Informação e liberdade: o futuro das redes sociais
A
China é hoje o maior mercado de internet do mundo. Existem mais de 221
milhões de blogs, 181 milhões de blogueiros e 235 milhões de usuários de
redes sociais, segundo informações da Red Ant (organização inglesa
especializada em análise de internet e redes sociais). O cenário da
mídia social é complexo, vasto e sempre em mudança. Também,
progressivamente, as redes sociais estão se tornando parte crucial da
vida do povo chinês, sendo um dos poucos meios que saltam as barreiras
impostas pela censura do governo à informação.
Atualmente
, existem milhões de cadastrados nas diversas redes sociais chinesas. O Sina Weibo é o maior microblogging do país. Seus usuários são executivos entre 20 e 30 anos de idade e 48% dos usuários acessam o microblog em seus telefones celulares, segundo dados da Fundação Centro Unitário para a Cooperação Missionária na China (Fondazione Cum). O Weibo.com – que é uma cópia do Twitter – tem mais de 200 milhões de inscritos, mais do que toda a população brasileira. O governo chinês nomeou 700 censores para administrar o microblog. Como o alfabeto chinês é baseado em ideogramas, e cada ideograma tem um ou vários significados, a quantidade de informações em 140 caracteres é muito superior ao do alfabeto latino, na qual um conjunto de letras define um significado apenas, fazendo assim com que os chineses consigam transpor a barreira da censura no país com um elevado fluxo de informações.
, existem milhões de cadastrados nas diversas redes sociais chinesas. O Sina Weibo é o maior microblogging do país. Seus usuários são executivos entre 20 e 30 anos de idade e 48% dos usuários acessam o microblog em seus telefones celulares, segundo dados da Fundação Centro Unitário para a Cooperação Missionária na China (Fondazione Cum). O Weibo.com – que é uma cópia do Twitter – tem mais de 200 milhões de inscritos, mais do que toda a população brasileira. O governo chinês nomeou 700 censores para administrar o microblog. Como o alfabeto chinês é baseado em ideogramas, e cada ideograma tem um ou vários significados, a quantidade de informações em 140 caracteres é muito superior ao do alfabeto latino, na qual um conjunto de letras define um significado apenas, fazendo assim com que os chineses consigam transpor a barreira da censura no país com um elevado fluxo de informações.
Segundo o assessor da Comissão Episcopal
Pastoral para a Comunicação Social da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB), padre Clovis Andrade de Melo, o impacto das redes
sociais na humanidade está mudando as relações interpessoais. “As redes
sociais são um caminho sem volta. É um espaço dinâmico de convívio
social. A censura só aumenta o desejo por conhecimento pois, quem tem a
informação, tem o poder em suas mãos. Por isso a China tem em sua
política o bloqueio parcial da informação, que na minha opinião é uma
política equivocada”, explicou.
Não somente o Twitter é clonado, como no
caso do site Weibo, as outras redes sociais também o são, como o
Facebook, Blogger, Google+, LinkedIn, Instagram, Flickr, Youtube, além
dos famosos motores de buscas, como o Google, Bing, Yahoo.
A lei chinesa quanto a utilização das
redes sociais para fins políticos e críticas sociais é bastante
rigorosa. Um dos casos mais representativos é o de Chen Wei, 42 anos,
que em dezembro passado foi condenado a nove anos de prisão por quatro
artigos publicados em seu blog. A acusação é de "incitação à subversão
contra o poder do Estado". Na verdade, Chen foi detido em fevereiro de
2011 por querer “promover a Primavera Árabe” na China, inspirada nas
revoltas no Oriente Médio.
Para o jesuíta e integrante do
Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, padre Antônio Spadaro,
profundo estudioso das mídias sociais, as redes sociais não são um meio
de comunicação, mas o lugar da comunicação. “Não podemos pensar a rede
como um instrumento, mas sim um lugar que nos permite existirmos no
mundo digital”, disse o padre Spadaro em sua palestra, em Brasília (DF)
no último dia 19 de maio, no Seminário para Jovens Comunicadores
promovido pela CNBB.
Ainda de acordo com o padre Spadaro,
hoje nenhuma mensagem passa se ela não for transmitida através de uma
relação. “Comunicar não significa transmitir, mas relacionar-se. É
justamente por isso que muitos canais de televisão estão morrendo pois,
os únicos canais que sobreviverão serão aqueles que criarem a capacidade
de interagirem com o público. A lógica das redes sociais nos faz
compreender que o conteúdo oferecido está sempre ligado a pessoa que o
oferece, não existindo assim comunicação neutra, ela sempre será
parcial”, explicou.
No Brasil
As
redes sociais fazem o maior sucesso em terras tupiniquins. Pesquisas
apontam que um em cada três brasileiros está conectado a internet, o que
equivale a 70 milhões de pessoas. O brasileiro gasta, em média, 23
horas e 12 minutos aos mês com internet. Entre os conectados, 79%
utilizam as redes sociais, ou seja, 55 milhões de pessoas. Só para ter
ideia do crescimento das redes sociais no país, somente em 2008, o
Twitter cresceu 1382%.
O episcopado brasileiro também faz parte
das estatísticas e se utiliza das novas ferramentas para a
evangelização. Seja na pessoa do cardeal, arcebispo e bispo, quanto de
uma arquidiocese, diocese ou prelazia, as redes sociais são parte
integrante da comunicação social moderna. As redes mais usadas são o
Facebook e o Twitter.
Um dos bispos mais atuante é o cardeal
arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer. "Saúdo a todos vocês,
que ajudam a anunciar, também aqui no mundo digital, que ‘Deus habita
esta cidade’! Se Jesus pregasse o Evangelho hoje, usaria também a
imprensa escrita, o rádio, a TV, a internet, o Twitter. Dê uma chance a
Ele!", postou o arcebispo em sua estreia na mídia social.
Visão do Papa
“Verdade,
proclamação e autenticidade da vida na era digital”, esse foi o título
da mensagem do papa Bento XVI para o 45º Dia Mundial das Comunicações,
no ano de 2011. O papa enalteceu pontos positivos da utilização das
redes sociais como a promoção do diálogo, mas alertou para algumas
condições: “Entrar no ciberespaço pode ser sinal de uma busca autêntica
de encontros pessoais com os outros, desde que as pessoas estejam
atentas e evitem perigos como o de se inserir em uma espécie de
existência paralela ou de o exposição excessiva ao mundo virtual”.
No dia 28 de junho de 2011, o papa
estreou no Twitter. Segundo o próprio Pontífice, o objetivo foi divulgar
o lançamento de um portal de notícias do Vaticano, o News.va. “Queridos
amigos, acabei de lançar o News.va. Louvado seja Nosso Senhor Jesus
Cristo. Com minhas orações e bênçãos. Bento XVI”, foi o primeiro post do
Sumo Sacerdote, na rede social.
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