Prof. Gildo Júnior
Durante o feriado do Carnaval, representantes das paróquias da nossa
Diocese estiveram reunidos no Centro Pastoral Monte Carmelo, a fim de refletir
sobre a Pastoral da Comunicação, atentos ao forte apelo do nosso bispo, que
almeja a sua consolidação nesta Igreja Particular. Comunicar e evangelizar são
palavras integradas, que constituem a totalidade daquilo que foi iniciado por
Jesus, o comunicador da Redenção.
Com a presença da Irmã Élide Fogolari e do Padre Clóvis, assessores da
CNBB, o II SEDICOM teve um tom mais maduro, se comparado ao primeiro, que
também deixou suas marcas positivas entre nós. A reflexão com conhecimento de
causa, sem meias palavras, desses dois missionários da comunicação, nos
permitiu compreender, à luz do Diretório Nacional, o ato de comunicar como ação
irrenunciável da Igreja, mesmo diante de uma realidade tão desafiadora e
complexa como a nossa. Cada época tem os seus desafios próprios – assumamos,
pois, os nossos!
O Diretório Nacional de Comunicação, aprovado ano passado, é um
documento de grande relevância para aqueles que desejam “avançar para águas
mais profundas”, no que se refere à Pascom. A abordagem de temas como a
comunicação na catequese e na liturgia, as mídias, incluindo as digitais, as
políticas para a comunicação no Brasil e a constituição da Pastoral da
Comunicação na Diocese, deram o tom desse momento motivador para os agentes que
renunciaram as festas do Carnaval para abraçar a festa da comunicação.
O que pudemos aprender com o encontro? Retornando para as nossas casas,
levamos, junto com a bagagem habitual, a vontade de tornar a presença da Igreja
mais efetiva nas redes sociais, nas mídias digitais, favorecendo o conhecimento
das ações que ocorrem semanalmente em nossas paróquias e comunidades eclesiais.
Vimos que é preciso o apoio dos padres, em suas paróquias, escolhendo
lideranças que, de fato, vejam a comunicação como parte da essência
evangelizadora. Notamos a necessidade de preparar bem nossos catequistas e
nossas equipes de liturgia para uma comunicação que fomente um encontro com o
Senhor, que alie inovação, sem perder o que é próprio de cada ato celebrativo.
Desejamos que a Pastoral da Comunicação seja a identidade da nossa Diocese, manifestando
unidade na diversidade, não com a pretensão de ser o carro-chefe, mas com a
vontade de servir ao Senhor da Messe, em prol do Evangelho, que sustenta o
discipulado e anima para a missão.
É preciso que nossos grupos, movimentos, pastorais e comunidades sejam
mais acolhedores. Acolher bem também é evangelizar! Os gestos de acolhida, de
afeto e de esperança são a melhor comunicação que podemos oferecer, como
comunidade dos fiéis, nascida no dia de Pentecostes. O papa Francisco nos
orienta que “comunicação pela metade faz mal”. Portanto, ao revisarmos a nossa
atuação pastoral, desenvolvamos a “cultura do encontro”, da aproximação, do
olho no olho, que nos faz “sentir o cheiro das ovelhas”, sedentas pela Palavra
da vida, que é o próprio Jesus.
Na conclusão do II SEDICOM, o padre Augusto Santana foi escolhido para
ser o coordenador da Pastoral da Comunicação Diocesana. Sabemos, pelo ditado
antigo, que “uma andorinha só não faz verão”. Estejamos todos unidos a ele,
debatendo ideias, propondo iniciativas e realizando o que foi apresentado pelos
grupos, em nosso último dia de encontro. Não nos excluamos dessa
responsabilidade. Ela deve ser compartilhada, assumida e celebrada em cada
experiência pastoral que busca atingir plenamente os seus objetivos.
Fica, mais uma vez, o propósito de formar missionários que saibam
anunciar “sobre os telhados” e testemunhar, com a vida, o que deseja nosso
Divino Salvador. Comunicar é uma opção missionária que devemos abraçar. Diante
do “mar revolto” e dos “ventos contrários”, não percamos a esperança, pois Ele
está no meio de nós!
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