Qua, 04
de Setembro de 2013 15:15 / Atualizado - Qua, 04 de Setembro de 2013 15:22 por:
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Dom Fernando Arêas Rifan - Bispo da Administração
Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
Por ocasião da oração do “Angelus” deste domingo,
dia 1º de setembro, o Papa Francisco fez um urgente apelo pela paz no Oriente
Médio: “Hoje, queridos irmãos e irmãs, queria fazer-me intérprete do grito que
se eleva, com crescente angústia, em todos os cantos da terra, em todos os
povos, em cada coração, na única grande família que é a humanidade: o grito da
paz! É um grito que diz com força: queremos um mundo de paz, queremos ser
homens e mulheres de paz, queremos que nesta nossa sociedade, dilacerada por
divisões e conflitos, possa irromper a paz! Nunca mais a guerra! Nunca mais a
guerra! A paz é um dom demasiado precioso, que deve ser promovido e tutelado”.
O apelo angustioso do Papa refere-se sobretudo à
situação da Síria e à perspectiva de sua invasão: “Vivo com particular
sofrimento e com preocupação
as várias situações de conflito que existem na
nossa terra; mas, nestes dias, o meu coração ficou profundamente ferido por
aquilo que está acontecendo na Síria, e fica angustiado pelos desenvolvimentos
dramáticos que se preanunciam. Dirijo um forte Apelo pela paz! Quanto
sofrimento, quanta destruição, quanta dor causou e está causando o uso das
armas naquele país atormentado, especialmente entre a população civil e
indefesa! Pensemos em quantas crianças não poderão ver a luz do futuro! Condeno
com uma firmeza particular o uso das armas químicas! Ainda tenho gravadas na
mente e no coração as imagens terríveis dos dias passados! Existe um juízo de
Deus e também um juízo da história sobre as nossas ações aos quais não se pode
escapar! O uso da violência nunca conduz à paz. Guerra chama mais guerra,
violência chama mais violência”.“Com todas as minhas forças, peço às partes envolvidas no conflito que escutem a voz da sua consciência, que não se fechem nos próprios interesses, mas que olhem para o outro como um irmão e que assumam com coragem e decisão o caminho do encontro e da negociação, superando o confronto cego. Com a mesma força, exorto também a Comunidade Internacional a fazer todo o esforço para promover, sem mais demora, iniciativas claras a favor da paz naquela nação, baseadas no diálogo e na negociação, para o bem de toda a população síria”.
“Possa uma corrente de compromisso pela paz unir
todos os homens e mulheres de boa vontade! Trata-se de um forte e premente
convite que dirijo a toda a Igreja Católica, mas que estendo a todos os
cristãos de outras confissões, aos homens e mulheres de todas as religiões e
também àqueles irmãos e irmãs que não creem: a paz é um bem que supera qualquer
barreira, porque é um bem de toda a humanidade”.
“Por isso, irmãos e irmãs, decidi convocar para
toda a Igreja, no próximo dia 7 de setembro, véspera da Natividade de Maria,
Rainha da Paz, um dia de jejum e de oração pela paz na Síria, no Oriente Médio,
e no mundo inteiro, e convido também a unir-se a esta iniciativa, no modo que
considerem mais oportuno, os irmãos cristãos não católicos, aqueles que
pertencem a outras religiões e os homens de boa vontade”.
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