Qui, 15
de Agosto de 2013 16:32 / Atualizado - Qui, 15 de Agosto de 2013 16:37 por:
cnbb
Aprovado na 51ª Assembleia Geral
da CNBB, em abril deste ano, o texto de estudos sobre os povos quilombolas está
disponível ao público através das Edições CNBB. O número 105 da série verde da
Conferência tem como título “A Igreja e as comunidades quilombolas”.
O documento foi elaborado por um grupo de trabalho
criado pela Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça
e da Paz. “A finalidade deste texto é contribuir para a atuação da Igreja
frente a realidade das comunidades quilombolas. Valorizando e defendendo seus
direitos de vida, cultura, tradições, crenças e tudo aquilo que lhes são
próprios”, explicou o presidente da Comissão, dom Guilherme Werlang.
Na composição do texto, participaram bispos, padres
e antropólogos, que trabalharam por quase um ano neste projeto. “Analisamos a
situação do povo negro em nível nacional e pretendemos com o Documento
expressar toda a luta pela justiça das comunidades Quilombolas”, disse dom José
Valdeci, bispo da diocese de Brejo (MA).
De acordo com dom Guilherme, o Documento 105 está
dividido em três partes, pelo método VER-JULGAR-AGIR. Na primeira parte (VER)
aborda, entre outras coisas, um contexto histórico narrando a maneira como os
negros foram trazidos para o Brasil e escravizados, o modo como aconteciam as
torturas, a violência e injustiças, e também a maneira como teve início a
formação dos quilombos e as resistências em busca da liberdade.
A segunda parte (JULGAR) traz a inspiração
iluminação bíblica e dos Documentos da Igreja em relação a toda situação da
escravidão. A terceira e última parte (AGIR) composta pelos encaminhamentos,
exigências e direitos que devem ser efetivamente consagrados para os
Quilombolas e seus territórios, além dos novos rumos a serem tomados.
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