terça-feira, 24 de dezembro de
2013
A noite
de Natal nos faz contemplar a manjedoura de Jesus Menino: “encontrareis um
recém-nascido envolvido em faixas e deitado numa manjedoura” (Lc 2,12).
Celebrar o Natal, portanto, é perceber a ação quenótica de Deus que se
revela na pobreza. Os anjos não glorificam um menino no seu trono glorioso, mas
um menino pobre no meio dos animais. Na singeleza de Deus, podemos tocá-lo.
“Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro. Ele é a Eterna Criança, o
Deus que faltava. Ele é o humano que é natural. Ele é o divino que sorri e que
brinca. E por isso é que eu sei com toda a certeza Que ele é o Menino Jesus
verdadeiro” (Fernando Pessoa).
Por seu
rebaixamento, Ele se deixa revelar. “O Verbo se fez carne...” (Jo 1,14).
Agora
a voz de Deus é uma voz humana, Deus tem carne humana, rosto humano, jeito
humano... Agora, sim, sabemos quem é Deus. “A Palavra eterna fez-se pequena;
tão pequena que cabe numa manjedoura. Fez-se criança para que a Palavra possa
ser compreendida por nós. Desde então a Palavra já não é apenas audível, não
possui somente uma voz; agora a Palavra tem um rosto, que por isso mesmo
podemos ver: Jesus de Nazaré” (Verbum Domini 12).
Ao
contemplá-lo, nossa vida é tocada. A encarnação não se resume a imagem poética
de Jesus com seus pais terrestres, pois a graça se manifestou no trazendo a
salvação (Tt 2,11). Agora somos filhos de Deus, pois nascemos de Deus (Jo
1,12-13). Não há lugar para o ódio e para o rancor. Que o Natal nos ajude a
interiorizar a graça da salvação, trazendo-nos a paz e a consciência de que
devemos viver todos como irmãos...
Pe
Roberto Nenwing
Postado
por Bíblia e Catequese às
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