Ter, 22
de Outubro de 2013 12:14 cnbb
Dom Roberto Francisco Ferreria paz
Bispo de Campos (RJ)
Bispo de Campos (RJ)
No dia 24 de outubro de 1948 era lançada a Carta de
São Francisco, marco referencial da ONU que foi criada com 51 países
integrantes, entre eles o Brasil.
Era portadora de um facho de esperança e
idealizava o surgimento de uma era de paz, concórdia e entendimento entre os
povos e nações. Representava uma Assembléia mundial focalizada em buscar o bem
comum, o desenvolvimento integral e a superação da miséria e da pobreza
estrutural.
Era assim constituído um Foro e espaço de
negociação e de diálogo para prevenir conflitos, e resolve-los o mais
rapidamente possível, instando ao desarmamento e a construção de uma cultura de
paz. Muitos anos se passaram, assistimos a queda do mundo de Berlim, e foi
surgindo uma ordem mundial unipolar, que foi concentrando poderio militar e
econômico e ditando as cartas na ONU. Foram se justificando guerras preventivas
e intervenções humanitárias, que ceifaram vidas e destruíram populações
inteiras.
Curiosamente conflitos que precisavam de mediação
urgente como Ruanda e Timor Leste foram desconsiderados e deixados de lado.
Torna-se necessário um reconhecimento soberano da Assembléia Geral, dando-lhe
mais poder resolutivo, evitando que o Conselho de Segurança fique refém de
poucas potências e defina a política mundial.
Compatibilizar a defesa dos Direitos Humanos com a
Defesa dos bem públicos mundiais e a preservação da integridade do planeta.
Instituir um Tribunal e Estatuto de Justiça
Climática e Proteção Ambiental em ordem a evitar a catástrofe e o despeito
continuo a medidas de redução das emissões de gases poluidores e a contaminação
da terra, do mar e do espaço com lixo radioativo e altamente letal. Queremos
uma ONU fiel aos seus princípios inspiradores e generosos que possa garantir o
futuro da família humana e de nossa Casa Comum.
Não basta afirmar: “ Guerra nunca mais”; senão
criamos entre todos uma interdependência justa e equitativa, convergente e
harmônica, que possa gerar um estado de paz perpetua como propunha Imanuel
Kant. Que Jesus, o Príncipe da Paz, nos ajude a aperfeiçoar a ONU como
instrumento de criação e gestação da civilização do amor e da solidariedade
mundiais. Deus seja louvado!
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