Caminhamos atentos ao chamado de cada novo Pentecostes!
Encontros de Fé: 13-18
de maio de 2013
Algumas Recomendações
1. Cuidar da preparação
do ambiente, tornando-o acolhedor e adequado para a Oração
(Bíblia-Velas-Flores; Acomodação para os participantes; som e iluminação).
2. Onde já acontece algum
Encontro (Mês de Maio, Missa, Novena de Padroeiro, Escola da Fé etc),
simplesmente inserir os temas deste roteiro, sem anular o que já existe.
3. Realizar encontros
Orantes (não apenas de estudo).
4. Os temas podem ser
desenvolvidos por palestrantes, escolhidos na própria Comunidade, segundo o seu
engajamento pastoral.
5. Em sintonia com cada
tema, sugere-se o destaque de um Dom do Espírito Santo. Sobretudo num momento de preces
comunitárias, pode-se fazer, perfeitamente, a ligação do Dom com o tema atual.
6. O material apresentado
pode servir como subsídio, podendo, em alguns casos, conforme a decisão do
grupo, ser lido no todo ou em parte.
7. Envolver a Catequese,
Liturgia, Pastoral Familiar, Grupos de Oração (e outros grupos ou movimentos)
na preparação e acompanhamento dos Encontros.
A Equipe Diocesana, responsável por este
subsídio, deseja a todos um Bom e Abençoado trabalho!
ORAÇÃO INICIAL PARA TODOS OS DIAS
Vinde Espírito Santo!
Derrama os teus dons sobre a Igreja e sobre cada um dos fiéis,
para que, abertos ao apelo
do Santo Padre, aprofundemos durante este ano a beleza da Fé e vivamos a
alegria de a irradiarmos à nossa volta.
Como quem se dá verdadeiramente, totalmente! Como quem se perde por
amor! Como quem reconhece a dor do fracasso, mas se alimenta da Esperança: por
fim, o amor de Deus vencerá!
Como quem está atento!: e exalta os humildes; e enche de pão os
famintos; e anima os incompreendidos; e dá a mão aos caídos; e ama, dando a vida
até ao fim.
E assim, seguindo o exemplo de Jesus, sejamos o grão trigo lançado à
terra no nosso tempo!
Dia 13 (segunda-feira): O Ano da Fé (Apresentação e
explicação da Logomarca e Hino do Ano da Fé)
Dom: Fortaleza
A porta da fé
Na sua Carta Apostólica, em que promulga
a celebração do Ano da Fé, o Papa Emérito Bento XVI evoca, no limiar, o sinal
da porta. Eis as suas palavras: «A PORTA DA FÉ (cf. At 14,27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a
entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este
limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela
graça que transforma. Atravessar esta porta implica embrenhar-se num caminho
que dura a vida inteira. Este caminho tem início no Batismo (cf. Rm 6,4), pelo qual podemos dirigir-nos a
Deus com o nome de Pai, e está concluído com a passagem através da morte para a
vida eterna, fruto da ressurreição do Senhor Jesus, que, com o dom do Espírito
Santo, quis fazer participantes da sua própria glória quantos creem nele (cf. Jo 17,22)».
Perguntemo-nos:
já entrámos, decididamente, por essa porta, ou só espreitamos por ela?
Por vezes ainda olhamos para trás, vendo toda a realidade humana, sem o olhar
da fé?! Aceitamos, decididamente, trilhar esse novo caminho, o caminho da vida
concebida à luz de Cristo e conduzida por Ele?
Simbolismo natural da porta
A imagem da
Porta, muito apreciada por Jesus, contém uma enorme riqueza de significado para
o discernimento da nossa fé. A porta é uma realidade que nos acompanha no nosso
dia-a-dia. O nosso percurso quotidiano está ponteado de portas, por onde
entramos e por onde saímos. Portas que nos permitem acessos e nos preservam a
intimidade.
A porta
está ligada à celebração do Mistério da Encarnação, à entrada de Cristo no
mundo, a este intercâmbio pessoal da divindade com a nossa humanidade. O
Mistério da Encarnação de Jesus é o início de um caminho concreto, palpável,
inserido na história humana, iniciado por Deus para entrar em comunhão de amor
com o ser humano.
A porta
recorda-nos ainda a nossa vinculação a Cristo pelo sacramento do Batismo, pelo
qual fomos introduzidos na vida de comunhão em Igreja. Por isso,
simbolicamente, transpomos a porta de entrada da celebração, nessa disposição
de nos abrir ao mistério de Cristo e recordando-nos de que Ele é a Porta.
Jesus
disse: "Eu sou a porta» (Jo
10,7), para indicar que ninguém pode ter acesso ao Pai senão por Ele. Há um
único acesso que abre de par em par a entrada na vida de comunhão com Deus:
este acesso é Jesus, caminho único e absoluto de salvação. Só a Ele se podem
aplicar, na sua verdade plena, estas palavras do salmista: "Esta é a porta
do Senhor, por ela entram apenas os justos» (Sl 118 [117], 20).
O Ano da Fé
O Ano da Fé é um tempo próprio para redescobrir,
aprofundar e viver a fé católica. Esse período foi aberto oficialmente pelo
então Papa Bento XVI no dia 11 de novembro de 2012 com uma Santa Missa
realizada no Vaticano. Até o dia 24 de novembro de 2013, quando será encerrado
o Ano da Fé, a Igreja propõe várias atitudes para os católicos crescerem nessa
virtude, entre elas, estudar o Catecismo da Igreja Católica (CIC), melhorar o
testemunho cristão e crescer em obras de caridade.
Uma logomarca vai acompanhar toda a trajetória do Ano
da Fé, carregada de um significado próprio. Entenda cada parte deste logo:
No campo quadrado e com borda, encontra-se
simbolicamente representada a nau, imagem da Igreja, que navega sobre águas
sutilmente esboçadas debaixo da barca; representa as dificuldades do mar
da vida.
O mastro principal é uma cruz que iça as velas. Estas
por sua vez, realizam o Trigrama de Cristo (JHS). O Trigrama de Cristo – JHS - pode ter várias
interpretações ou significados: pode ser apenas o nome de Jesus; pode ser:
Jesus Homem Salvador; pode ser Jesus Hóstia Sagrada. A Eucaristia é o sol que
ilumina e faz a Igreja viver da fé na presença real de Jesus Cristo na Hóstia
consagrada. E, ao fundo das velas, aparece o sol que associado ao Trigrama
remete à Eucaristia.
A Igreja sempre foi comparada a uma
barca onde nós vamos. Fundada por Jesus Cristo antes da Sua morte, a
Igreja, Povo de Deus reunido na fé, tem a sua apresentação pública no dia
de Pentecostes, 50 dias depois da Páscoa quando o Espírito Santo
"empurra" os apóstolos para o começo da evangelização, para o
testemunho de Jesus Cristo.
Cristo vai conosco. Nunca nos
abandona, mesmo que não O sintamos presente. A vela que é Cristo, é soprada
pelo vento do Espírito Santo. É o Espírito Santo que "empurra" a
Igreja para continuar a atualizar hoje a salvação trazida por Jesus e a
espalhar a boa nova da salvação.
Que vais fazer meu irmão e minha
irmã, para teres mais fé neste ano da fé? Que vais fazer meu irmão, minha irmã,
para melhor conhecer, celebrar e viver a tua fé?
Material didático:
a) Cartaz ou banner do Ano da Fé; onde for possível
pode-se utilizar data-show;
b) O Filme “Fé” (está no CD do Encontro Diocesano de
Catequese)
Dia 14 (terça-feira): Esta é a nossa fé! (Creio)
Dom: Temor de Deus
(2Tim 1, 6-14;
Catecismo da Igreja Católica, 185 a 197)
A reflexão sobre o «Credo» limita-se, muitas vezes, a constatar
que o texto é muito complicado... Não poderemos olhar de outra forma para as
palavras que expressam a nossa identidade cristã?!
Aprendamos, então, a «dizer» melhor qual é a nossa fé.
«Sei em quem acreditei» — esta afirmação de Paulo «ajuda-nos a
compreender que a fé é uma adesão pessoal do homem a Deus. Ao mesmo tempo, e
inseparavelmente, é a aceitação livre de toda a verdade revelada por Deus. A fé
como confiança pessoal no Senhor e a fé que professamos no Credo são
inseparáveis, se atraem e se exigem reciprocamente.
Existe uma ligação profunda entre a fé vivida e os seus conteúdos:
a fé das testemunhas e dos confessores é também a fé dos apóstolos.
Sinal de identidade
O «Credo» é designado símbolo da fé. Esta denominação está
conforme com a origem etimológica da palavra, porque o símbolo, originalmente,
era um objeto partido em dois, permitindo o reconhecimento entre as duas partes
de um pacto, de um contrato. Cada parceiro conservava consigo uma metade desse
objeto, e quando se juntavam as duas partes, podiam reconhecer-se ligados pelo
pacto que anteriormente tinham assinado. O símbolo tem o valor do
reconhecimento.
Da mesma forma, o «Credo» é um símbolo porque, ao recitarmos este
texto, reconhecemo-nos cristãos e parceiros de todas as gerações cristãs que
nos precederam. É a expressão de uma fé comum, a fé da Igreja.
Existem três fórmulas «oficiais» para a profissão de fé, para o
«Credo».
Credo batismal
A mais antiga é a profissão de fé nascida da liturgia batismal,
que se faz sob a forma de pergunta/resposta, que permite proclamar, por um lado
a renúncia ao mal, e, por outro lado, a profissão de fé em Deus Pai, Filho e
Espírito Santo. Esta forma, muito litúrgica, porque estava ligada à tripla
imersão no batismo, é a mais simples.
Símbolo dos Apóstolos
O nome desta fórmula nasce de uma lenda que atribuiu aos Apóstolos
a autoria do texto. Este Símbolo é considerado a «regra da fé, breve e grande»
(Santo Agostinho): breve pelo número das palavras, grande pelo alcance capaz de
evocar em poucas palavras a totalidade da fé cristã.
Símbolo Niceno-Constantinopolitano
Este texto não foi escrito, inicialmente, para uso na liturgia;
resulta de discussões teológicas complicadas. O nome deste símbolo está
relacionado com o Primeiro Concílio de Niceia (no ano 325) e com o Primeiro
Concílio de Constantinopla (no ano 381), onde foi feita uma revisão do texto
anterior. O «Credo» possui uma tríplice estrutura: a primeira estrutura é
trinitária (Deus é confessado como único, mas também como comunhão de três
pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo), a segunda estrutura é
narrativa (conta a História da Salvação); a terceira estrutura é enunciativa
(não se refere apenas ao conteúdo da fé, mas também aos sujeitos que dele se
apropriam, para o viver e testemunhar).
O Credo está no coração da liturgia pascal, batismal e dominical.
Está no coração da catequese no catecumenato dos adultos, na profissão de fé
dos jovens, na confirmação como também nos materiais catequéticos (catecismos).
Ele está também no coração da teologia.
Creio
Com a palavra creio [= acredito em ti], manifestamos um modo
pessoal, nosso, de nos pormos diante de uma determinada pessoa: consideramo-la
digna de confiança, convencidos de que diz a verdade. Dizer «creio» é afirmar a
nossa confiança, apesar da dúvida ou do risco. Por isso, há uma (grande)
diferença entre o crer, o ver e o saber. Saber é mais belo do que ver. Mas crer
é ainda mais belo do que saber, porque no ato de crer há muito amor.
Dizer «creio» é manifestar a nossa adesão livre e pessoal. Por
isso, exige o envolvimento e o empenho da razão. Assim, torna-se útil e
importante saber o que dizemos no «Credo» de modo a (re)descobrirmos a sua
beleza e significado; e a fazer com que se torne um «sinal distintivo» da
identidade cristã.
Material didático:
a) Cópia e
Gravação do Hino Oficial do Ano da Fé;
b) Cópia do
Credo Niceno-Constantinopolitano
Dia 15 (quarta-feira): Bote fé na família, Igreja doméstica
Dom: Conselho
Todo processo
da evangelização começa com a catequese. Os primeiros evangelizadores são os
catequistas e toda catequese começa na família, com os pais, se estende pela
comunidade nos catequistas e atinge toda a ação da Igreja. Não há verdadeira
família sem pais catequistas, como não há comunidades verdadeiras sem um número
razoável de catequistas. Não há Igreja verdadeira sem catequese.
O
primeiro evangelizador da sua casa é você!!!
Na Igreja há lugar para todos, mas, na evangelização, vocês leigos podem
ir aonde os bispos e nós padres não podemos; em primeiro lugar, na sua família,
você é o primeiro apóstolo dela; você pai, mãe, filho. Existem muitos filhos
que ainda precisam ser “colhidos” pelo Senhor. Você é o apóstolo da sua
casa, você é o evangelizador.
Dizemos que “santo de casa não faz milagres”, mas a grande arma não está
na boca, em você ficar falando com a pessoa, mas a grande arma está nos
joelhos: reze, reze, reze! Chegue até a cama de seu filho quando ele estiver
dormindo e reze por ele. Queira realmente que seu filho seja resgatado pelo
Senhor, queira e não desanime; busque todas as ocasiões. Facilite para que ele
se encontre com outros jovens em tantos movimentos que o Senhor tem suscitado
na Igreja d’Ele. Você verá o efeito que isso fará. É preciso que você queira a
salvação de seus filhos.
Quantos filhos e quantas filhas precisam resgatar o pai e a mãe também.
Infelizmente, há muitos pais que na nossa cultura são “durões” e não vão à
igreja, e precisam ser resgatados pelo Senhor; eles não podem se perder, e é
claro que você não quer que eles se percam. E não basta que eles sejam
“bonzinhos”, eles precisam voltar a Deus, aos sacramentos. Se nós rezarmos ao
Senhor pelos nossos pais e avós, o Senhor buscará o momento para salvá-los, nem
que seja o último dia.
(Monsenhor Jonas Abib)
Família e catequese
Ao criar o homem a sua
imagem e semelhança e dar-lhe a mulher por companheira, Deus quis constituir a
família como célula primeira e vital da sociedade. Porém, as famílias estão se
deteriorando progressivamente, ameaçadas pela crise de valores que temos
testemunhado em nossos dias. A família não é mais um celeiro de santidade, mas
um criadouro de caricaturas humanas sem espaço para a vivência dos valores
evangélicos.
Muito se ouve falar sobre
evangelização das e nas famílias. Mas esta continua sendo um grande desafio.
Não sabemos como envolver as famílias, sobretudo, no processo de catequização
dos filhos. É sabido que os pais devem ser os primeiros catequistas de seus
rebentos. Entretanto, a realidade é bem diferente. Muitas crianças chegam aos
encontros de catequese e não sabem sequer fazer o sinal da cruz. Toda a
responsabilidade é repassada ao catequista, e não deve ser assim.
A iniciação cristã tem que
começar em casa. A Bíblia Sagrada nos mostra o exemplo de Timóteo, o qual foi
educado na fé por sua avó e sua mãe: “Conservo a lembrança daquela tua fé tão sincera,
que foi primeiro a de tua avó Lóide e de tua mãe Eunice e que, não tenho a
menor dúvida, habita em ti também” (2Tim 1, 5). Infelizmente isto é raro hoje em dia. Mas graças a Deus
ainda existem famílias que conservam vivos os valores cristãos.
Entretanto, o que se vê,
geralmente, são pais que simplesmente mandam ou deixam seus filhos na porta da
Igreja e voltam para buscá-los horas depois. Parece não haver nenhuma
preocupação com a evangelização da criança ou do adolescente. Muitos nem ao
menos conhecem o catequista do filho, nunca o procuram para saber o que
acontece nos encontros de catequese. A preocupação maior é com a cerimônia do
dia em que o catequizando receberá o sacramento. Tanto é que quando procuram o
catequista não é para saber o que o filho está aprendendo, mas como será a
roupa que irá vestir no dia celebração.
O que fazer diante dessa
realidade? Na diocese de Petrolina já foi implantada, há mais de 10 anos, a
Catequese Familiar.
Muitas outras experiências
por este Brasil a fora têm conseguido envolver as famílias e, portanto, devem
ser incentivadas. É evidente que os resultados não são imediatos. Mas convém
lembrar que a manifestação de Deus acontece em doses homeopáticas. Por isso, é
preciso paciência e não desanimar diante das adversidades. Deus testa nossa
perseverança e nem sempre suportamos, porque vivemos numa cultura do
imediatismo. Todavia, o cristão não pode ser assim.
É urgente
que nossas famílias voltem a ser celeiros de santidade. Para isso, a catequese
deve ser um canal da graça de Deus, principalmente para aquelas famílias que se
encontram desestruturadas. É indispensável fazer ecoar nesses lares a palavra
de Deus. Logo, não podemos ficar parados de braços cruzados esperando que
venham até nós, e sim somos nós que temos que ir ao encontro dessas famílias,
cumprindo desta forma o mandato missional de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Ide,
pois, e ensinai a todas as nações...” (Mt 28, 19). Portanto, nossa maior alegria deve ser testemunhar o
amor de Deus.
Pai e Mãe ou responsáveis,
Assim
como precisamos da família e da sociedade para fazer nascer e crescer nossos
filhos e filhas, mesmo que a primeira responsabilidade seja sempre dos pais,
também precisamos da Igreja, para que eles, renascidos pelo Batismo, cresçam
conosco na fé.
Sabemos
que os pais são os primeiros catequistas dos filhos e filhas, mas nós
catequistas nos colocamos à disposição como colaboradores na educação da fé. Porém,
o nosso trabalho, feito em comunhão com a Igreja, só terá êxito com o seu
empenho e colaboração!
A
Catequese pretende ajudar a formar discípulos de Jesus, que O seguem, em
comunidade. Faremos isso através de Encontros ordenados e sistemáticos, de acordo
com um programa, e as faltas à Catequese quebram a sequência normal da
descoberta e do caminho da fé; por isso pedimos a assiduidade das crianças e o
acompanhamento dos pais, num estreito diálogo conosco.
Não se
preocupem em que os seus filhos e filhas “saibam muitas coisas”. Mas alegrem-se
sempre, ao verificar que eles saboreiam a alegria de ser cristão, e vão
descobrindo a Pessoa e o Mistério de Jesus, o Deus vivo e o Senhor das suas
vidas!
Procurem
aproveitar todas as oportunidades de receber, vocês próprios, formação e
catequese. Pensem e vivam de acordo com os valores do Evangelho, busquem rezar
e celebrar com seus filhos e filhas, de modo a que a fé seja vivida em comum na
pequena Igreja que é a família e se exprima na grande família que é a Igreja.
Lembre-se: participar na Eucaristia Dominical (Missa) é um bem de primeira
necessidade. Procure organizar a agenda do fim-de-semana, pondo a Eucaristia,
em primeiro lugar. Custe o que custar!
Canto: A família com Jesus
Se na família está Jesus, feliz é o lar! (bis)
1. Se na família está
Jesus, feliz é o lar! Felizes são os pais, felizes são as mães, felizes são os
filhos que estão com Jesus!
2. Nossa família tem
Jesus, feliz é nosso lar. Os pais estão felizes, as mães estão felizes, os
filhos também estão com Jesus.
OS PAIS
EDUCAM NA FÉ
1. Por um ambiente familiar que fala de
Deus e deixa Deus falar;
2. Pelo testemunho de fé, de vida, de
oração, de comunhão eclesial;
3. Por uma visão e revisão de toda a vida,
à luz da fé.
Falar
de Deus é comunicar, com força e simplicidade, com a palavra e a vida, o
essencial da fé.
SAGRADA
FAMÍLIA DE NAZARÉ, ESCOLA DA FÉ
“Nazaré é a escola em que se começa a
compreender a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do
Evangelho”
(Paulo VI).
Para todo cristão, é
fundamental a educação da fé, não só quanto ao conhecimento, mas especialmente
quanto à sua celebração e vivência. Educa-se para chegar à maturidade da
perfeição cristã e para recapitular todas as coisas em Cristo (Cf. Ef 1,10). Os primeiros educadores da fé
são os pais, a partir do ambiente familiar, com os quais colaboram outras
pessoas responsáveis na sociedade civil e na Igreja. Fixemo-nos, por fim, no
exemplo da Sagrada Família de Nazaré, verdadeira escola de fé:
“Nazaré é a escola em que se começa a compreender
a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho. Aqui
se aprende a observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão
profundo e misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão humilde
e tão bela. Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a imitá-la. Aqui
se aprende o método e o caminho que nos permitirá compreender facilmente quem é
Cristo. Aqui se descobre a importância do ambiente que rodeou a sua vida,
durante a sua permanência no meio de nós, os lugares, os tempos, os costumes, a
linguagem, as práticas religiosas, tudo o que serviu a Jesus para Se revelar ao
mundo. Aqui tudo fala, tudo tem sentido. Aqui, nesta escola, se compreende a
necessidade de ter uma disciplina espiritual, se queremos seguir os
ensinamentos do Evangelho e sermos discípulos de Cristo. Quanto desejaríamos
voltar a ser crianças e acudir a esta humilde e sublime escola de Nazaré!
Quanto desejaríamos começar de novo, junto de Maria, a adquirir a verdadeira
ciência da vida e a superior sabedoria das verdades divinas!” (Paulo VI, Alocução em Nazaré, a 5 de Janeiro de 1964;
cf. Liturgia das Horas, Ofício de Leitura
da Festa da Sagrada Família).
Dia 16 (quinta-feira): Bote fé nos catequistas
Dom: Entendimento
Todo
processo da evangelização começa com a catequese. Os primeiros evangelizadores
são os catequistas e toda catequese começa na família, com os pais, se estende
pela comunidade nos catequistas e atinge toda a ação da Igreja. Não há
verdadeira família sem pais catequistas, como não há comunidades verdadeiras
sem um número razoável de catequistas. Não há Igreja verdadeira sem catequese.
Sugestão: pedir à Coordenação da
Catequese para providenciar uma Exposição sobre a Catequese na Paróquia (ou
Comunidade) local, apresentando: quem são os catequistas; como está organizada
a Catequese; quais são os manuais adotados; quais os objetivos etc.; deve-se destacar o papel da Catequese
Familiar na educação da fé.
Dia 17 (sexta-feira): Bote fé nos missionários e evangelizadores
Dom: Piedade
Sugestão: Palestra proferida por um missionário local sobre o trabalho
missionário da Paróquia, fazendo a relação com o tema da Fé.
Dia 18 (sábado): Com Maria, bote fé na Juventude
Dom: Sabedoria
Em Nazaré, destaca-se uma figura
singular, que contrasta com toda aquela gente, por ser uma Mulher e uma Mulher
de Fé: Maria, a Mãe de Jesus. De fato, distingue-se dos seus conterrâneos:
- Ao contrário da sua gente, Maria
foi capaz de ouvir a Palavra e de deixar Deus falar, vindo ao seu encontro, na
simplicidade do seu viver, numa das horas do seu dia. Á sua visita e à sua
presença, a resposta de Maria é simples: «eis
a serva do Senhor, faça-se em Mim, segundo a Tua Palavra» (Lc.1,38). Nela
se cumprem os votos de pobreza e humildade, delineados pelo salmista: «como os olhos do servo se fixam nas mãos do
seu senhor, como os olhos da serva se fixam nas mãos da sua senhora»
(Sal.123,2), assim os Seus olhos se voltam para o Senhor, seu Deus.
- Ao
contrário, do desprezo e da arrogância das gentes da sua terra, Maria de Nazaré
foi capaz de se deixar surpreender por Deus e de O deixar ser como Ele é, sem
se escandalizar uma vez sequer. Um Deus escondido, frágil, impotente,
pequenino. Um Deus tão débil e desarmado, que nada pode sem nós. Que precisa
até da nossa pouca fé, para poder fazer alguma coisa.
- É verdade que Maria fez perguntas:
«Como será isto, se Eu não conheço Homem»
(Lc.1,34). «Porque nos fizeste isto. Teu
Pai e Eu andávamos à Tua procura» (Lc.2,48)… E outras terá feito, quando o
Filho a surpreendia. Mas, em tudo e sempre, Maria foi capaz de se interrogar,
sem inquirir, sem exigir resposta, foi capaz de perguntar sem ofender, de
avançar na fé sem tropeçar, sem se deixar escandalizar. Pelo contrário,
ponderava todas as coisas em seu coração (Lc.2,19.52). Deixando-se surpreender
e maravilhar… E cantar: «O Todo-Poderoso
fez em mim, maravilhas» (Lc.2,49).
- Por isso, ao contrário do que
aconteceu em Nazaré, Deus pôde fazer em Maria, o maior milagre, o milagre da
«encarnação do seu Filho», exatamente «porque
Ela acreditou em tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor» (Lc.2,45). A
fé de Maria é um campo aberto à semente do Verbo, uma mão estendida à mão de
Deus.
- Neste ano da fé, somos
especialmente convidados a receber com
Jesus, também Maria, sua Mãe. Ela é a primeira discípula entre todos
aqueles que acompanham Jesus. Maria é-nos dada hoje para nos ajudar a entrar
numa relação mais verdadeira e pessoal com Jesus, de modo a descobri-lo, a
amá-lo, a segui-lo e a servi-lo até ao fim.
- Com o seu exemplo, Maria
ensina-nos a fixar o nosso olhar de amor, naquele que foi o primeiro a amar-nos
e com a sua intercessão, Ela forma em nós um coração de discípulos, capazes de
nos pormos sempre à escuta do seu Filho…
Caríssimos irmãos e irmãs: a nossa
fé só começará a ser autêntica, quando começar a olhar para Jesus e, em vez de
pontos de interrogação, se deixar, como Maria, guiar mais pelos pontos de
exclamação. De facto, ao mistério de Deus chega-se mais depressa pela distância
do espanto e do maravilhamento, do que pela arrogância das perguntas feitas e
das respostas já sabidas. Este é um tempo e que é mais útil ver e calar, do que
não ver nada e andar sempre a perguntar…
Nisto, Maria vai à nossa frente. E é
preciso escutar o seu apelo, que nos leva até Jesus: «Fazei o que o Meu Filho vos disser» (Jo.2,5)!
Ó Maria,
que peregrinas conosco, no caminho da fé: «Feliz
és Tu, porque acreditaste»!
Pela fé,
com alegria e trepidação, geraste em teu seio e deste a luz o Filho de Deus,
que primeiro concebeste pela fé.
Na fé,
adoraste o Menino Deus, que saiu do teu ventre, como fruto bendito.
E, pela
fé, na obscuridade interior, guardaste no coração todas aquelas coisas, que no
momento e de imediato, não compreendias, nas palavras e gestos de Teu Filho.
Na
penumbra da fé, que te revestiu como um véu, e num verdadeiro e próprio aperto
de coração, tu viveste os seus trinta anos de silêncio, em contacto inefável e
permanente com o mistério de Deus feito Homem!
Na fé,
aceitaste segui-lo, em todos os passos da sua missão, permanecendo primeira e
fiel discípula, na escuta da Palavra, numa Vida inteiramente escondida com
Cristo, em Deus.
Com a fé
atravessastes a noite escura da morte de Teu Filho. Na fé, acompanhaste os seus
últimos minutos. Com fé, e contra toda a esperança, suportaste a espera da sua
ressurreição.
Entre a
Páscoa e o Pentecostes, na sala da Última Ceia, a tua fé heroica guardou e
transmitiu a memória fiel de Cristo, a todo o Corpo da Igreja, que estava a
nascer.
Elevada
ao Céu, és agora a Estrela, que nos guia no caminho da fé, mesmo na noite
tenebrosa do mal, e nos momentos de dúvida, de crise, de silêncio e sofrimento.
Para Ti
nos voltamos, ó Maria, para Te pedir que sustentes, guies e aumentes a nossa fé
de cansados peregrinos!
Ajuda-nos
a ver o que não vemos, a acolher e a descobrir o Deus vivo, que vive e cresce
dentro de nós como cresceu em teu seio virginal.
Dá-nos, como outrora, nas bodas
de Caná, rasgos de luz, que suscitem e amparem a nossa fé, sobretudo quando
Deus nos parecer ausente e nos vier a faltar a alegria da fé.
Dá-nos, ó Maria, a tua graça e a
tua alegria de levar Jesus, o Teu filho, a todos, de O mostrar a toda a gente,
sobretudo aos que mais esperam de nós o testemunho audaz e feliz da fé, nossa
primeira companheira de vida.
A Ti, Mãe de Deus, feliz porque
acreditaste nos entregamos de coração inteiro, e te confiamos este tempo de
graça, que torne mais bela e mais forte a nossa fé ! Amém!
Dia 19 (domingo): Caminhamos atentos ao
chamado de cada novo Pentecostes!
Dom: Ciência
O
Espírito Santo nos é dado
Quando celebramos a Páscoa, a Morte e a Ressurreição de Jesus,
celebramos a Sua gloriosa Ascensão, a Sua subida ao Céu, deixando este mundo e
confiando à Igreja, que somos nós todos, a missão de realizar o Seu projeto, a
Sua obra. E, no Dia de Pentecostes, o Espírito Santo nos é dado para termos,
dentro de nós, a luz e a força que nos tira o medo e a vergonha, para vivermos
aquilo em que acreditamos e testemunharmos aos outros essa fé, na vida de todos
os dias.
Os Apóstolos estavam fechados numa sala, no Cenáculo, vendo o que
se passava em redor: uma multidão de judeus, que tinha vindo de vários pontos,
para celebrar a festa anual do Pentecostes, festa da
entrega
das Tábuas da Lei a Moisés, no Monte Sinai, e festa das novas colheitas. Então,
diz-se, Deus manifestou-Se até através das forças da natureza: vento forte, um
fogo abrasador, um ruído, uma chamada de atenção que coloca Moisés diante de
Deus numa atitude de adoração e o povo numa atitude de expectativa, aguardando
aquilo que seria a revelação de Deus a Moisés.
O sentido do dever e da missão
No novo Pentecostes, fez-se também sentir um vento impetuoso e
línguas de fogo desceram sobre os Apóstolos, lembrando o que se tinha passado
no Sinai. Agora, porém, opera-se uma grande transformação.
Eles, que estavam metidos em casa com medo, com certo receio de
vir para a rua, sobre o modo como seriam acolhidos, sentiram muito vivamente a
obrigação que tinham de levar o Evangelho de Jesus a todos. Era um dilema: por
um lado, o sentido do dever e da missão; por outro, uma certa inibição
interior, uma certa timidez e dificuldade em enfrentar a multidão.
Os Atos dos Apóstolos dizem que eles se encheram de força e de
coragem, saíram de casa e foi extraordinário aquilo que aconteceu: as pessoas
entenderem-se, mesmo falando línguas diferentes. Fez-se ali uma grande
comunidade, em que todos estavam sintonizados naquela unidade, que brota da
linguagem universal da fé. Também hoje podemos estar dispersos por esse mundo
fora, mas, onde se encontram pessoas que têm os mesmos princípios e convicções,
de imediato se sentem solidárias, como irmãos, usando a linguagem da fé.
A luz e a força do Espírito
Os Apóstolos estavam fechados naquela sala de cima. Há muita gente
que quer viver a sua fé só em casa, mas não pode ser. Reparai: a luz e a força
do Espírito manifestaram-se de uma maneira extraordinária, tirando-os de casa e
lançando-os na missão, levando a fé para a rua.
Então na nossa casa não se vive a fé? Em casa, sim, mas também
onde quer que se esteja. Em todos os espaços onde vivemos a nossa vida, aí
temos de dar testemunho da fé, dos princípios e valores em que acreditamos. A
fé é para a vida, não apenas para os momentos de privacidade ou de passagem por
uma igreja, mas também na família, na escola, na fábrica, no escritório, em
qualquer meio laboral, em qualquer grupo desportivo ou cultural, onde quer que
cada um viva a sua vida.
Queridos amigos, precisamos de renovar e transformar este mundo.
Tanta gente reclama, dizendo que há muita coisa ruim, muita mentira, corrupção,
injustiça, muita coisa para transformar. Não custa fazer um catálogo, uma lista
das coisas que nos parecem mal. Nós cantamos muitas vezes: "Enviai o vosso
Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai". Renovar é tornar novo.
Mas se queremos, hoje, uma terra e um mundo novos, uma cultura e uma
civilização com novos valores, não pensemos que isto se faz por milagre ou por
intervenção direta do Céu. Cristo trouxe a mensagem, confiou-a à Igreja que somos
todos nós, e é conosco que se pode fazer um mundo novo. A luz e a força do
Espírito são dons para que cada um de nós assuma as suas próprias
responsabilidades nesta transformação do mundo, para que este se torne cada vez
mais “Reino de Deus”. (Cf. D. António
Carrilho, Bispo do Funchal, Homília, Maio 2009).
Oração
Envia-nos Senhor… Para que sejamos instrumentos da Tua paz nas
nossas famílias, nas nossas relações, nas vidas de todos os que se cruzam
conosco.
Envia-nos Senhor… Para que anunciemos a Boa Notícia da Tua
Ressurreição nos nossos locais de trabalho, nas faculdades, em todos os locais
que fazem parte da nossa vida quotidiana.
Envia-nos Senhor… A todos os que sofrem e não encontram sentido
para as suas vidas. Que saibamos levar-lhes a alegria que nasce do Teu
Evangelho e ajudá-los a descobrir o sentido profundo da vida.
Envia-nos Senhor… A todos os que se encontram sós, para que,
através de nós, sintam a Tua presença e companhia.
Envia-nos Senhor… Como enviaste a tantos que já deram a vida pelo
Evangelho.
Envia-nos Senhor… A contagiar o mundo com a Tua alegria e
esperança.
Envia-nos Senhor… A todos os que ainda não ouviram falar de Ti
para que Te conheçam e Te amem.
Envia-nos Senhor… Para que todos ”tenham vida e a tenham em
abundância”.
Envia-nos Senhor…
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