Ter, 06
de Agosto de 2013 14:23 por: CNBB / Rádio Vaticano
Todos os batizados são chamados a
anunciar o Evangelho com coragem em toda realidade. É o que escreve o Papa
Francisco em sua Mensagem para o Dias Mundial das Missões, que será celebrado
em 20 de outubro próximo.
No documento publicado, nesta terça-feira, 06 de
agosto, e que traz a data de 19 de maio passado, Solenidade de Pentecostes, o
Pontífice ressalta que "evangelizar jamais é um ato isolado", mas
"sempre eclesial" e reitera que uma comunidade é realmente adulta se
consegue sair de seu recinto para levar a esperança de Jesus também às
periferias.
"A fé é dom precioso de Deus"
, "um
dom que não se pode guardar para si, mas deve ser partilhado". O Papa
Francisco parte dessa consideração para desenvolver a sua primeira Mensagem
para o Dia Mundial das Missões.
"Toda comunidade é 'adulta' quando professa a
fé, a celebra com alegria na liturgia, vive a caridade e anuncia sem cessar a
Palavra de Deus, saindo de seu recinto para levá-la também às
'periferias'" – escreve.
Em seguida, o Santo Padre ressalta que a dúplice
ocasião do Ano da Fé e do 50º aniversário do início do Concílio Vaticano II
devem impelir a Igreja "uma renovada consciência da sua presença no mundo
de hoje, da sua missão entre os povos e as nações".
E observa que a "missionariedade não é somente
uma questão de territórios geográficos", vez que "os confins da fé
não atravessam somente lugares e tradições humanas, mas o coração de cada homem
e de cada mulher".
Portanto, cada comunidade é interpelada a anunciar
Jesus até os extremos confins da terra como "um aspecto essencial" da
vida cristã. Todos "somos enviados pelas estradas do mundo para caminhar
com os irmãos, professando e testemunhando a nossa fé em Cristo", reitera.
Em seguida, Francisco convida os bispos a darem
relevo especial à "dimensão missionária nos programas pastorais e
formativos", evidenciando que "a missionariedade não é somente uma
dimensão programática na vida cristã, mas também paradigmática que concerne a
todos os aspectos da vida cristã".
Ademais, observa o Papa, "muitas vezes a obra
de evangelização encontra obstáculos não apenas externamente, mas dentro da
própria comunidade eclesial". Por vezes, afirma, são tênues o fervor, a
alegria, a coragem no anunciar" Jesus a todos e "no ajudar os homens
do nosso tempo a encontrá-lo".
E escreve, "por vezes ainda se pensa que levar
a verdade do Evangelho é fazer violência à liberdade", quando, ao invés,
levar a verdade evangélica "é uma homenagem a essa liberdade",
ressalta o Papa fazendo recordar Paulo VI.
Muitas vezes, "vemos que são a violência, a
mentira e o erro a serem ressaltados", então é "urgente fazer
resplendecer em nosso tempo a vida boa do Evangelho com o anúncio e o
testemunho, e isso deve ser feito dentro da própria Igreja", adverte o
Santo Padre.
Francisco reitera que "é importante não
esquecer um princípio fundamental para todo evangelizador: não se pode anunciar
Cristo sem a Igreja. Evangelizar jamais é um ato isolado, individual, privado,
mas sempre eclesial".
O Papa detém-se sobre os muitos desafios da
evangelização e encoraja todos a levar ao homem do nosso tempo "a luz
segura que ilumina o seu caminho e que somente o encontro com Cristo pode
dar".
A "missionariedade da Igreja não é
proselitismo, mas testemunho de vida que ilumina o caminho, que leva esperança
e amor", reafirma, e recorda que "é justamente o Espírito Santo que
guia a Igreja neste caminho".
Na parte conclusiva da Mensagem o Pontífice recorda
aqueles que se fazem portadores da Boa Nova, dos missionários aos presbíteros
fidei donum, aos fiéis leigos que "deixam a própria pátria para servir ao
Evangelho em terras e culturas diferentes".
"Doar missionários e missionárias jamais é uma
perda, mas um ganho", constata, e encoraja os bispos e as famílias
religiosas "a ajudarem as Igrejas que necessitam" de sacerdotes,
religiosos e leigos para "reforçar a comunidade cristã".
É importante que "as Igrejas mais ricas de
vocações ajudem com generosidade as que sofrem escassez de vocações",
lê-se no documento. Por outro lado, ressalta a importância das "jovens
Igrejas" que podem promover um novo entusiasmo nas Igrejas de antiga
tradição cristã.
Por fim, o Papa Francisco dirige um pensamento aos
cristãos perseguidos em várias partes do mundo, observando que hoje existem
mais mártires do que nos primeiros séculos. O Pontífice assegura a sua
proximidade com a oração e lhes repete as palavras consoladoras de Jesus:
"Coragem, eu venci o mundo".
Confira a íntegra do texto, clicando aqui.
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