O último
domingo de 2013, na liturgia católica, é dedicado à instituição familiar. A
família é indicada como base fundamental para a sociedade. Até dizemos que “se
a família vai mal, não será diferente com a sociedade”. Perdendo os valores
familiares, caímos numa situação crônica de vulnerabilidade e insegurança.
Conservar
valores significa ser feliz por amar o Senhor e andar em seus caminhos. É o que
aconteceu com a Família de Nazaré, Jesus, Maria e José, apresentados como
“família modelo”. Ali identificamos valores que são desprezados nos dias de
hoje. Citando alguns dizemos da obediência, do respeito, da fidelidade aos
compromissos assumidos e a defesa da vida até às ultimas consequências.
Estamos
terminando 2013 com créditos positivos em muitas áreas da atualidade. Na esfera
do mundo católico deparamos com a renúncia do Papa Bento XVI e a eleição do
argentino Jorge Mario Bergoglio. Com Francisco, simples, humilde e corajoso, as
expectativas da humanidade se refazem dentro de um clima de grandes
expectativas de um mundo melhor e feliz.
O ano que
termina foi marcado também por muitas práticas de violência, de desrespeito à
vida humana, de muitos assassinatos, inúmeros acidentes fatais no trânsito etc.
Foi ano de “mensalões” sendo colocados na cadeia, de gastos exorbitantes em
estádios de futebol e em estradas tendo em vista a Copa do Mundo e as
Olimpíadas.
O Brasil
deveria ser encarado como uma grande família, com um povo de sentimentos
cristãos e que teve a marca de fé desde sua origem. Tem uma riqueza de
diversidade, de cultura, de história, mas com incapacidade para harmonizar
todas as diferenças nos diversos setores da sociedade. Ressaltamos o belo
progresso tecnológico, mas incapaz ainda de atender às necessidades das pessoas
mais sofridas.
Agora é
olhar para o próximo ano e projetar situações novas, realidades apoiadas nos
sentimentos de bondade, humildade, paciência e perdão, entendidos como
características próprias da vida familiar. A marca principal de 2014 deverá ser
a esperança, a certeza da possibilidade de uma sociedade cada vez melhor e de
vida digna para todos.
Dom Paulo
Mendes Peixoto
Arcebispo
de Uberaba.
Postado por Bíblia e Catequese às
20:04
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