Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
Hoje, em Roma, estou tendo a graça de
estar pessoalmente pela primeira vez com nosso Papa Francisco, pedir a
sua bênção e expressar-lhe, em meu nome e no de toda a nossa
Administração Apostólica, o nosso respeito, apoio, dedicação, adesão,
fidelidade e inteira submissão. “Onde está Pedro, aí está a Igreja. E
onde está a Igreja, aí está Cristo”.
Em sua homenagem, cito algumas de suas
frases, que demonstram o seu perfil de filho de Santo Inácio, da
militante Companhia de Jesus.
Recorda-nos ele a centralidade de Jesus
Cristo e o antagonismo entre o bem e o mal, entre Deus e o Diabo,
pregada por Santo Inácio na meditação das duas bandeiras: “Podemos
caminhar o que quisermos, podemos edificar um monte de coisas, mas se
não confessarmos Jesus Cristo, está errado. Tornar-nos-emos uma ONG
sócio caritativa, mas não a Igreja, Esposa do Senhor. Quando não se
caminha, ficamos parados. Quando não se edifica sobre as pedras, que
acontece? Acontece o mesmo que às crianças na praia quando fazem
castelos de areia: tudo se desmorona, não tem consistência. Quando não
se confessa Jesus Cristo, faz-me pensar nesta frase de Léon Bloy: «Quem
não reza ao Senhor, reza ao diabo». Quando não confessa Jesus Cristo,
confessa o mundanismo do diabo, o mundanismo do demônio”.
Relembra a norma inaciana, andar na
presença de Deus: “Caminhemos à luz do Senhor (Is 2, 5). Trata-se da
primeira coisa que Deus disse a Abraão: caminha na minha presença e sê
irrepreensível. Caminhar: a nossa vida é um caminho e, quando nos
detemos, está errado. Caminhar sempre, na presença do Senhor, à luz do
Senhor, procurando viver com aquela irrepreensibilidade que Deus pedia a
Abraão, na sua promessa”.
Ascese cristã: cristianismo sem cruz não
existe: “Quando caminhamos sem a cruz, edificamos sem a Cruz ou
confessamos um Cristo sem Cruz, não somos discípulos do Senhor: somos
mundanos, somos bispos, padres, cardeais, papas, mas não discípulos do
Senhor”.
Espirito de Fé e confiança em Deus e na
Igreja: “Como o papa Bento XVI nos lembrou tantas vezes nos seus
ensinamentos e, por fim, com o seu gesto corajoso e humilde, é Cristo
que guia a Igreja através do seu espírito. O Espirito Santo é a alma
da Igreja, com a sua força vivificadora e unificante: faz de muitos um
só corpo, o Corpo místico de Cristo. Não cedamos ao pessimismo, a esta
amargura que o diabo nos oferece cada dia; não cedamos ao pessimismo e
ao desânimo: tenhamos a firme certeza de que o espírito Santo dá à
Igreja, com o seu sopro poderoso, a coragem de perseverar e também de
procurar novos métodos de evangelização, para levar o Evangelho até aos
últimos confins da terra (cf.At1,8). A verdade cristã é fascinante e
persuasiva, porque responde a uma necessidade profunda da existência
humana, anunciando de modo convincente que Cristo é o único Salvador do
homem todo e de todos os homens. Este anúncio de modo permanece válido
hoje como o foi nos primórdios do cristianismo, quando se realizou a
primeira grande expansão missionária do evangelho”.
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