Fonte: http://rr.sapo.pt/noticia/41477/
08 Dez, 2015 - 09:55
Papa
Bento XVI foi o segundo a transpor a Porta Santa. Francisco também assinalou
solenidade da Imaculada Conceição.
Está aberta a Porta Santa na Basílica de São Pedro,
em Roma. Poucos minutos depois das 10h00, Francisco transpôs a porta seguido do
seu antecessor Bento XVI e depois cardeais, bispos e representantes de
sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos.
Foi o momento alto da cerimónia de início do
Jubileu da Misericórdia.
Durante a homilia, Francisco explicou o que pretende
deste Jubileu. "Devemos antepor a misericórdia ao julgamento e, em todo o
caso, o julgamento de Deus será sempre feito à luz da sua misericórdia. Por
isso, oxalá o cruzamento da Porta Santa nos faça sentir participantes deste
mistério de amor. Ponhamos de lado qualquer forma de medo e temor, porque não
se coaduna em quem é amado; vivamos, antes, a alegria do encontro com a graça
que tudo transforma.
Esta celebração assinala também a passagem de 50
anos do encerramento do Concilio Vaticano II, uma efeméride que para Francisco,
não é apenas um conjunto de importantes documentos, mas marca a abertura da
Igreja a todos.
"Hoje, ao cruzar a Porta Santa, queremos
também recordar outra porta que, há cinquenta anos, os Padres do Concílio
Vaticano II escancararam ao mundo. Esta efeméride não pode lembrar apenas a
riqueza dos documentos emanados, que permitem verificar até aos nossos dias o
grande progresso que se realizou na fé. Mas o Concílio foi também, e
primariamente, um encontro; um verdadeiro encontro entre a Igreja e os homens
do nosso tempo. Um encontro marcado pela força do Espírito que impelia a sua
Igreja a sair dos baixios que por muitos anos a mantiveram fechada em si mesma,
para retomar com entusiasmo o caminho missionário", disse.
O gesto simbólico de abertura da Porta Santa vai
repetir-se em todas as dioceses do mundo no próximo domingo seguinte e o
próprio Francisco Papa vai presidir à Missa com a abertura da Porta Santa da
Basílica de São João de Latrão, Catedral de Roma, a 13 de Dezembro, III Domingo
do Advento.
Assinalada solenidade da Imaculada Conceição
Depois de aberta a Porta Santa, na oração do
ângelus, o Papa evocou a celebração da solenidade litúrgica da Imaculada
Conceição e apresentou a Virgem Maria como “ícone” da misericórdia de Deus e
explicou como deve ser vivido este dia.
"Celebrar esta festa implica duas coisas.
Primeiro, acolher plenamente Deus e a sua graça misericordiosa na nossa vida, e
segundo, tornarmo-nos agentes de misericórdia através de um autêntico caminho
evangélico. A festa da Imaculada pode então tornar-se a festa de todos nos, se,
com os nossos 'sim' quotidianos conseguirmos vencer o nosso egoísmo e tornar
mais alegre a vida dos nossos irmaos levando-lhes esperança, enxugando algumas
lágrimas e dando um pouco de alegria", disse perante milhares de pessoas
reunidas na Praça de São Pedro.
Francisco não quis despedir-se sem lembrar que
também Bento XVI atravessou a Porta Santa na Basílica de São Pedro e pediu um
aplauso da multidão para o Papa emérito.
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