Sex, 27
de Setembro de 2013 13:24 / Atualizado - Sex, 27 de Setembro de 2013 13:37 por:
cnbb
O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a
Juventude da CNBB, dom Eduardo Pinheiro da Silva, enviou carta aos padres e
responsáveis pela evangelização da juventude no Brasil. No texto, o bispo
deseja que o Dia Nacional da Juventude (DNJ), a ser celebrado no final deste
mês missionário, atinja o maior número possível de adolescentes e jovens.
Confira o texto na íntegra:
Caros párocos e demais responsáveis pela
evangelização da juventude no Brasil.
“Educá-los na missão, a sair, a pôr-se em marcha, a
estar sempre nas ruas pela fé. Assim fez Jesus com seus discípulos: não os
manteve apegados a Ele como a galinha aos pintinhos; os enviou. [...]
Empurremos os jovens para que saiam.”
(Francisco, 27/07/2013)
(Francisco, 27/07/2013)
Chegou, mais uma vez, o “Mês Missionário”. Já é
tradição dedicarmos este mês à reflexão sobre esta
dimensão que faz parte de
nossa vida cristã. Nenhum cristão pode abrir mão de ser missionário, uma vez
que esta realidade é intrínseca ao Batismo. Podemos atuar missionariamente de
maneiras diferentes, mas todos acolhem o mesmo mandato de Jesus Cristo: “Ide e
fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19).
Há tempo estou percebendo – e me alegrando! – que
os conceitos “missão” e “missionário” vêm sendo acolhidos normalmente pelas
novas gerações. “Ser missionário” ou “fazer missão” ou algo deste gênero, já
não remete mais à ideia exclusiva dos louváveis missionários e missionárias,
quase sempre sacerdotes e consagrados, que se deslocavam de terras estrangeiras
para conviver e servir à evangelização em nosso país, principalmente nos
lugares mais desafiadores. Hoje, com muita naturalidade, os jovens estão se
apropriando destes termos e buscando formas novas de fazerem valer esta sua
vocação batismal. Isto é maravilhoso! Saibamos valorizar esta realidade para
que eles possam, ali onde vivem, testemunhar mais fortemente ao mundo a gratuidade
do serviço em prol dos mais desfavorecidos, sofredores e esquecidos de nossa
realidade.
Na JMJ Rio 2013 nossos jovens foram, de maneira
intensa e celebrativa, provocados a entenderem e vivenciarem este chamado.
Certamente voltaram para suas casas, comunidades, grupos, paróquias, escolas,
animados em fazer valer o que o Papa Francisco soube tão bem motivar. E agora
nos vem uma dúvida: o que eles estão encontrando em nossos ambientes? Não basta
Jesus Cristo enviar estes seus jovens discípulos, nem o Papa motivá-los à
missão se eles não forem colocados em situação de desenvolvimento deste
mandato. Há muita energia de amor e serviço concentrada no coração e nos sonhos
dos jovens, aguardando ocasiões propícias para sua propagação. A fala do Papa
na Catedral do Rio foi muito direta aos adultos, evangelizadores e educadores
da juventude: cabe a nós a responsabilidade de educar os jovens para a missão,
empurrando-os às ruas para que sejam protagonistas de uma nova história, a
partir da fé em Jesus Cristo e de sua vivência eclesial.
Como obedecer ao Sucessor de Pedro, concretizando
isto que ele nos pede? Estamos no fim do “Ano da Juventude” e do “Ano da
Fé”. Esta bonita coincidência é, para nós brasileiros, provocação de Deus a um
trabalho mais consistente e criativo para que os jovens, convictos e formados à
luz da fé, se tornem profetas proativos na realidade sociocultural em que se
encontram. Assim, não percamos o precioso momento das nossas Assembleias e
Reuniões de avaliação e planejamento que acontecem normalmente agora, por
exemplo, em nossas Paróquias, Dioceses, Regionais, Pastorais, Congregações
Religiosas, Movimentos para operacionalizarmos algumas das propostas
contempladas no Texto-base da Campanha da Fraternidade 2013 e, principalmente,
nas 8 Linhas de Ação do Documento 85, “Evangelização da Juventude – Desafios e
Perspectivas Pastorais”. Ali encontramos uma riqueza imensa de reflexões e
sugestões que, acrescida a este contexto juvenil pelo qual estamos passando,
proporcionarão novos tempos aos nossos jovens, às nossas comunidades, à
sociedade.
As celebrações litúrgicas deste mês, embelezadas pela comemoração de grandes apóstolos, evangelistas, santos e santas se tornam, também, ocasião propícia para apresentar aos jovens, de maneira criativa, estes testemunhos missionários. Santa Terezinha do Menino Jesus – Padroeira das Missões – aumente em nós a consciência missionária de nossa vida cristã! São Francisco de Assis – Protetor dos Desamparados – nos ajude a crescer na sensibilidade e nos gestos concretos de amor junto aos mais abandonados de nossos ambientes!
As celebrações litúrgicas deste mês, embelezadas pela comemoração de grandes apóstolos, evangelistas, santos e santas se tornam, também, ocasião propícia para apresentar aos jovens, de maneira criativa, estes testemunhos missionários. Santa Terezinha do Menino Jesus – Padroeira das Missões – aumente em nós a consciência missionária de nossa vida cristã! São Francisco de Assis – Protetor dos Desamparados – nos ajude a crescer na sensibilidade e nos gestos concretos de amor junto aos mais abandonados de nossos ambientes!
Nossa Senhora Aparecida – Mãe amada do Brasil –
interceda pela nossa conversão pastoral a favor da cultura da acolhida às
juventudes que estão ao nosso redor! Que o DNJ (Dia Nacional da Juventude)
a ser celebrado no final deste mês missionário atinja o maior número possível
de adolescentes e jovens que estão sob sua responsabilidade, para que neles
sejam fortalecidos os nobres sonhos de Deus de vida plena para todo seu povo.
Com
estima e orações,
Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB
Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB
Nenhum comentário:
Postar um comentário