo e elementar que nós
temos: a vida”, disse ele sem ler.
A petição
do cardeal Bergoglio, naquela ocasião, também teve a ver com a humildade: “Eu
gostaria de pedir a Deus que, em meio a tantas pretensões humanas, de tanta
soberba e petulância, que nos assedia por todos os lados, inclusive dentro do
coração – porque todos nós temos esta tentação –, Ele nos faça repetir com a
voz do anjo: ‘Veja o sinal, um Menino que repousa em uma manjedoura'”.
Ele
encerro sua homilia com um conselho para o Natal, o último das suas missas de
Natal como arcebispo de Buenos Aires: “Apaixone-se, como Deus está apaixonado,
pela humildade, pela simplicidade, pela paz. Assim você poderá adorar Deus”.
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