CNBB: Terça, 12 Agosto 2014 18:06
Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney (RJ)
Teve início com o dia dos
pais, a Semana Nacional da Família, de 10 a 16 de agosto. O tema deste ano é “A
espiritualidade cristã na família: um casamento que dá certo”. “São gestos de
espiritualidade que podem fazer a grande diferença na convivência dos esposos,
no crescimento dos filhos na fé, na renovação da alegria pelo amor que se renova
no dia a dia pelo dom da graça de Deus”, explica Dom João Carlos Petrini, Bispo
de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da
CNBB.
A
Igreja sempre deu enorme importância à família, tratando-a como “Igreja
doméstica e santuário da vida”, porque ambas nos transmitem a Fé: “tal como uma
mãe ensina os seus filhos a falar e, dessa forma, a compreender e a comunicar,
a Igreja, nossa Mãe, ensina-nos a linguagem da fé, para nos introduzir na
inteligência e na vida da fé” (C.I.C. n.171).
“A
família é a base da sociedade e o lugar onde as pessoas aprendem pela primeira
vez os valores que os guiarão durante toda a vida”, dizia São João Paulo II. O
Papa Bento XVI, no Encontro Mundial das Famílias, em Valência, Espanha, afirmou
que “esta é uma instituição insubstituível segundo os planos de Deus e cujo
valor fundamental a Igreja não pode deixar de anunciar e promover, para que
seja vivido sempre com sentido de responsabilidade e alegria”.
Naquele
memorável encontro mundial das famílias, refletiu-se no tema “a transmissão da
Fé na família”. “Nenhum homem se deu o ser a si mesmo nem adquiriu sozinho os
conhecimentos elementares da vida. Todos recebemos de outros a vida e as
verdades básicas para ela, e estamos chamados a alcançar a perfeição em relação
e comunhão amorosa com os demais. A família, fundada no matrimônio indissolúvel
entre um homem e uma mulher, expressa esta dimensão relacional, filial e
comunitária, e é o âmbito no qual o homem pode nascer com dignidade, crescer e
desenvolver-se de maneira integral”. E o Papa emérito corroborava seu
ensinamento com os exemplos bíblicos de Ester e de São Paulo: “Ester confessa:
‘No seio da família, ouvi desde criança, Senhor, escolheste Israel entre todos
os povos’ (4, 16). Paulo segue a tradição dos seus antepassados judeus
prestando culto a Deus com consciência pura. Louva a fé sincera de Timóteo e
recorda-lhe: ‘a tua fé, que se encontrava já na tua avó, Loide, e na tua mãe
Eunice e que, estou seguro, se encontre também em ti’ (2 Tm 1, 5). Nestes
testemunhos bíblicos a família compreende não só pais e filhos, mas também avós
e antepassados. Assim, a família se nos apresenta como uma comunidade de
gerações e garantia de um patrimônio de tradições”.
E
o Papa Francisco nos recorda o quanto “é importante que os pais cultivem as
práticas comuns de fé na família, que acompanhem o amadurecimento da fé os
filhos” (Carta Enc. Lumem Fidei, 53). E nos ensinou a rezar assim: “Sagrada
Família de Nazaré, tornai também as nossas famílias lugares de comunhão e
cenáculos de oração, escolas autênticas do Evangelho e pequenas Igrejas
domésticas”.
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