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Publicado
em 12 de agosto de 2014
“É no seio da família que os pais são para os
filhos, pela palavra e pelo exemplo… os primeiros mestres da fé”. LG, 11
Deus nos criou para viver em família. Ele mesmo é
uma Família, Três Pessoas distintas em uma única natureza, e quis que de certa
forma isso se reproduzisse na Terra, em cada lar. Quando o Catecismo fala da
família, começa dizendo que:
“A família cristã é uma comunhão de pessoas,
vestígio e imagem da comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Sua
atividade procriadora e educadora é o reflexo da obra criadora do Pai”. CIC, §
2205
Deus quis a família como a base da humanidade; por
isso, se a família se destruir, se desviando do caminho de Deus, como tem
feito, a sociedade sofrerá muito; como já tem sofrido. Por que tantas crianças
e jovens estão sofrendo, muitos criados longe dos pais, carentes do seu amor?
Por que muitos estão no mundo da violência, das drogas, nas cadeias? Certamente
por falta de uma boa família.
Então, para o cristão, filho ou pai, fazer a
vontade de Deus é cuidar da família como algo sagrado, instituído por Deus para
nela sermos felizes. O Papa João Paulo II disse que a família é o “Santuário da
vida”; isto é, o lugar sagrado onde a vida acontece: é gerada por amor, criada
por amor, defendida com amor; protegida dos males do mundo, etc. Numa
verdadeira família segundo o coração de Deus, não há lugar para as loucuras do
aborto, eutanásia, brigas, divórcios, etc.
São Paulo diz algo muito sério: “Quem se descuida
dos seus, e principalmente dos de sua própria família, é um renegado, pior que
um infiel” (1Tm 5,8).
É vontade de Deus que cada um de nós defenda os
valores sagrados da família. O Papa João Paulo II disse na “Carta às Famílias”,
que os inimigos de Deus não podendo destrui-Lo, então, tentam destruir sua obra
mais importante, a família.
Os que atentam contra os valores sagrados da
família: indissolubilidade do matrimônio, fidelidade conjugal,
fertilidade, etc., atentam contra Deus. Os que pregam a
defesa dos casamentos de pessoas do mesmo sexo, dos úteros de aluguel, das
experiências com embriões, da concepção “in-vitro” (bebê de proveta), da
limitação da natalidade por quaisquer meios, estão contra a vontade de Deus.
Vivendo na família de Nazaré, Jesus nos ensinou a
importância da submissão e obediência dos filhos aos pais. Ele, mesmo sendo
Deus, se fez obediente àqueles que Ele mesmo criou e escolheu para seus pais. Cumpriu
em tudo o quarto mandamento que manda “honrar” os pais. Mais do que ninguém
obedeceu à Palavra de Deus que diz:
Foi no seio da família que o Menino Jesus foi
preparado para a grande missão de Salvador dos homens. A família é a grande
escola da vida, é o educandário do amor, da fé, da justiça, da paz e da
santidade.
O filho que foi amado e querido por seus pais, até
o fim da sua adolescência, jamais será desequilibrado, carente, ou perigoso
para a sociedade.
O Catecismo diz que a família “é a sociedade
natural onde o homem e a mulher são chamados ao dom de si no amor e no dom da
vida. A família é a comunidade na qual, desde a infância, se podem assimilar os
valores morais, em que se pode começar a honrar a Deus e a usar corretamente a
liberdade. A vida em família é iniciação para a vida em sociedade” CIC,
§2207.
“É no seio da família que os pais são para os
filhos, pela palavra e pelo exemplo… os primeiros mestres da fé”, ensina a
Igreja (LG, 11).
Para os pais, a vida conjugal é uma oportunidade
riquíssima de santificação, na medida em que, a todo instante, precisam lutar
contra o próprio egoísmo, soberba, orgulho, desejo de dominação, etc., para se
tornar, com o outro, aquilo que é o sentido do matrimônio: “uma só carne”, uma
só vida, sem divisões, mentiras, fingimentos, tapeações, birras, azedumes,
mau-humor, reclamações, lamúrias, etc.
A luta diária e constante para ser “exemplo para os
filhos”, para manter a fidelidade ao outro, para “vencer-se a si mesmo”, a fim
de se construir um lar maduro e santo, faz com que caminhemos para a na nossa
santificação.
Além do mais, o conhecimento profundo do “mistério
do outro”, a luta para aceitá-lo e entendê-lo, para ajudá-lo a crescer, a
paciência, o perdão dado, as renúncias de cada dia, a atenção com o outro
para vencer a frieza e a monotonia, o cuidado do lar, da roupa, da comida, do
estudo dos filhos, etc., tudo isso é fazer a vontade de Deus e leva à
santidade. Deus assim fez do casamento uma grande escola de santidade. A casa
deve ser para o casal e os filhos o que o mosteiro é para o monge.
Prof. Felipe Aquino
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Prof. Felipe Aquino
assessoria@cleofas.com.br
O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia
Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da
FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História
da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção
Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa
Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos.
Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e
Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos
finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no
exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas,
Loyola e Canção Nova.
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