FONTE: CNBB (SEXTA, 06 MARÇO 2015 12:19)
Mais
de cem especialistas em liturgia de diversos países da América Latina estiveram
reunidos do dia 23 ao dia 27 de fevereiro em Puebla, México, para o 1º
Congresso Latino-Americano de Liturgistas. O evento foi organizado pelo
Departamento de Missão e Espiritualidade do Conselho Episcopal Latino-Americano
(CELAM), com o objetivo de suscitar a reflexão em torno da evangelização das
culturas e da arte litúrgica.
Participaram
do Congresso bispos, presbíteros, religiosos e leigos que atuam na formação
litúrgica nos seminários e casas de formação, vindos da Argentina, Bolívia,
Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Porto Rico,
República Dominicana, Uruguai, Venezuela e México, além de países não
latino-americanos, como Estados Unidos e Itália.
O encontro, que ocorreu nas instalações
do Seminário Palafoxiano, teve o tema central baseado no Documento Conclusivo
da V Conferência do Episcopado Latino-americano, realizada em Aparecida (SP).
Além das conferências, também foram realizados cursos sobre canto e música
litúrgica, a oração Eucarística, o espaço litúrgico, e os gestos, símbolos e
sinais, entre outros.
As jornadas de trabalho, que iniciaram
oficialmente no dia 24 de fevereiro, foram antecedidas por uma peregrinação à
Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, no dia 23 de fevereiro, e foram
inauguradas por dom Víctor Sánchez Espinoza, arcebispo de Puebla e presidente
do Departamento de Missão e Espiritualidade do Celam. Após apresentar o
objetivo do Congresso, dom Victor desenvolveu um tema introdutório em torno do
trabalho que realizou a Igreja em matéria de enculturação.
Entre as conferências, dom Felipe
Arizmendi Esquivel, bispo de San Cristóbal das Cassas, Chiapas (México),
aprofundou sobre os fundamentos teológicos da enculturação. Em sua intervenção,
o prelado disse que "a Igreja deve enculturar-se nos povos e nas
culturas", visto que "não seríamos Igreja de Jesus, sem esta atitude
permanente de assumir as culturas onde está plantada a Igreja, para levá-las a
sua plenitude em Jesus Cristo". Neste sentido, acrescentou que "toda
a vida da Igreja deve procurar chegar a ser cultura de um povo, sobretudo nas
celebrações litúrgicas, cume e fonte da vida cristã".
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