quarta-feira, 22 de maio de 2013

O Papa Francisco


Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

Hoje, em Roma, estou tendo a graça de estar pessoalmente pela primeira vez com nosso Papa Francisco, pedir a sua bênção e expressar-lhe, em meu nome e no de toda a nossa Administração Apostólica, o nosso respeito, apoio, dedicação, adesão, fidelidade e inteira submissão. “Onde está Pedro, aí está a Igreja. E onde está a Igreja, aí está Cristo”.

Em sua homenagem, cito algumas de suas frases, que demonstram o seu perfil de filho de Santo Inácio, da militante Companhia de Jesus.
Recorda-nos ele a centralidade de Jesus Cristo e o antagonismo entre o bem e o mal, entre Deus e o Diabo, pregada por Santo Inácio na meditação das duas bandeiras: “Podemos caminhar o que quisermos, podemos edificar um monte de coisas, mas se não confessarmos Jesus Cristo, está errado. Tornar-nos-emos uma ONG sócio caritativa, mas não a Igreja, Esposa do Senhor. Quando não se caminha, ficamos parados. Quando não se edifica sobre as pedras, que acontece? Acontece o mesmo que às crianças na praia quando fazem castelos de areia: tudo se desmorona, não tem consistência. Quando não se confessa Jesus Cristo, faz-me pensar nesta frase de Léon Bloy: «Quem não reza ao Senhor, reza ao diabo». Quando não confessa Jesus Cristo, confessa o mundanismo do diabo, o mundanismo do demônio”.
Relembra a norma inaciana, andar na presença de Deus: “Caminhemos à luz do Senhor (Is 2, 5). Trata-se da primeira coisa que Deus disse a Abraão: caminha na minha presença e sê irrepreensível. Caminhar: a nossa vida é um caminho e, quando nos detemos, está errado. Caminhar sempre, na presença do Senhor, à luz do Senhor, procurando viver com aquela irrepreensibilidade que Deus pedia a Abraão, na sua promessa”.
Ascese cristã: cristianismo sem cruz não existe: “Quando caminhamos sem a cruz, edificamos sem a Cruz ou confessamos um Cristo sem Cruz, não somos discípulos  do Senhor: somos mundanos, somos bispos, padres, cardeais, papas, mas não discípulos do Senhor”.
Espirito de Fé e confiança em Deus e na Igreja: “Como o papa Bento XVI nos lembrou tantas vezes nos seus ensinamentos e, por fim, com o seu gesto corajoso e humilde, é Cristo que guia a Igreja através do seu espírito. O Espirito Santo é   a alma da Igreja, com a sua força vivificadora e unificante: faz de muitos um só corpo, o Corpo místico de Cristo. Não cedamos ao pessimismo, a esta amargura que o diabo nos oferece cada dia;  não cedamos ao pessimismo e ao desânimo: tenhamos a firme certeza de que o espírito Santo dá à Igreja, com o seu sopro poderoso, a coragem  de perseverar e também de procurar novos métodos de evangelização, para levar o Evangelho até aos últimos confins da terra (cf.At1,8). A verdade cristã é fascinante e persuasiva, porque responde a uma necessidade profunda da existência humana, anunciando de modo convincente que Cristo é o único Salvador do homem todo e de todos os homens. Este anúncio de modo permanece válido hoje como o foi nos primórdios do cristianismo, quando se realizou a primeira grande expansão missionária do evangelho”.

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