sábado, 7 de maio de 2016

A Comissão Episcopal Pastoral Bíblico-Catequética da CNBB

Cidade do Vaticano (RV) - No nosso espaço dedicado a melhor conhecer as diferentes Comissões Episcopais Pastorais que compõe a CNBB, vamos tratar na edição de hoje, da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética.
FONTE:http://br.radiovaticana.va/news/2016/05/06/a_comiss%C3%A3o_episcopal_pastoral_b%C3%ADblico-catequ%C3%A9tica_da_cnbb/1227746 
A Comissão Bíblico-Catequética atua em nome da Conferência Episcopal, para promover tudo o que está ligado à evangelização no âmbito da difusão da Palavra de Deus e no âmbito do aprimoramento e do aprofundamento na busca de caminhos para a vida catequética em tempos culturais tão agitados e em processo de mudança tão grande. Promove encontros bíblicos, a leitura orante da Palavra pelo país afora e nos últimos anos tem as atenções voltadas, com grande vigor, com grande força, para a iniciação à vida cristã, ou seja, catequese em estilo catecumenal.

Dom José Antônio Peruzzo, Arcebispo de Curitiba e Presidente da Comissão, nos fala sobre o trabalho realizado e como este se articula com os diferentes Regionais da CNBB:
“No Brasil, graças a Deus, estamos a experimentar uma grande difusão e um gosto pela descoberta da potência evangelizadora com a Sagrada Escritura.Nossa gente, na cultura do nosso tempo, aqui no Brasil, parece que a força das instituições, do conceito, da norma, da regra, até a catequese, apresentá-la primeiro como esquema ou força doutrinal, não encontra receptividadeMas se todo o pensamento, a vida, as características, aquilo que é a alma da Igreja, for proposto por via, por meio, pela autoridade da Sagrada Escritura, a sensibilidade é muito maior. Pois bem, como se articula? Vez por outra encontramo-nos, em Brasília, todos os Regionais, com todos os representantes, para que possamos caminhar juntos e partilhar experiência, de maneira que a criatividade de um lugar possa inspirar caminhos novos em outro".
 O trabalho da Comissão, não é oferecer propostas, mas ouvir as experiências vividas nas diferentes realidades existente no Brasil:
"Vamos tomar um exemplo. Na Amazônia! É  um outro mundo, muito distinto do que no Sul do Brasil. A catequese com indígenas. Vamos tomar este exemplo. Na realidade, mais do que a CNBB oferecer propostas, temos os nossos representantes que vão até a Amazônia para se deixarem ensinar pelas experiências daquelas catequistas, graças a Deus até em bom número, que nos meios indígenas, lá no centro da Amazônia, conhecem uma outra forma de perceber as relações das pessoas  entre si, com o mundo,  com a natureza. Dias atrás estava o Assessor da CNBB, o Padre Antonio de Pizzoli, em Santarém e depois também em Manaus. Não para oferecer propostas, mas para ouvir a experiência. E é impressionante o quanto o modo indígena de compreender Deus, tem muitos pontos de confluência com aquelas experiências mais originárias da Igreja. As especificidades culturais, por exemplo, no Nordeste, é uma relativa autonomia para cada Regional. Desde Brasília, desde a sede da CNBB, se dá, se oferece retaguarda, mas há uma larga autonomia em cada região, em cada Regional, face a variedade de circunstâncias e de contextos. Ou seja, trabalhamos juntos, mas também tendo em grandíssimo cuidado as experiências locais. E aí é preciso disseminar a experiência conforme a vivência em cada lugar".
Brasil, um país com dimensões continentais, oferece seus desafios e dificuldades para o trabalho catequético. Dom Peruzzo nos fala quais são:
"São aproximadamente 800 mil catequistas no Brasil. O número é grande, hein! Uma das dificuldades maiores é a formação dos catequistas, as distâncias são grandes, os recursos não são suficientes, mas a gente tem...quem está empregado luta para conservar o emprego, e está crescendo infelizmente a problemática social e o desemprego no Brasil, há insuficiência de recursos, distâncias. Mas o maior desafio é preparar tantos catequistas, e oferecer-lhes possibilidades, não apenas de ensinar temas catequéticos ou questões doutrinais. Mas a catequese hoje não tem mais aquela característica de lição, digamos assim. É mais partilha de experiências. Evangelizar hoje, parece que mais do que ideias, é transmitir experiências. Não são as ideias de Jesus Cristo que salvam, mas é a pessoa de Jesus Cristo. E transmitir esta experiência de encontro com Ele é um caminho a percorrer, quase de iniciação à vida cristã para muitos catequistas. É uma mudança de paradigmas. E tudo isto requer tempo, paciência, perseverança, em um contexto de distância e de escassez. O que estamos preparando, agora a grande reflexão se concentra neste último ano, para meados do ano acho que já será possível, "Catequese na era digital". A internet será um poderoso meio de formação de catequistas".

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