13 de dezembro de 304: a jovem
Santa Luzia é morta por amor a Cristo
Virgem e mártir, a jovem cristã
da Igreja primitiva é venerada até hoje como a "Santa da Visão"
Luzia, nascida na cidade italiana de Siracusa em
uma família rica e cristã, era considerada uma das jovens mais belas da região.
Seu pai morrera quando Luzia tinha 5 anos, e sua mãe, Eutíquia, sofria de
graves hemorragias internas.
A grande convicção cristã de Luzia fez com que
ela se consagrasse secretamente a Nosso Senhor Jesus Cristo e lhe oferecesse a
sua virgindade perpétua.
Ela e a mãe decidiram
fazer uma peregrinação à cidade
de Catânia, onde se encontrava o corpo da virgem Santa Águeda, que morrera por
se recusar a adorar os ídolos. O Evangelho pregado na Santa Missa daquele dia
foi o da mulher que sofria de hemorragias internas, iguais às da mãe de Luzia.
Ela então pensou: “Se aquela mulher, ao tocar nas vestes do Senhor, ficou
curada, será que Santa Águeda não pedirá ao Senhor que cure minha mãe da mesma
forma como Ele curou aquela mulher?” Luzia então pediu à mãe que esperasse
todos saírem da igreja para irem rezar junto ao corpo da santa.
Enquanto isso, em êxtase, Luzia sonhou que anjos
rodeavam Santa Águeda e que esta lhe dizia: “Luzia, minha irmã, por que pedes a
mim o que tu mesma podes conceder?” Luzia saiu do êxtase e foi procurar a mãe,
que lhe disse ter sido curada. Luzia aproveitou esse momento para revelar à mãe
que havia feito voto de virgindade a Jesus e que distribuiria seus bens aos
pobres. Sua mãe disse: “Luzia, minha filha, tudo o que é meu e do teu falecido
pai é teu. Portanto, faz o que quiseres”.
Elas então começaram a distribuir seus bens aos
pobres. Um jovem muito rico e pagão, que se enamorara de Luzia, perguntou à mãe
dela o motivo de tanto esbanjamento de dinheiro. Em resposta, Eutíquia lhe
disse: “Luzia achou bens muito mais valiosos do que esses”. O jovem não
entendeu que ela falava dos bens celestes.
Luzia e sua mãe davam mais e mais dinheiro aos
necessitados, dilapidando a grande fortuna da família – e dando ao jovem a
certeza de que Luzia era cristã. Ele a denunciou ao prefeito de Siracusa,
Pascásio, que, furioso com a grande fé de Luzia, mandou-a para o imperador
Diocleciano. Este tentou persuadi-la a se converter aos ídolos, mas Luzia se
mostrou cheia do Espírito Santo diante de Diocleciano.
Vendo que nada a convertia, o imperador mandou que
a levassem para uma casa de prostituição, mas foi em vão: ninguém conseguia
tirar Luzia dali, nem sequer com uma junta de bois. Os soldados saíram
envergonhados por não conseguir movê-la: era como se os pés da virgem cristã
estivessem fincados no chão como raízes de um planta.
Eles tentaram então atear fogo ao seu corpo, mas
Luzia orou e as chamas não a atingiram. Como nada havia dado certo, foi-lhe
aplicado um dos castigos mais pavorosos imagináveis: um soldado, a mando do
imperador, arrancou-lhe os olhos. No mesmo instante, porém, surgiram em seu
rosto novos olhos, perfeitos e mais belos que os anteriores.
Resolveram decepar-lhe a cabeça. Enquanto Luzia
proclamava “Adoro um só Deus verdadeiro e a Ele prometi amor e fidelidade”,
o golpe certeiro fez sua cabeça rolar pelo chão. Era 13 de dezembro do ano de
304.
Os cristãos recolheram seu corpo virginal e a
sepultaram nas catacumbas de Roma. Sua fama de santidade se espalhou por toda a
Itália e depois para o mundo. Hoje, Santa Luzia é venerada como a “Santa da Visão”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário