A Natividade de São João Batista é celebrada no dia 24 de junho, quando no Brasil inteiro as comunidades se reúnem para celebrar as tradicionais festas dedicadas ao precursor de Jesus. Ao lado de Santo Antônio e São Pedro nas comemorações deste mês, São João Batista “transmite para os cristãos da atualidade a coragem profética de denunciar a imoralidade e a injustiça dentro de um processo espiritual dinâmico de conversão contínua”, conforme analisa o arquieparca da metropolia católica Ucraniana São João Batista, dom Volodemer Koubetch.
As palavras do último dos profetas antes do Messias no evangelho de Mateus “Arrependei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo” (Mt 3,2) conduzem este processo de conversão, “cuja força ritual e simbólica estava no batismo, significando purificação, renovação e engajamento com as coisas de Deus”, explica dom Volodemer. “São os valores do Reino, em cujo centro se encontra o Cristo vivo, que precisam ser cultivados para a criação de um novo mundo, de uma nova sociedade e de um novo planeta”, acrescenta.
Algumas dimensões de João Batista também se apresentam para a atualidade: o dinamismo da “saída” evangelizadora, a vida modesta e austera, além do profetismo corajoso e coerente. Recordando o chamado do papa Francisco, dom Volodemer comenta a atitude do precursor que sai às periferias e abre caminhos para a chegada de Jesus: “Isso implica na ação pastoral de estar à frente de Jesus, levando-o e apresentando-o aos excluídos e esquecidos desta terra, mas também de estar à frente dos excluídos, trazendo-os para o Reino, para a esfera da comunidade eclesial, para o bem, para a vida digna também do ponto de vista humano e social”.
Também aplicam-se na realidade atual a vida modesta e austera do Batista, a qual “inspira uma vida cristã mais coerente com o ensinamento do Evangelho, na humildade e simplicidade, no amor e na solidariedade, evitando individualismo, o egoísmo e o hedonismo consumista. São João ensina a ‘remar contra a corrente’ dos modismos sociais”.
O profetismo corajoso e coerente do padroeiro dos fiéis do Rito Ucraniano no Brasil também lança luz aos profetas atuais “para que denunciem com veemência a corrupção dos governantes e da sociedade em geral, que gera tantas mazelas sociais”.
Devoção a São João Batista
As devoções ao santo junino na realidade dos fiéis de rito ucraniano estão situadas no decorrer do ano litúrgico. “Em 24 de junho, os cristãos do Oriente e do Ocidente celebram o Nascimento de São João Batista. Também coincide, nas duas tradições, a data em que se celebra o seu martírio em 29 de agosto. No Oriente bizantino, porém, as comemorações do grande profeta e precursor são, sem dúvida, mais numerosas”, explica dom Volodemer indicando que, com relação ao nascimento, os calendários bizantinos assinalam, no dia 23 de setembro, a data da concepção do “glorioso profeta, precursor e batizador João”. Em 7 de janeiro, ele é comemorado como o batizador do Cristo. “São celebrados três reencontros de sua preciosa cabeça: 24 de fevereiro (1º e 2º) e 25 de maio. Ele é comemorado todas as terças-feiras do ano. Os textos litúrgicos são pródigos em atributos dirigidos ao santo”, pontua.
As devoções ao santo junino na realidade dos fiéis de rito ucraniano estão situadas no decorrer do ano litúrgico. “Em 24 de junho, os cristãos do Oriente e do Ocidente celebram o Nascimento de São João Batista. Também coincide, nas duas tradições, a data em que se celebra o seu martírio em 29 de agosto. No Oriente bizantino, porém, as comemorações do grande profeta e precursor são, sem dúvida, mais numerosas”, explica dom Volodemer indicando que, com relação ao nascimento, os calendários bizantinos assinalam, no dia 23 de setembro, a data da concepção do “glorioso profeta, precursor e batizador João”. Em 7 de janeiro, ele é comemorado como o batizador do Cristo. “São celebrados três reencontros de sua preciosa cabeça: 24 de fevereiro (1º e 2º) e 25 de maio. Ele é comemorado todas as terças-feiras do ano. Os textos litúrgicos são pródigos em atributos dirigidos ao santo”, pontua.
Na tradição popular, acontece a festa pagã de Ivan Kupalo, resgatada atualmente no Brasil principalmente pelo Grupo Folclórico Spomen de Mallet (PR). “Trata-se de uma festa pagã, que foi cristianizada e relacionada a São João Batista, combinando o festival do deus pagão Kupalo com o banquete da Natividade de São João Batista, celebrada em 6 de julho pelo Calendário Juliano”, resume o arquieparca. Neste festival, durante o dia, os rapazes e as moças, esmeravam-se em confeccionar os bonecos de Marena e Kupalo: símbolos do amor entre o homem e a mulher (a água e o fogo). Na noite de “Ivan Kupalo”, quando ocorre o solstício de verão no hemisfério norte, os jovens se reuniam fora da aldeia, próximo de um riacho ou de uma lagoa, onde faziam fogueiras e traziam então para perto do fogo os bonecos e o ícone de São João Batista, os quais permaneciam ali durante toda a noite. Os participantes da festa pulavam a fogueira, tocavam e cantavam canções, num momento de dança e diversão.
Iniciativas pastorais
A Metropolia é uma parte da Igreja Católica Ucraniana de Rito Bizantino Ucraniano, ligada à Santa Sé. Segue as determinações do papa. Está vinculada canonicamente ao arcebispado maior, com sede em Kiev, na Ucrânia. Também está vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Dom Voledemer conta que o projeto pastoral da Igreja Católica Ucraniana conta com o processo de renovação paroquial chamado “Paróquia viva: lugar de encontro com Cristo vivo”, em sintonia com o Documento 100 da CNBB “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”. “A arquieparquia – Metropolia Católica Ucraniana São João Batista se esforça em superar o modelo da ‘pastoral de conservação’, de sacristia, essencialmente sacramentalista. Diante da atual realidade desafiadora e de crise vocacional, principalmente nas congregações religiosas, a Metropolia focaliza o fortalecimento do laicato e busca os melhores meios para uma adequada formação de líderes leigos”, sublinha o arcebispo. Há ainda o empenho especial na implantação efetiva da Pastoral Familiar, “visando melhorar a evangelização e catequese dos adultos”, e o início do trabalho de renovação da Pastoral Catequética, “melhorando a formação das catequistas e dando à própria catequese um caráter mais catecumenal, mistagógico”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário