Qui, 15
de Agosto de 2013 10:31 / Atualizado - Qui, 15 de Agosto de 2013 11:27 por:
cnbb
Unir esforços para uma possível reforma política
tem sido a meta proposta pela Comissão da Reforma Política da CNBB. Uma reunião
realizada na sede da Conferência, na quarta-feira (14), contou com a
participação de representantes de treze entidades, entre elas: OAB, Movimento
de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Plataforma dos Movimentos Sociais pela
reforma do sistema político, Frente Parlamentar pela Reforma Política com participação
Popular, CUT, Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), MST, CONTAG, Conselho
Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), Instituto Ethos, UNE,
Magistrados, Cáritas e Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP).
O secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner,
acolheu as entidades e destacou a importância desta união. “Sentimos a
necessidade de nos encontramos e buscamos um caminho comum para uma reforma
política. Essa reforma não virá do Congresso. Mas se a sociedade organizada se
manifestar e buscar conjuntamente uma preposição de reforma política, com
certeza o Governo será sensível”. O secretário lembrou que a CNBB vem
trabalhando há muito tempo a questão da reforma em diálogo com outras entidades
e convocou a todos: “Que possamos juntos buscar o bem do nosso querido Brasil”.
O presidente da Comissão
Episcopal Pastoral para a Cultura e a Educação da CNBB, dom Joaquim Mol, disse
que a Conferência acredita na possibilidade de construir uma unidade com os
elementos convergentes entre as entidades. De acordo com o bispo, não bastam
apenas debates, mas esforço conjunto pela reforma política. “Considerando a
reforma mais uma vez necessária e urgente, queremos acreditar que haja uma
possibilidade maior de acontecer neste momento em que estamos vivendo.
Precisamos apresentar nossas propostas ao Governo e exigir que elas sejam
contempladas. Há muitos brasileiros sedentos desta reforma política”, apontou
dom Joaquim.
O bispo relembrou as reações da juventude e
diversos segmentos da sociedade contra o processo de corrupção no Brasil. Para
dom Mol, a inclusão social é um dos caminhos para melhorar o exercício da
cidadania e a participação dos cidadãos na cobrança ao Governo. “Precisamos
considerar que diante do cenário não podemos ficar quietos e parados ou trabalhando
isoladamente. O esforço de cada entidade aqui representada é uma iniciativa de
unir ideias, inteligência, as forças e projetos para
fazer avançar as
transformações no país”, reforçou
.
Durante a reunião, cada entidade colaborou com
ideias e sugestões. Após os debates foram traçados cinco pontos de ação a
partir do consenso geral, são eles: (1) afastamento do poder econômico nas
eleições; (2) necessidade de reformular no sistema político, (3) regulamentação
do artigo 14 da Constituição sobre a participação popular; (4) melhorar a
representação da sociedade no campo político: indígena, mulheres etc; (5)
fidelidade partidária e sistema partidário. Para concretizar esses pontos
estratégicos pela reforma, os participantes escolheram uma coordenação,
formando um grupo das entidades: CNBB, CONIC, CUT, Plataforma dos Movimentos
Sociais pela reforma do sistema político e MCCE.
De acordo com o secretário executivo do Centro Nacional
de Fé e Política da CNBB (Cefep), padre José Ernanne Pinheiro, a reunião teve
bom êxito a partir da proposta inicial pela busca da unidade. “Todas as
entidades demonstram que querem trabalhar em conjunto. A coordenação escolhida
vai tentar a partir do respeito da autonomia das entidades, buscar estabelecer
um compromisso comum pela reforma política”, destacou o padre.
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