FONTE:http://formacao.cancaonova.com/afetividade-e-sexualidade/vida-sexual/algo-inedito-sobre-amor-e-sexo/
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Um jeito inédito de mudar nosso
coração e nossa mente sobre amor e sexo
O que você pensaria se a Igreja Católica lançasse
um material inédito sobre o corpo humano tendo como objetivo mostrar o quanto
uma relação sexual pode levar a uma felicidade plena e a um êxtase sem fim? O
que você acharia se a Igreja Católica falasse: “As regras agora são: ame e faça
o que quiseres”?. O que você concluiria se essa Igreja escrevesse: “O
verdadeiro amor é para todo mundo, ninguém pode ficar sem ele”.
Alguns pensariam que a Igreja Católica estaria se
“pervertendo”. “Desde quando ela se tornou uma editora de ‘pornografia’? E onde
já se viu um material sobre o corpo humano e relações sexuais com direito a
felicidade sem fim? É o fim dos tempos mesmo!” Outros achariam que a Igreja
está surtando e falando abobrinhas, beirando um delírio. Imagine se as pessoas
levam a sério isso: “amar e fazer o que quiser!”. O mundo viraria uma anarquia
e uma nova Babilônia. Muitos, na certa, concluiriam que, de fato, a Igreja
Católica está em fim de jogo com direito a prorrogação, tentando de tudo para
conseguir adeptos. Pense: todo mundo é muita gente para ter um amor verdadeiro.
Não dá! É propaganda enganosa. Por favor, chamem o PROCON!
Verdades mentirosas
Quero lhe dizer que já faz um tempo, um bom tempo,
desde que Jesus se encarnou, que tudo isso já é verdade na Igreja Católica.
Porém, foram nos confundindo sobre a verdade do homem e da mulher, sobre amor e
sexo. Foram criando verdades mentirosas e separando o inseparável que, nessa
Igreja, ficou com o papel de vilã da história. Separaram o amor do sexo e o
sexo do amor, igualaram sexo a pecado e colocaram santidade contra desejos
sexuais em uma arena de UFC. Posso lhe dizer que não só fizeram da Igreja
Católica uma vilã como negaram ao homem o acesso e a vivência de um amor total
e para sempre.
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De uma maneira revolucionária, na década de 60 e
70, enquanto o mundo declarava Woodstock como lugar do amor livre, Karol Wojtyla
tinha, na Igreja, o lugar onde se aprende a verdade sobre o amor e o quanto
esse amor nos faz mais felizes e realizados. Depois, nos anos de 79 a 84, já
como Papa João Paulo II, ele foi, a cada quarta-feira, gastando tempo para
revelar ao homem o quanto amor e sexo, vividos de maneira verdadeira,
conduzia-os a uma antecipação do que viveriam em plenitude no céu.
Manual de nossos desejos sexuais
Posso lhe dizer que esses anos foram testemunhas da
confecção de um material inédito sobre o corpo humano, revelando-o (o corpo)
como um lugar teológico, ou seja, como um lugar de encontro com Deus. A
teologia do corpo (nome dado às catequeses de João Paulo II sobre o amor humano
realizadas de 1979 a 1984 – total de 129 catequeses), de fato, é um manual de
como nossos desejos sexuais são, na verdade, nobres e nos encaminham para o
céu.
Os desejos sexuais foram
colocados por Deus
Você deve estar se pensando: “Espera aí! Adriano,
você está louco? Sempre lutei contra meus desejos, pensando que eram pecados e
que eu tinha de reprimi-los; assim, deixaria Deus feliz! Mas, agora, você me
diz que eles me encaminham para o céu?”. Acalme-se, meu amigo! Os desejos
sexuais, ou seja, a atração de um homem por uma mulher e de uma mulher por um
homem foram colocados pelo próprio Deus, isso porque, na verdade, os dois
revelam a imagem de Deus, que é amor. Logo, nossos desejos mais profundos são
de amor, por isso não dá para tirar o amor do sexo. Então, você me pergunta:
“Agora, viveremos tudo o que desejamos? Como você disse, “amar e fazer o que
quiser”?.
Vamos devagar! Quando a Igreja, pela boca de Santo
Agostinho, fala: “Ame e faça o que quiseres”, na verdade, ela está nos chamando
à essencialidade do amor. E olha que não só a definição do amor como também sua
vivência andam bem desgastadas; como gasolina em posto “clandestino”, estão
“adulteradas” na concepção mundana.
O amor verdadeiro é total, livre,
fiel e fecundo
Na Teologia do Corpo, quando o Papa fala de amor,
ele o define com características bem concretas como “totalidade, liberdade,
fidelidade e fecundidade”, ou seja, o amor verdadeiro é total, livre, fiel e
fecundo. Se amamos assim, podemos fazer o que quisermos, pois esse nosso querer
baterá com o querer de Deus!
É preciso resgatar a riqueza que a Igreja Católica tem sobre a sexualidade
humana, sobre o corpo, quem é o homem e a mulher. Nunca ela foi do
contra, mas sim e sempre a favor de nossa plena felicidade.
Teologia do corpo é um material sobre o quanto
podemos, merecemos e somos destinados a fazer do nosso corpo um caminho de
verdadeiro prazer e condução para salvação de nossa alma. Dessa forma, em meio
ao amor que requer sacrifícios, atingiremos o que nosso coração e o nosso corpo
tanto anseia: o céu.
Neste e em outros artigos que escreverei, vamos,
por meio de uma linguagem mais fácil, entrar na beleza da Teologia do Corpo.
Vamos descobrir uma forma inédita de mudar nosso coração e nossa mente, vamos
nos aventurar na riqueza de nossa sexualidade e afetividade vividas no plano de
Deus, e, assim, teremos como resultado a liberdade e a plenitude do amor!
Adriano Gonçalves
Mineiro de Contagem (MG), Adriano Gonçalves dos
Santos é membro da Comunidade Canção Nova. Cursou Filosofia no Instituto da
Comunidade e é acadêmico de Psicologia na Unisal (Lorena). Atua na TV Canção
Nova como apresentador do programa Revolução Jesus. Mais que um programa, o
Revolução Jesus é uma missão que desafia o jovem a ser santo sem deixar de ser
jovem. Dessa forma, propõe uma nova geração: a geração dos Santos de Calça
Jeans. É autor dos seguintes livros: “Santos de Calça Jeans”, “Nasci pra Dar
Certo!” e “Quero um Amor Maior”
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