19 de Março de 2012 - Cor Litúrgica: Branco
Padroeiro da Igreja Universal
(Missa própria: Glória, Creio, Prefácio próprio–Ofício solene próprio)
(Missa própria: Glória, Creio, Prefácio próprio–Ofício solene próprio)
Prezados
irmãos e irmãs, celebra-se hoje, 19 de Março, a Solenidade de São José,
logo após o Dia do Senhor, o quarto Domingo da Quaresma, Domingo da
Alegria – “Domingo Laetare”.
São José, Pai Adotivo de Jesus, esposo da Bem-Aventurada Virgem Maria e Patrono da Igreja universal, é também Patrono do nosso Seminário Diocesano e muitas comunidades em nossa Diocese de Petrolina.
Nosso querido Papa Bento XVI, por ocasião do III Domingo da Quaresma, no dia 19 de Março de 2006, assim pronunciou no Angelus:
“Queridos irmãos e irmãs: ...Apraz-me recordar que era muito devoto de São José também o amado Papa João Paulo II, o qual lhe dedicou a Exortação apostólica Redemptoris Custos Guarda do Redentor e certamente experimentou a sua assistência na hora da morte.
A
figura deste grande Santo, mesmo sendo bastante escondida, reveste na
história da salvação uma importância fundamental. Antes de tudo,
pertencendo ele à tribo de Judá, ligou Jesus à descendência davídica, de
forma que, realizando as promessas sobre o Messias, o Filho da Virgem
Maria se pôde tornar verdadeiramente "filho de David". O Evangelho de
Mateus, de modo particular, ressalta as profecias messiânicas que
encontraram cumprimento mediante o papel de José: o nascimento de Jesus
em Belém (2, 1-6); a sua passagem através do Egito, onde a Sagrada
Família se tinha refugiado (2, 13-15); a alcunha "Nazareno" (2, 22-23).
Em tudo isto ele demonstrou-se, ao mesmo nível da esposa Maria, herdeiro
autêntico da fé de Abraão: fé no Deus que guia os acontecimentos da
história segundo o seu misterioso desígnio salvífico. A sua grandeza, ao
mesmo nível da de Maria, sobressai ainda mais porque a sua missão se
desempenhou na humildade e no escondimento da casa de Nazaré. De resto, o
próprio Deus, na Pessoa do seu Filho encarnado, escolheu este caminho e
este estilo a humildade e o escondimento na sua existência terrena.
O
exemplo de São José é para todos nós um forte convite a desempenhar com
fidelidade, simplicidade e humildade a tarefa que a Providência nos
destinou. Penso antes de tudo, nos pais e nas mães de família, e rezo
para que saibam sempre apreciar a beleza de uma vida simples e
laboriosa, cultivando com solicitude o relacionamento conjugal e
cumprindo com entusiasmo a grande e difícil missão educativa. Aos
sacerdotes, que exercem a paternidade em relação às comunidades
eclesiais, São José obtenha que amem a Igreja com afeto e dedicação
total, e ampare as pessoas consagradas na sua jubilosa e fiel
observância dos conselhos evangélicos de pobreza, castidade e
obediência. Proteja os trabalhadores de todo o mundo, para que
contribuam com as suas várias profissões para o progresso de toda a
humanidade, e ajude cada cristão a realizar com confiança e com amor a
vontade de Deus, cooperando assim para o cumprimento da obra da
salvação.”
Recordamos
também a abertura da Catequese Familiar em nossa querida Paróquia de
São Paulo Apóstolo, com boa participação da Família – Pais e Filhos e
excelente presença dos Catequistas, numa manhã quente, cheia de
expectativas de chuvas pela intercessão do Glorioso São José! As
inscrições para a Catequese Familiar em toda a Diocese encontram-se
abertas até o final de Março (dia 31).
Abraços a todos e todas, uma semana abençoada e boa Quaresma.
Coordenação da Catequese Familiar Paroquial
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SOLENIDADE DE SÃO JOSÉ
a) As leituras da Solenidade de S. José abordam o tema da Aliança. José é apresentado como alguém pelo qual se vão começando já a cumprir as promessas de Deus. O Segundo Livro de Samuel narra a pretensão de Davi - generosa e grata - de construir uma casa para o Senhor. Expressa uma boa intenção humana de dispor de um espaço digno para Deus, expressa na Arca da Aliança. Mas, o mais importante é a solicitude de Deus que consolidará a linhagem de Davi, dando-lhe um descendente que construirá a verdadeira casa em honra do nome de Deus e que se manterá para sempre. A relação entre a sua descendência e Deus terá as mesmas características da relação entre pai e filho. Uma casa onde Deus se manifestará como Pai e toda a descendência como filhos. A Aliança prometida a Abraão ganha novos contornos que marcarão definitivamente a relação entre Deus e o seu povo. Jesus será o primeiro de uma nova linhagem que prestará para sempre um verdadeiro culto a Deus, em espírito e verdade. O Salmo evoca a certeza que fundamenta a fé do israelita: o Senhor é fiel, por todas gerações, à sua promessa, à sua aliança, ao seu amor. A nova aliança será para sempre. Assim entende e expressa o salmista, apesar dos momentos de infidelidade do povo. Proclama a certeza de uma esperança: viver sem ter visto cumprida a promessa. Nós não somente sabemos que a promessa já foi cumprida, mas também sabemos que Deus nos elevou à categoria de filhos.
b)
A Carta aos Romanos recorda que o cumprimento da promessa já se
realizou na figura de Jesus, Filho de Deus. Ele é o descendente da
linhagem de Davi que selou a aliança definitiva entre Deus e a
humanidade. Deus compromete-se a agir sempre como pai e à humanidade
oferece-lhe a dignidade de ser seus filhos. Uma aliança perene e
definitiva. O lugar do Pai será sempre a casa da humanidade; Deus será
sempre o lugar acolhedor para a humanidade. Só pela fé se consegue
experimentar este dom de Deus de se converter em lugar de intimidade e
acolhimento. Só pela fé responderemos à iniciativa de Deus. É missão dos
cristãos não desvalorizar a força e a radicalidade da fé para penetrar
na verdade de Deus e para agir com mais coerência na vida.
c) Em S. José encontramos um exemplo para esta reflexão. Este homem justo e bom do
Evangelho não tem nada a ver com um homem débil e influenciável, sem
critérios próprios. Era firme a sua confiança em Deus para aceitar os
planos divinos. Era firme de caráter para enfrentar com determinação
todas as consequências por aceitar Maria como esposa. Sem levantar a voz
nem procurar protagonismo, entrega-se à missão que recebeu. Não procura
ser mais que os outros homens. Não foi seduzido por esta tentação.
Entrega-se totalmente à missão que lhe foi confiada, sabendo que esta é a
parte que lhe corresponde realizar. Nisto consiste a paz e a felicidade: dar a própria vida. São José é um homem justo
porque colabora com Deus, acolhendo a sua proposta e respondendo
afirmativamente, ao estilo de Abraão e ao estilo de tantos cristãos ao
longo dos séculos. Perante as dúvidas, as inseguranças e os temores que
nos paralisam tantas vezes, S. José é o exemplo de valentia que tudo
arrisca por uma causa válida. O seu silêncio é impressionante. Tantas
vezes as palavras geram confusão. Nas palavras, ouvimos o que em nós é
mais superficial. No silêncio, estará sempre o mais essencial. José escuta, faz silêncio e atua.
Ele é um bom exemplo para viver um cristianismo de silêncios
comprometidos e de ações amadurecidas na “solidão sonora” da oração.
Fonte: www.sdplviseu.web.pt
Postado em 19/03/2012 - www.paroquiasaopaulo.org.br/novo
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