Qua, 29
de Maio de 2013 10:19 / Atualizado - Qua, 29 de Maio de 2013 10:31 por: CNBB /
Rádio Vaticano
Cerca de 90 mil fiéis lotaram a
Praça S. Pedro, mesmo com chuva, para a Audiência Geral desta quarta-feira, 29
de maio. Depois de fazer o giro da Praça para saudar a multidão, debaixo de
garoa, o Papa iniciou um novo ciclo de catequeses, que tratará do mistério da
Igreja a partir de expressões presentes nos textos do Concílio Vaticano II.
A primeira delas foi: a Igreja como família de
Deus. A parábola do filho pródigo, afirmou o Papa, indica bem o desígnio de
Deus para a humanidade. Ele quer fazer de nós uma única família, para que cada
um sinta sua proximidade e o seu amor.
Neste grande desígnio, a Igreja encontra sua raiz.
A própria palavra “Igreja”, do grego ekklesia, significa “convocação”: Deus nos
convoca, nos impulsiona a sair do individualismo, da tendência de fechar-se em
si mesmo e nos chama a fazer parte da sua família. Toda a história da salvação
é a história de Deus que busca o homem, lhe oferece o seu amor e o acolhe. Na
plenitude dos tempos, Ele mandou Seu Filho, Jesus Cristo, para nos comunicar a
vida divina.
A Igreja tem a sua origem na Cruz, do lado aberto
de Cristo de onde jorraram sangue e água, símbolos dos Sacramentos da
Eucaristia e do Batismo. No dia de Pentecostes, recebendo o dom do Espírito
Santo, Ela se manifesta ao mundo, anunciando o Evangelho e difundindo o amor de
Deus.
Ainda hoje, alguns dizem: “Cristo sim, a Igreja
não”, “Eu acredito em Deus, mas não nos padres”. A eles, Francisco responde:
“Mas é justamente a Igreja que nos traz Cristo e
que nos leva a Deus; a Igreja é a grande família dos filhos de Deus. Certamente
há também aspectos humanos; naqueles que a compõem, pastores e fiéis, há
defeitos, imperfeições e pecados: também o Papa tem pecados. E muitos! Mas o
belo é quando nos damos conta de que somos pecadores e encontramos a
misericórdia de Deus. Deus perdoa sempre. Não se esqueçam disso: Deus perdoa
sempre.”
Quando pecamos, ofendemos a Deus - afirmou. Mas Ele
nos dá a oportunidade de nos humilhar para perceber que existe algo maior, que
é a sua misericórdia.
Devemos nos perguntar: quanto eu amo a Igreja? Rezo
por ela? Sinto-me parte desta família? Neste Ano da Fé, concluiu o Pontífice,
peçamos ao Senhor que as nossas comunidades sejam sempre mais verdadeiras
famílias que vivem e transmitem o calor de Deus.
No final da audiência, o Papa saudou de modo
especial os jovens poloneses que se reunirão em 1º de junho numa vigília em
Lednica para refletir sobre o tema da paternidade.
Aos romanos, o Santo Padre recordou que nesta
quinta-feira, festa de Corpus Christi, celebrará às 19h a Santa Missa em São
João de Latrão, ao final da qual se realizará a procissão que se concluirá em
Santa Maria Maior. “Convido os fiéis de Roma e os peregrinos a se unirem neste
ato de profunda fé pela Eucaristia, que constitui o mais precioso tesouro da
Igreja e da humanidade.”
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