MISSA DO 1º DOMINGO DA QUARESMA – FESTA PARTILHA
AMBIENTAÇÃO: Neste 1º Domingo da Quaresma, iniciamos nosso
itinerário quaresmal, vivenciando com intensidade a Campanha da
Fraternidade/2014, cuja sinalização de libertação pessoal, comunitária e
social, nos apresenta o tema: “Tráfico
Humano e Fraternidade” e lema: “É para a liberdade que Cristo nos
libertou” (Gl 5,1).
Em silêncio entra: O cartaz, 05 pessoas c/vestes escuras, c/correntes nas mãos e depositam aos pés
da cruz.
ANIMADOR: As
mãos acorrentadas e estendidas simbolizam a situação de dominação e exploração
dos irmãos e irmãs traficados e o seu sentimento de impotência perante os
traficantes. Por estes irmãos rezemos. Ave Maria...
LOUVADO
SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!
ACOLHIDA: Amigos e amigas
em Cristo, paz e bem a todos vocês que vieram participar deste encontro
fraterno para celebrar a nossa vida e Fé na Trindade Santa! O Tempo Quaresmal
nos leva ao deserto da nossa vida... É momento propício à conversão e
possibilita o caminho da verdadeira libertação! É para a liberdade que Cristo nos
libertou! Pois bem, a nossa
Igreja deseja despertar em cada um a sensibilidade com as pessoas
marginalizadas pelo tráfico humano e convida-nos a vencermos as tentações,
principalmente o comodismo no compromisso de anunciar e denunciar as injustiças
que acontecem ao nosso redor.
Neste 2º Domingo do mês, temos um compromisso com Deus em
favor da Igreja e dos irmãos/ãs: Devolver um pouco do que temos recebido de
Deus: Nosso Dízimo! Agrdecendo também pela equipe de celebração, nesta
Eucaristia, confiantes na misericórdia divina, cantemos...
·
Procissão de Entrada: Crucifixo
ladeado por velas; Cartaz da CF/2014: Correntes; Dizimistas; Lecionário;
Proclamadores; Ministros; Acólitos e o Presidente da Celebração.
ATO
PENITENCIAL – RITO DA ASPERSÃO
Tenha-se
presente que o Rito da Aspersão da Água, no 1º Domingo da Quaresma tem um
sentido penitencial. Por isso, o mesmo poderá ser feito em silêncio ou
acompanhado por um Salmo Penitencial, diferente do Salmo 50, que já será cantado
como Salmo Responsorial.
LITURGIA DA PALAVRA
ANIMADOR: Caríssimos, em
Adão e Eva, todos pecaram, mas em Jesus Cristo, todos receberam a graça de
viver em Deus e de Deus viver em nós! Por isso, fortalecidos pela presença do
Espírito Santo de Deus, podemos vencer todas as tentações, a exemplo de Jesus, amolecendo
o coração e escutando com atenção as leituras.
1ª leitura:
Gn 2,7-9.3,1-7.
Salmo Responsorial: Sl 50 –
Refrão: Piedade, ó Senhor, tende piedade, pois pecamos contra
vós.
2ª Leitura:
Rm 5,12-19.
Evangelho: Mt 4,4b.
ORAÇÃO DOS FIÉIS
01
– Senhor, fortalecei sempre a vossa Igreja e os seus pastores, para que possam
continuar reivindicando e promovendo a liberdade de todos os seres humanos. Nós
vos pedimos:
02
– Senhor, dai discernimento a todas as pessoas que recebem propostas de lucros
fáceis, para que não caiam na tentação de aceitá-las. Nós vos pedimos:
.
03
– Senhor, encorajai-nos para que saíamos do nosso comodismo e participemos
ativamente das celebrações quaresmais: Via Sacras, Vigílias e todas as demais formações
que a Igreja nos oferece neste Tempo de Caridade, Oração, Penitência e Jejum.
Nós vos pedimos:
04 – Rezemos pelos nossos irmãos e irmãs
escravizados pelo tráfico de pessoas, para que nesta Campanha da Fraternidade
cresça nossa solidariedade em favor deles. Nós vos pedimos:
Rezemos a Oração da Campanha da
Fraternidade
Ó Deus, que sempre ouvis o clamor do
vosso povo e vos compadeceis dos oprimidos e escravizados, fazei que possam
experimentar a libertação da cruz e da ressurreição de Jesus. Nós vos pedimos
por aqueles que sofrem o flagelo do tráfico humano. Pela força do vosso
Espírito, convertei-nos, tornai-nos sensíveis às suas dores, e comprometidos na
superação deste mal, para que vivamos, como vossos filhos e filhas, na liberdade
e na paz. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
LITURGIA SACRAMENTAL
O tráfico humano é um crime que atenta contra a dignidade
da pessoa humana, já que explora o filho e a filha de Deus. Apresentemos ao altar
do Senhor nossa disposição de empenharmos na participação dos encontros de
formação que a Igreja nos oferece, abrindo nossos olhos, nossos ouvidos e a
nossa boca denunciando tudo aquilo que fere a dignidade humana.
·
Entram 03 pessoas, uma com os olhos vendados, outra os ouvidos e a
outra a boca. Ao terminar o canto dão-se as mãos e erguem os braços,
inclinam-se diante da cruz e se retiram.
Entremos em procissão e façamos agora a entrega do nosso
Dízimo, gesto de amor a Deus e aos irmãos, e os dons do Pão e do Vinho que
serão transubstanciados para nossa salvação. Entoemos o canto...
COMUNHÃO: Irmãs/õs, é preciso alimentar-se com a Força
da Eucaristia, para que o Senhor esteja sempre do nosso lado, especialmente nos
momentos em que o tentador se mostrar mais feroz, querendo tirar-nos dos Caminhos
do Evangelho. Entremos em procissão, lembrando, que nossas mãos devem está em
posição de trono, modo correto para recebermos o Corpo e Sangue de Nosso Senhor
Jesus Cristo, e não se esqueça de responder Amém!
PÃOZINHO DAS CRIANÇAS: E os anjos se aproximaram e
serviram a Jesus. Aproximem as crianças para receberem com alegria o pãozinho
da fraternidade! Cantemos.
FONTE: PASCOM - ZéCA Catequista
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Homilia do 1º. Domingo da
Quaresma – Ano A
Fonte: CNBB - REGIONAL N2
“O Senhor
formou o homem do pó da terra...” (Gn 2,7). Esta afirmação nos remete a uma das
exortações prescritas para a distribuição das cinzas: “Lembra-te que é pó, e ao
pó voltarás”. De fato, somos pós, terra, fragilidade. O ser humano vive do
sopro divino, mas não perde a sua fragilidade, e Deus sabe de que barro somos
feitos. A Quaresma é uma oportunidade para nos lembrarmos de nossa condição,
deixando de lado o orgulho autossuficiente, faz-nos conscientes de que a
tentação pode nos fazer sucumbir.
O deserto
é um lugar teológico de profundo significado. Não se trata de um espaço
geográfico, mas de uma experiência espiritual de solidão e silêncio. Somente
quando nos afastamos dos ruídos, da agenda atribulada, das superficialidades da
vida e até mesmo das pessoas, por algum tempo, poderemos olhar para o profundo
de nosso coração. Lá não encontraremos apenas bondade, mas muitas necessidades
não satisfeitas, ambições desordenadas, seguranças falsas. É importante
deixar-se conduzir ao deserto para perceber quais são as vozes que gritam
dentro de nós. Um pouco da ausência das ilusões desta vida nos ajudam a
perceber o quanto elas nos fazem falta. A experiência do deserto descrita no
Evangelho é uma luta contra as tentações. É necessário que o demônio se mostre,
que o mal se faça emergir para que saibamos contra o que lutamos.
Mesmo Jesus,
o Filho de Deus, foi tentado a sucumbir, foi tentado a deixar o seu projeto em
prol do Reino e da salvação para abraçar seguranças do prazer, do ter, do
poder. Tais tentações acompanharam Jesus durante toda a sua vida, e acompanham
também a nossa vida. Todos nós desejamos sempre substituir Deus por coisas,
situações e pessoas. Queremos ser tão donos e controladores de nossas vidas, de
modo a não admitirmos que algo possa atrapalhar cada passo imaginado em busca
da autossatisfação. Mas a vida não é assim... A vida é um mistério que de
desvela, e somente pode ser compreendido à luz de Deus que não nos deixa ao
largo do caminho...
As
tentações são bem localizadas na cena do Evangelho: o prazer, o ter e o poder:
a) “Se és
filho de Deus, manda que estas pedras se mudem em pão”. É a tentação de buscar
ser saciado a todo custo. Hoje temos um cardápio de possibilidades para nos
saciar: restaurantes, lazeres, compras, programas televisivos. Podem facilmente
nos colocar na condição da futilidade, de uma vida sem projeto, inundada no
prazer momentâneo das coisas que nos ocupam o tempo, enquanto não estamos
trabalhando. É importante ter o necessário, o pão de cada dia, mas não o
excesso dos prazeres. O pior é pensar que os prazeres são essenciais para que a
vida possa seguir o seu curso. O extremo é deixar de lado o que nos preenche
verdadeiramente: o pão da Palavra e o Pão da Eucaristia. Nada pode ocupar o
lugar de Deus em nossa vida: “Não só de pão vive o homem”.
b) “Eu te
darei todo este poder e toda a sua glória...” O diabo é o doador dos bens, mas
pede adoração. É fácil nos curvarmos diante dos bens deste mundo, pois estamos
na sociedade do consumo. A cada instante, os comerciais nos dizem que adquirir
determinado produto vai nos fazer mais felizes. Mas a felicidade jamais está no
possuir. O apego aos bens deste mundo são ilusões, fazem-nos desviar do sentido
verdadeiro da existência, fazem-nos não confiar em Deus - o verdadeiro tesouro.
Precisamos viver com liberdade diante dos bens, partilhando e despojando-nos do
que atrapalha.
c) “Se és
filho de Deus, atira-te daqui para baixo”. É a tentação de se usar o poder para
o exibicionismo, em benefício próprio... Também queremos o prestígio, o
reconhecimento, a fama... O poder é mais destrutivo do que o próprio dinheiro e
acúmulo de bens. Somos tentados a fazer mal uso do poder para nos contentar em
nosso desejo de ter autoridade. Queremos, também, ter o controle mágico sobre a
vida, o controle total sobre o presente e o futuro. Mas a vida segue com suas
surpresas. A confiança em Deus faz-nos encontrar nas surpresas, o Espírito.
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