sexta-feira, 10 de maio de 2013

CELEBRANDO PENTECOSTES 2013




Caminhamos atentos ao chamado de cada novo Pentecostes!
 

 

 
Encontros de Fé: 13-18 de maio de 2013
Algumas Recomendações
1. Cuidar da preparação do ambiente, tornando-o acolhedor e adequado para a Oração (Bíblia-Velas-Flores; Acomodação para os participantes; som e iluminação).
2. Onde já acontece algum Encontro (Mês de Maio, Missa, Novena de Padroeiro, Escola da Fé etc), simplesmente inserir os temas deste roteiro, sem anular o que já existe.
3. Realizar encontros Orantes (não apenas de estudo).
4. Os temas podem ser desenvolvidos por palestrantes, escolhidos na própria Comunidade, segundo o seu engajamento pastoral.
5. Em sintonia com cada tema, sugere-se o destaque de um Dom do Espírito Santo. Sobretudo num momento de preces comunitárias, pode-se fazer, perfeitamente, a ligação do Dom com o tema atual.
6. O material apresentado pode servir como subsídio, podendo, em alguns casos, conforme a decisão do grupo, ser lido no todo ou em parte.
7. Envolver a Catequese, Liturgia, Pastoral Familiar, Grupos de Oração (e outros grupos ou movimentos) na preparação e acompanhamento dos Encontros.

A Equipe Diocesana, responsável por este subsídio, deseja a todos um Bom e Abençoado trabalho!

ORAÇÃO INICIAL PARA TODOS OS DIAS
Vinde Espírito Santo!

Derrama os teus dons sobre a Igreja e sobre cada um dos fiéis,
para que, abertos ao apelo do Santo Padre, aprofundemos durante este ano a beleza da Fé e vivamos a alegria de a irradiarmos à nossa volta.
Como quem se dá verdadeiramente, totalmente! Como quem se perde por amor! Como quem reconhece a dor do fracasso, mas se alimenta da Esperança: por fim, o amor de Deus vencerá!
Como quem está atento!: e exalta os humildes; e enche de pão os famintos; e anima os incompreendidos; e dá a mão aos caídos; e ama, dando a vida até ao fim.
E assim, seguindo o exemplo de Jesus, sejamos o grão trigo lançado à terra no nosso tempo!

Dia 13 (segunda-feira): O Ano da Fé (Apresentação e explicação da Logomarca e Hino do Ano da Fé)
Dom: Fortaleza

A porta da fé
Na sua Carta Apostólica, em que promulga a celebração do Ano da Fé, o Papa Emérito Bento XVI evoca, no limiar, o sinal da porta. Eis as suas palavras: «A PORTA DA FÉ (cf. At 14,27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar esta porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira. Este caminho tem início no Batismo (cf. Rm 6,4), pelo qual podemos dirigir-nos a Deus com o nome de Pai, e está concluído com a passagem através da morte para a vida eterna, fruto da ressurreição do Senhor Jesus, que, com o dom do Espírito Santo, quis fazer participantes da sua própria glória quantos creem nele (cf. Jo 17,22)».
Perguntemo-nos: já entrámos, decididamente, por essa porta, ou só espreitamos por ela? Por vezes ainda olhamos para trás, vendo toda a realidade humana, sem o olhar da fé?! Aceitamos, decididamente, trilhar esse novo caminho, o caminho da vida concebida à luz de Cristo e conduzida por Ele?

Simbolismo natural da porta
A imagem da Porta, muito apreciada por Jesus, contém uma enorme riqueza de significado para o discernimento da nossa fé. A porta é uma realidade que nos acompanha no nosso dia-a-dia. O nosso percurso quotidiano está ponteado de portas, por onde entramos e por onde saímos. Portas que nos permitem acessos e nos preservam a intimidade.
A porta está ligada à celebração do Mistério da Encarnação, à entrada de Cristo no mundo, a este intercâmbio pessoal da divindade com a nossa humanidade. O Mistério da Encarnação de Jesus é o início de um caminho concreto, palpável, inserido na história humana, iniciado por Deus para entrar em comunhão de amor com o ser humano.
A porta recorda-nos ainda a nossa vinculação a Cristo pelo sacramento do Batismo, pelo qual fomos introduzidos na vida de comunhão em Igreja. Por isso, simbolicamente, transpomos a porta de entrada da celebração, nessa disposição de nos abrir ao mistério de Cristo e recordando-nos de que Ele é a Porta.
Jesus disse: "Eu sou a porta» (Jo 10,7), para indicar que ninguém pode ter acesso ao Pai senão por Ele. Há um único acesso que abre de par em par a entrada na vida de comunhão com Deus: este acesso é Jesus, caminho único e absoluto de salvação. Só a Ele se podem aplicar, na sua verdade plena, estas palavras do salmista: "Esta é a porta do Senhor, por ela entram apenas os justos» (Sl 118 [117], 20).

O Ano da Fé
O Ano da Fé é um tempo próprio para redescobrir, aprofundar e viver a fé católica. Esse período foi aberto oficialmente pelo então Papa Bento XVI no dia 11 de novembro de 2012 com uma Santa Missa realizada no Vaticano. Até o dia 24 de novembro de 2013, quando será encerrado o Ano da Fé, a Igreja propõe várias atitudes para os católicos crescerem nessa virtude, entre elas, estudar o Catecismo da Igreja Católica (CIC), melhorar o testemunho cristão e crescer em obras de caridade.
Uma logomarca vai acompanhar toda a trajetória do Ano da Fé, carregada de um significado próprio. Entenda cada parte deste logo:
No campo quadrado e com borda, encontra-se simbolicamente representada a nau, imagem da Igreja, que navega sobre águas sutilmente esboçadas debaixo da barca; representa as dificuldades do mar da vida.



O mastro principal é uma cruz que iça as velas. Estas por sua vez, realizam o Trigrama de Cristo (JHS). O Trigrama de Cristo – JHS - pode ter várias interpretações ou significados: pode ser apenas o nome de Jesus; pode ser: Jesus Homem Salvador; pode ser Jesus Hóstia Sagrada. A Eucaristia é o sol que ilumina e faz a Igreja viver da fé na presença real de Jesus Cristo na Hóstia consagrada. E, ao fundo das velas, aparece o sol que associado ao Trigrama remete à Eucaristia.
A Igreja sempre foi comparada a uma barca onde nós vamos. Fundada por Jesus Cristo antes da Sua morte, a Igreja, Povo de Deus reunido na fé, tem a sua apresentação pública no dia de Pentecostes, 50 dias depois da Páscoa quando o Espírito Santo "empurra" os apóstolos para o começo da evangelização, para o testemunho de Jesus Cristo.
Cristo vai conosco. Nunca nos abandona, mesmo que não O sintamos presente. A vela que é Cristo, é soprada pelo vento do Espírito Santo. É o Espírito Santo que "empurra" a Igreja para continuar a atualizar hoje a salvação trazida por Jesus e a espalhar a boa nova da salvação.
Que vais fazer meu irmão e minha irmã, para teres mais fé neste ano da fé? Que vais fazer meu irmão, minha irmã, para melhor conhecer, celebrar e viver a tua fé?

Material didático:
a) Cartaz ou banner do Ano da Fé; onde for possível pode-se utilizar  data-show;
b) O Filme “Fé” (está no CD do Encontro Diocesano de Catequese)

Dia 14 (terça-feira): Esta é a nossa fé! (Creio)
Dom: Temor de Deus

(2Tim 1, 6-14; Catecismo da Igreja Católica, 185 a 197)

A reflexão sobre o «Credo» limita-se, muitas vezes, a constatar que o texto é muito complicado... Não poderemos olhar de outra forma para as palavras que expressam a nossa identidade cristã?!
Aprendamos, então, a «dizer» melhor qual é a nossa fé.
«Sei em quem acreditei» — esta afirmação de Paulo «ajuda-nos a compreender que a fé é uma adesão pessoal do homem a Deus. Ao mesmo tempo, e inseparavelmente, é a aceitação livre de toda a verdade revelada por Deus. A fé como confiança pessoal no Senhor e a fé que professamos no Credo são inseparáveis, se atraem e se exigem reciprocamente.
Existe uma ligação profunda entre a fé vivida e os seus conteúdos: a fé das testemunhas e dos confessores é também a fé dos apóstolos.


Sinal de identidade
O «Credo» é designado símbolo da fé. Esta denominação está conforme com a origem etimológica da palavra, porque o símbolo, originalmente, era um objeto partido em dois, permitindo o reconhecimento entre as duas partes de um pacto, de um contrato. Cada parceiro conservava consigo uma metade desse objeto, e quando se juntavam as duas partes, podiam reconhecer-se ligados pelo pacto que anteriormente tinham assinado. O símbolo tem o valor do reconhecimento.
Da mesma forma, o «Credo» é um símbolo porque, ao recitarmos este texto, reconhecemo-nos cristãos e parceiros de todas as gerações cristãs que nos precederam. É a expressão de uma fé comum, a fé da Igreja.
Existem três fórmulas «oficiais» para a profissão de fé, para o «Credo».

Credo batismal
A mais antiga é a profissão de fé nascida da liturgia batismal, que se faz sob a forma de pergunta/resposta, que permite proclamar, por um lado a renúncia ao mal, e, por outro lado, a profissão de fé em Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Esta forma, muito litúrgica, porque estava ligada à tripla imersão no batismo, é a mais simples.

Símbolo dos Apóstolos
O nome desta fórmula nasce de uma lenda que atribuiu aos Apóstolos a autoria do texto. Este Símbolo é considerado a «regra da fé, breve e grande» (Santo Agostinho): breve pelo número das palavras, grande pelo alcance capaz de evocar em poucas palavras a totalidade da fé cristã.

Símbolo Niceno-Constantinopolitano
Este texto não foi escrito, inicialmente, para uso na liturgia; resulta de discussões teológicas complicadas. O nome deste símbolo está relacionado com o Primeiro Concílio de Niceia (no ano 325) e com o Primeiro Concílio de Constantinopla (no ano 381), onde foi feita uma revisão do texto anterior. O «Credo» possui uma tríplice estrutura: a primeira estrutura é trinitária (Deus é confessado como único, mas também como comunhão de três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo), a segunda estrutura é narrativa (conta a História da Salvação); a terceira estrutura é enunciativa (não se refere apenas ao conteúdo da fé, mas também aos sujeitos que dele se apropriam, para o viver e testemunhar).
O Credo está no coração da liturgia pascal, batismal e dominical. Está no coração da catequese no catecumenato dos adultos, na profissão de fé dos jovens, na confirmação como também nos materiais catequéticos (catecismos). Ele está também no coração da teologia.

Creio
Com a palavra creio [= acredito em ti], manifestamos um modo pessoal, nosso, de nos pormos diante de uma determinada pessoa: consideramo-la digna de confiança, convencidos de que diz a verdade. Dizer «creio» é afirmar a nossa confiança, apesar da dúvida ou do risco. Por isso, há uma (grande) diferença entre o crer, o ver e o saber. Saber é mais belo do que ver. Mas crer é ainda mais belo do que saber, porque no ato de crer há muito amor.
Dizer «creio» é manifestar a nossa adesão livre e pessoal. Por isso, exige o envolvimento e o empenho da razão. Assim, torna-se útil e importante saber o que dizemos no «Credo» de modo a (re)descobrirmos a sua beleza e significado; e a fazer com que se torne um «sinal distintivo» da identidade cristã.

Material didático:
a) Cópia e Gravação do Hino Oficial do Ano da Fé;
b) Cópia do Credo Niceno-Constantinopolitano

Dia 15 (quarta-feira): Bote fé na família, Igreja doméstica
Dom: Conselho
Todo processo da evangelização começa com a catequese. Os primeiros evangelizadores são os catequistas e toda catequese começa na família, com os pais, se estende pela comunidade nos catequistas e atinge toda a ação da Igreja. Não há verdadeira família sem pais catequistas, como não há comunidades verdadeiras sem um número razoável de catequistas. Não há Igreja verdadeira sem catequese.

O primeiro evangelizador da sua casa é você!!!
Na Igreja há lugar para todos, mas, na evangelização, vocês leigos podem ir aonde os bispos e nós padres não podemos; em primeiro lugar, na sua família, você é o primeiro apóstolo dela; você pai, mãe, filho. Existem muitos filhos que ainda precisam ser “colhidos” pelo Senhor. Você é o apóstolo da sua casa, você é o evangelizador.
Dizemos que “santo de casa não faz milagres”, mas a grande arma não está na boca, em você ficar falando com a pessoa, mas a grande arma está nos joelhos: reze, reze, reze! Chegue até a cama de seu filho quando ele estiver dormindo e reze por ele. Queira realmente que seu filho seja resgatado pelo Senhor, queira e não desanime; busque todas as ocasiões. Facilite para que ele se encontre com outros jovens em tantos movimentos que o Senhor tem suscitado na Igreja d’Ele. Você verá o efeito que isso fará. É preciso que você queira a salvação de seus filhos.
Quantos filhos e quantas filhas precisam resgatar o pai e a mãe também. Infelizmente, há muitos pais que na nossa cultura são “durões” e não vão à igreja, e precisam ser resgatados pelo Senhor; eles não podem se perder, e é claro que você não quer que eles se percam. E não basta que eles sejam “bonzinhos”, eles precisam voltar a Deus, aos sacramentos. Se nós rezarmos ao Senhor pelos nossos pais e avós, o Senhor buscará o momento para salvá-los, nem que seja o último dia.
(Monsenhor Jonas Abib)
Família e catequese
Ao criar o homem a sua imagem e semelhança e dar-lhe a mulher por companheira, Deus quis constituir a família como célula primeira e vital da sociedade. Porém, as famílias estão se deteriorando progressivamente, ameaçadas pela crise de valores que temos testemunhado em nossos dias. A família não é mais um celeiro de santidade, mas um criadouro de caricaturas humanas sem espaço para a vivência dos valores evangélicos.
Muito se ouve falar sobre evangelização das e nas famílias. Mas esta continua sendo um grande desafio. Não sabemos como envolver as famílias, sobretudo, no processo de catequização dos filhos. É sabido que os pais devem ser os primeiros catequistas de seus rebentos. Entretanto, a realidade é bem diferente. Muitas crianças chegam aos encontros de catequese e não sabem sequer fazer o sinal da cruz. Toda a responsabilidade é repassada ao catequista, e não deve ser assim.
A iniciação cristã tem que começar em casa. A Bíblia Sagrada nos mostra o exemplo de Timóteo, o qual foi educado na fé por sua avó e sua mãe: “Conservo a lembrança daquela tua fé tão sincera, que foi primeiro a de tua avó Lóide e de tua mãe Eunice e que, não tenho a menor dúvida, habita em ti também” (2Tim 1, 5). Infelizmente isto é raro hoje em dia. Mas graças a Deus ainda existem famílias que conservam vivos os valores cristãos.
Entretanto, o que se vê, geralmente, são pais que simplesmente mandam ou deixam seus filhos na porta da Igreja e voltam para buscá-los horas depois. Parece não haver nenhuma preocupação com a evangelização da criança ou do adolescente. Muitos nem ao menos conhecem o catequista do filho, nunca o procuram para saber o que acontece nos encontros de catequese. A preocupação maior é com a cerimônia do dia em que o catequizando receberá o sacramento. Tanto é que quando procuram o catequista não é para saber o que o filho está aprendendo, mas como será a roupa que irá vestir no dia celebração.
O que fazer diante dessa realidade? Na diocese de Petrolina já foi implantada, há mais de 10 anos, a Catequese Familiar.
Muitas outras experiências por este Brasil a fora têm conseguido envolver as famílias e, portanto, devem ser incentivadas. É evidente que os resultados não são imediatos. Mas convém lembrar que a manifestação de Deus acontece em doses homeopáticas. Por isso, é preciso paciência e não desanimar diante das adversidades. Deus testa nossa perseverança e nem sempre suportamos, porque vivemos numa cultura do imediatismo. Todavia, o cristão não pode ser assim.
É urgente que nossas famílias voltem a ser celeiros de santidade. Para isso, a catequese deve ser um canal da graça de Deus, principalmente para aquelas famílias que se encontram desestruturadas. É indispensável fazer ecoar nesses lares a palavra de Deus. Logo, não podemos ficar parados de braços cruzados esperando que venham até nós, e sim somos nós que temos que ir ao encontro dessas famílias, cumprindo desta forma o mandato missional de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações...” (Mt 28, 19). Portanto, nossa maior alegria deve ser testemunhar o amor de Deus.

Pai e Mãe ou responsáveis,
Assim como precisamos da família e da sociedade para fazer nascer e crescer nossos filhos e filhas, mesmo que a primeira responsabilidade seja sempre dos pais, também precisamos da Igreja, para que eles, renascidos pelo Batismo, cresçam conosco na fé.
Sabemos que os pais são os primeiros catequistas dos filhos e filhas, mas nós catequistas nos colocamos à disposição como colaboradores na educação da fé. Porém, o nosso trabalho, feito em comunhão com a Igreja, só terá êxito com o seu empenho e colaboração!
A Catequese pretende ajudar a formar discípulos de Jesus, que O seguem, em comunidade. Faremos isso através de Encontros ordenados e sistemáticos, de acordo com um programa, e as faltas à Catequese quebram a sequência normal da descoberta e do caminho da fé; por isso pedimos a assiduidade das crianças e o acompanhamento dos pais, num estreito diálogo conosco.
Não se preocupem em que os seus filhos e filhas “saibam muitas coisas”. Mas alegrem-se sempre, ao verificar que eles saboreiam a alegria de ser cristão, e vão descobrindo a Pessoa e o Mistério de Jesus, o Deus vivo e o Senhor das suas vidas!
Procurem aproveitar todas as oportunidades de receber, vocês próprios, formação e catequese. Pensem e vivam de acordo com os valores do Evangelho, busquem rezar e celebrar com seus filhos e filhas, de modo a que a fé seja vivida em comum na pequena Igreja que é a família e se exprima na grande família que é a Igreja. Lembre-se: participar na Eucaristia Dominical (Missa) é um bem de primeira necessidade. Procure organizar a agenda do fim-de-semana, pondo a Eucaristia, em primeiro lugar. Custe o que custar!

Canto: A família com Jesus
Se na família está Jesus, feliz é o lar! (bis)
1. Se na família está Jesus, feliz é o lar! Felizes são os pais, felizes são as mães, felizes são os filhos que estão com Jesus!
2. Nossa família tem Jesus, feliz é nosso lar. Os pais estão felizes, as mães estão felizes, os filhos também estão com Jesus.

OS PAIS EDUCAM NA FÉ
1. Por um ambiente familiar que fala de Deus e deixa Deus falar;
2. Pelo testemunho de fé, de vida, de oração, de comunhão eclesial;
3. Por uma visão e revisão de toda a vida, à luz da fé.
Falar de Deus é comunicar, com força e simplicidade, com a palavra e a vida, o essencial da fé.

SAGRADA FAMÍLIA DE NAZARÉ, ESCOLA DA FÉ
 “Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho” (Paulo VI).

Para todo cristão, é fundamental a educação da fé, não só quanto ao conhecimento, mas especialmente quanto à sua celebração e vivência. Educa-se para chegar à maturidade da perfeição cristã e para recapitular todas as coisas em Cristo (Cf. Ef 1,10). Os primeiros educadores da fé são os pais, a partir do ambiente familiar, com os quais colaboram outras pessoas responsáveis na sociedade civil e na Igreja. Fixemo-nos, por fim, no exemplo da Sagrada Família de Nazaré, verdadeira escola de fé:
“Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho. Aqui se aprende a observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão profundo e misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão humilde e tão bela. Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a imitá-la. Aqui se aprende o método e o caminho que nos permitirá compreender facilmente quem é Cristo. Aqui se descobre a importância do ambiente que rodeou a sua vida, durante a sua permanência no meio de nós, os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo o que serviu a Jesus para Se revelar ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem sentido. Aqui, nesta escola, se compreende a necessidade de ter uma disciplina espiritual, se queremos seguir os ensinamentos do Evangelho e sermos discípulos de Cristo. Quanto desejaríamos voltar a ser crianças e acudir a esta humilde e sublime escola de Nazaré! Quanto desejaríamos começar de novo, junto de Maria, a adquirir a verdadeira ciência da vida e a superior sabedoria das verdades divinas!” (Paulo VI, Alocução em Nazaré, a 5 de Janeiro de 1964; cf. Liturgia das Horas, Ofício de Leitura da Festa da Sagrada Família).

Dia 16 (quinta-feira): Bote fé nos catequistas
Dom: Entendimento

Todo processo da evangelização começa com a catequese. Os primeiros evangelizadores são os catequistas e toda catequese começa na família, com os pais, se estende pela comunidade nos catequistas e atinge toda a ação da Igreja. Não há verdadeira família sem pais catequistas, como não há comunidades verdadeiras sem um número razoável de catequistas. Não há Igreja verdadeira sem catequese.

Sugestão: pedir à Coordenação da Catequese para providenciar uma Exposição sobre a Catequese na Paróquia (ou Comunidade) local, apresentando: quem são os catequistas; como está organizada a Catequese; quais são os manuais adotados; quais os objetivos etc.;  deve-se destacar o papel da Catequese Familiar na educação da fé.

Dia 17 (sexta-feira): Bote fé nos missionários e evangelizadores
Dom: Piedade

Sugestão: Palestra proferida por um missionário local sobre o trabalho missionário da Paróquia, fazendo a relação com o tema da Fé.

Dia 18 (sábado): Com Maria, bote fé na Juventude
Dom: Sabedoria

Em Nazaré, destaca-se uma figura singular, que contrasta com toda aquela gente, por ser uma Mulher e uma Mulher de Fé: Maria, a Mãe de Jesus. De fato, distingue-se dos seus conterrâneos:
- Ao contrário da sua gente, Maria foi capaz de ouvir a Palavra e de deixar Deus falar, vindo ao seu encontro, na simplicidade do seu viver, numa das horas do seu dia. Á sua visita e à sua presença, a resposta de Maria é simples: «eis a serva do Senhor, faça-se em Mim, segundo a Tua Palavra» (Lc.1,38). Nela se cumprem os votos de pobreza e humildade, delineados pelo salmista: «como os olhos do servo se fixam nas mãos do seu senhor, como os olhos da serva se fixam nas mãos da sua senhora» (Sal.123,2), assim os Seus olhos se voltam para o Senhor, seu Deus.
 - Ao contrário, do desprezo e da arrogância das gentes da sua terra, Maria de Nazaré foi capaz de se deixar surpreender por Deus e de O deixar ser como Ele é, sem se escandalizar uma vez sequer. Um Deus escondido, frágil, impotente, pequenino. Um Deus tão débil e desarmado, que nada pode sem nós. Que precisa até da nossa pouca fé, para poder fazer alguma coisa.
- É verdade que Maria fez perguntas: «Como será isto, se Eu não conheço Homem» (Lc.1,34). «Porque nos fizeste isto. Teu Pai e Eu andávamos à Tua procura» (Lc.2,48)… E outras terá feito, quando o Filho a surpreendia. Mas, em tudo e sempre, Maria foi capaz de se interrogar, sem inquirir, sem exigir resposta, foi capaz de perguntar sem ofender, de avançar na fé sem tropeçar, sem se deixar escandalizar. Pelo contrário, ponderava todas as coisas em seu coração (Lc.2,19.52). Deixando-se surpreender e maravilhar… E cantar: «O Todo-Poderoso fez em mim, maravilhas» (Lc.2,49).
- Por isso, ao contrário do que aconteceu em Nazaré, Deus pôde fazer em Maria, o maior milagre, o milagre da «encarnação do seu Filho», exatamente «porque Ela acreditou em tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor» (Lc.2,45). A fé de Maria é um campo aberto à semente do Verbo, uma mão estendida à mão de Deus.
- Neste ano da fé, somos especialmente convidados a receber com Jesus, também Maria, sua Mãe. Ela é a primeira discípula entre todos aqueles que acompanham Jesus. Maria é-nos dada hoje para nos ajudar a entrar numa relação mais verdadeira e pessoal com Jesus, de modo a descobri-lo, a amá-lo, a segui-lo e a servi-lo até ao fim.
- Com o seu exemplo, Maria ensina-nos a fixar o nosso olhar de amor, naquele que foi o primeiro a amar-nos e com a sua intercessão, Ela forma em nós um coração de discípulos, capazes de nos pormos sempre à escuta do seu Filho…

Caríssimos irmãos e irmãs: a nossa fé só começará a ser autêntica, quando começar a olhar para Jesus e, em vez de pontos de interrogação, se deixar, como Maria, guiar mais pelos pontos de exclamação. De facto, ao mistério de Deus chega-se mais depressa pela distância do espanto e do maravilhamento, do que pela arrogância das perguntas feitas e das respostas já sabidas. Este é um tempo e que é mais útil ver e calar, do que não ver nada e andar sempre a perguntar…
Nisto, Maria vai à nossa frente. E é preciso escutar o seu apelo, que nos leva até Jesus: «Fazei o que o Meu Filho vos disser» (Jo.2,5)!

Oração a Maria, para o Ano da Fé
Ó Maria, que peregrinas conosco, no caminho da fé: «Feliz és Tu, porque acreditaste»!
Pela fé, com alegria e trepidação, geraste em teu seio e deste a luz o Filho de Deus, que primeiro concebeste pela fé.
Na fé, adoraste o Menino Deus, que saiu do teu ventre, como fruto bendito.
E, pela fé, na obscuridade interior, guardaste no coração todas aquelas coisas, que no momento e de imediato, não compreendias, nas palavras e gestos de Teu Filho.
Na penumbra da fé, que te revestiu como um véu, e num verdadeiro e próprio aperto de coração, tu viveste os seus trinta anos de silêncio, em contacto inefável e permanente com o mistério de Deus feito Homem!
Na fé, aceitaste segui-lo, em todos os passos da sua missão, permanecendo primeira e fiel discípula, na escuta da Palavra, numa Vida inteiramente escondida com Cristo, em Deus.
Com a fé atravessastes a noite escura da morte de Teu Filho. Na fé, acompanhaste os seus últimos minutos. Com fé, e contra toda a esperança, suportaste a espera da sua ressurreição.
Entre a Páscoa e o Pentecostes, na sala da Última Ceia, a tua fé heroica guardou e transmitiu a memória fiel de Cristo, a todo o Corpo da Igreja, que estava a nascer.
Elevada ao Céu, és agora a Estrela, que nos guia no caminho da fé, mesmo na noite tenebrosa do mal, e nos momentos de dúvida, de crise, de silêncio e sofrimento.
Para Ti nos voltamos, ó Maria, para Te pedir que sustentes, guies e aumentes a nossa fé de cansados peregrinos!
Ajuda-nos a ver o que não vemos, a acolher e a descobrir o Deus vivo, que vive e cresce dentro de nós como cresceu em teu seio virginal.
Dá-nos, como outrora, nas bodas de Caná, rasgos de luz, que suscitem e amparem a nossa fé, sobretudo quando Deus nos parecer ausente e nos vier a faltar a alegria da fé.
Dá-nos, ó Maria, a tua graça e a tua alegria de levar Jesus, o Teu filho, a todos, de O mostrar a toda a gente, sobretudo aos que mais esperam de nós o testemunho audaz e feliz da fé, nossa primeira companheira de vida.
A Ti, Mãe de Deus, feliz porque acreditaste nos entregamos de coração inteiro, e te confiamos este tempo de graça, que torne mais bela e mais forte a nossa fé ! Amém!

Dia 19 (domingo): Caminhamos atentos ao chamado de cada novo Pentecostes!
Dom: Ciência

O Espírito Santo nos é dado
Quando celebramos a Páscoa, a Morte e a Ressurreição de Jesus, celebramos a Sua gloriosa Ascensão, a Sua subida ao Céu, deixando este mundo e confiando à Igreja, que somos nós todos, a missão de realizar o Seu projeto, a Sua obra. E, no Dia de Pentecostes, o Espírito Santo nos é dado para termos, dentro de nós, a luz e a força que nos tira o medo e a vergonha, para vivermos aquilo em que acreditamos e testemunharmos aos outros essa fé, na vida de todos os dias.
Os Apóstolos estavam fechados numa sala, no Cenáculo, vendo o que se passava em redor: uma multidão de judeus, que tinha vindo de vários pontos, para celebrar a festa anual do Pentecostes, festa da
entrega das Tábuas da Lei a Moisés, no Monte Sinai, e festa das novas colheitas. Então, diz-se, Deus manifestou-Se até através das forças da natureza: vento forte, um fogo abrasador, um ruído, uma chamada de atenção que coloca Moisés diante de Deus numa atitude de adoração e o povo numa atitude de expectativa, aguardando aquilo que seria a revelação de Deus a Moisés.

O sentido do dever e da missão
No novo Pentecostes, fez-se também sentir um vento impetuoso e línguas de fogo desceram sobre os Apóstolos, lembrando o que se tinha passado no Sinai. Agora, porém, opera-se uma grande transformação.
Eles, que estavam metidos em casa com medo, com certo receio de vir para a rua, sobre o modo como seriam acolhidos, sentiram muito vivamente a obrigação que tinham de levar o Evangelho de Jesus a todos. Era um dilema: por um lado, o sentido do dever e da missão; por outro, uma certa inibição interior, uma certa timidez e dificuldade em enfrentar a multidão.
Os Atos dos Apóstolos dizem que eles se encheram de força e de coragem, saíram de casa e foi extraordinário aquilo que aconteceu: as pessoas entenderem-se, mesmo falando línguas diferentes. Fez-se ali uma grande comunidade, em que todos estavam sintonizados naquela unidade, que brota da linguagem universal da fé. Também hoje podemos estar dispersos por esse mundo fora, mas, onde se encontram pessoas que têm os mesmos princípios e convicções, de imediato se sentem solidárias, como irmãos, usando a linguagem da fé.

A luz e a força do Espírito
Os Apóstolos estavam fechados naquela sala de cima. Há muita gente que quer viver a sua fé só em casa, mas não pode ser. Reparai: a luz e a força do Espírito manifestaram-se de uma maneira extraordinária, tirando-os de casa e lançando-os na missão, levando a fé para a rua.
Então na nossa casa não se vive a fé? Em casa, sim, mas também onde quer que se esteja. Em todos os espaços onde vivemos a nossa vida, aí temos de dar testemunho da fé, dos princípios e valores em que acreditamos. A fé é para a vida, não apenas para os momentos de privacidade ou de passagem por uma igreja, mas também na família, na escola, na fábrica, no escritório, em qualquer meio laboral, em qualquer grupo desportivo ou cultural, onde quer que cada um viva a sua vida.
Queridos amigos, precisamos de renovar e transformar este mundo. Tanta gente reclama, dizendo que há muita coisa ruim, muita mentira, corrupção, injustiça, muita coisa para transformar. Não custa fazer um catálogo, uma lista das coisas que nos parecem mal. Nós cantamos muitas vezes: "Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai". Renovar é tornar novo. Mas se queremos, hoje, uma terra e um mundo novos, uma cultura e uma civilização com novos valores, não pensemos que isto se faz por milagre ou por intervenção direta do Céu. Cristo trouxe a mensagem, confiou-a à Igreja que somos todos nós, e é conosco que se pode fazer um mundo novo. A luz e a força do Espírito são dons para que cada um de nós assuma as suas próprias responsabilidades nesta transformação do mundo, para que este se torne cada vez mais “Reino de Deus”. (Cf. D. António Carrilho, Bispo do Funchal, Homília, Maio 2009).

Oração
Envia-nos Senhor… Para que sejamos instrumentos da Tua paz nas nossas famílias, nas nossas relações, nas vidas de todos os que se cruzam conosco.
Envia-nos Senhor… Para que anunciemos a Boa Notícia da Tua Ressurreição nos nossos locais de trabalho, nas faculdades, em todos os locais que fazem parte da nossa vida quotidiana.
Envia-nos Senhor… A todos os que sofrem e não encontram sentido para as suas vidas. Que saibamos levar-lhes a alegria que nasce do Teu Evangelho e ajudá-los a descobrir o sentido profundo da vida.
Envia-nos Senhor… A todos os que se encontram sós, para que, através de nós, sintam a Tua presença e companhia.
Envia-nos Senhor… Como enviaste a tantos que já deram a vida pelo Evangelho.
Envia-nos Senhor… A contagiar o mundo com a Tua alegria e esperança.
Envia-nos Senhor… A todos os que ainda não ouviram falar de Ti para que Te conheçam e Te amem.
Envia-nos Senhor… Para que todos ”tenham vida e a tenham em abundância”.
Envia-nos Senhor…



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