terça-feira, 20 de março de 2012

Solenidade de São José

19 de Março de 2012 - Cor Litúrgica: Branco
Padroeiro da Igreja Universal
(Missa própria: Glória, Creio, Prefácio próprio–Ofício solene próprio)

Prezados irmãos e irmãs, celebra-se hoje, 19 de Março, a Solenidade de São José, logo após o Dia do Senhor, o quarto Domingo da Quaresma, Domingo da Alegria – “Domingo Laetare”.
São José, Pai Adotivo de Jesus, esposo da Bem-Aventurada Virgem Maria e Patrono da Igreja universal, é também Patrono do nosso Seminário Diocesano e muitas comunidades em nossa Diocese de Petrolina.

Nosso querido Papa Bento XVI, por ocasião do III Domingo da Quaresma, no dia 19 de Março de 2006, assim pronunciou no Angelus:
Queridos irmãos e irmãs: ...Apraz-me recordar que era muito devoto de São José também o amado Papa João Paulo II, o qual lhe dedicou a Exortação apostólica Redemptoris Custos Guarda do Redentor e certamente experimentou a sua assistência na hora da morte.

A figura deste grande Santo, mesmo sendo bastante escondida, reveste na história da salvação uma importância fundamental. Antes de tudo, pertencendo ele à tribo de Judá, ligou Jesus à descendência davídica, de forma que, realizando as promessas sobre o Messias, o Filho da Virgem Maria se pôde tornar verdadeiramente "filho de David". O Evangelho de Mateus, de modo particular, ressalta as profecias messiânicas que encontraram cumprimento mediante o papel de José: o nascimento de Jesus em Belém (2, 1-6); a sua passagem através do Egito, onde a Sagrada Família se tinha refugiado (2, 13-15); a alcunha "Nazareno" (2, 22-23). Em tudo isto ele demonstrou-se, ao mesmo nível da esposa Maria, herdeiro autêntico da fé de Abraão: fé no Deus que guia os acontecimentos da história segundo o seu misterioso desígnio salvífico. A sua grandeza, ao mesmo nível da de Maria, sobressai ainda mais porque a sua missão se desempenhou na humildade e no escondimento da casa de Nazaré. De resto, o próprio Deus, na Pessoa do seu Filho encarnado, escolheu este caminho e este estilo a humildade e o escondimento na sua existência terrena.
O exemplo de São José é para todos nós um forte convite a desempenhar com fidelidade, simplicidade e humildade a tarefa que a Providência nos destinou. Penso antes de tudo, nos pais e nas mães de família, e rezo para que saibam sempre apreciar a beleza de uma vida simples e laboriosa, cultivando com solicitude o relacionamento conjugal e cumprindo com entusiasmo a grande e difícil missão educativa. Aos sacerdotes, que exercem a paternidade em relação às comunidades eclesiais, São José obtenha que amem a Igreja com afeto e dedicação total, e ampare as pessoas consagradas na sua jubilosa e fiel observância dos conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência. Proteja os trabalhadores de todo o mundo, para que contribuam com as suas várias profissões para o progresso de toda a humanidade, e ajude cada cristão a realizar com confiança e com amor a vontade de Deus, cooperando assim para o cumprimento da obra da salvação.”
Recordamos também a abertura da Catequese Familiar em nossa querida Paróquia de São Paulo Apóstolo, com boa participação da Família – Pais e Filhos e excelente presença dos Catequistas, numa manhã quente, cheia de expectativas de chuvas pela intercessão do Glorioso São José! As inscrições para a Catequese Familiar em toda a Diocese encontram-se abertas até o final de Março (dia 31).
Abraços a todos e todas, uma semana abençoada e boa Quaresma.

Coordenação da Catequese Familiar Paroquial
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SOLENIDADE DE SÃO JOSÉ

a) As leituras da Solenidade de S. José abordam o tema da Aliança. José é apresentado como alguém pelo qual se vão começando já a cumprir as promessas de Deus. O Segundo Livro de Samuel narra a pretensão de Davi - generosa e grata - de construir uma casa para o Senhor. Expressa uma boa intenção humana de dispor de um espaço digno para Deus, expressa na Arca da Aliança. Mas, o mais importante é a solicitude de Deus que consolidará a linhagem de Davi, dando-lhe um descendente que construirá a verdadeira casa em honra do nome de Deus e que se manterá para sempre. A relação entre a sua descendência e Deus terá as mesmas características da relação entre pai e filho. Uma casa onde Deus se manifestará como Pai e toda a descendência como filhos. A Aliança prometida a Abraão ganha novos contornos que marcarão definitivamente a relação entre Deus e o seu povo. Jesus será o primeiro de uma nova linhagem que prestará para sempre um verdadeiro culto a Deus, em espírito e verdade. O Salmo evoca a certeza que fundamenta a fé do israelita: o Senhor é fiel, por todas gerações, à sua promessa, à sua aliança, ao seu amor. A nova aliança será para sempre. Assim entende e expressa o salmista, apesar dos momentos de infidelidade do povo. Proclama a certeza de uma esperança: viver sem ter visto cumprida a promessa. Nós não somente sabemos que a promessa já foi cumprida, mas também sabemos que Deus nos elevou à categoria de filhos.

b) A Carta aos Romanos recorda que o cumprimento da promessa já se realizou na figura de Jesus, Filho de Deus. Ele é o descendente da linhagem de Davi que selou a aliança definitiva entre Deus e a humanidade. Deus compromete-se a agir sempre como pai e à humanidade oferece-lhe a dignidade de ser seus filhos. Uma aliança perene e definitiva. O lugar do Pai será sempre a casa da humanidade; Deus será sempre o lugar acolhedor para a humanidade. Só pela fé se consegue experimentar este dom de Deus de se converter em lugar de intimidade e acolhimento. Só pela fé responderemos à iniciativa de Deus. É missão dos cristãos não desvalorizar a força e a radicalidade da fé para penetrar na verdade de Deus e para agir com mais coerência na vida.

c) Em S. José encontramos um exemplo para esta reflexão. Este homem justo e bom do Evangelho não tem nada a ver com um homem débil e influenciável, sem critérios próprios. Era firme a sua confiança em Deus para aceitar os planos divinos. Era firme de caráter para enfrentar com determinação todas as consequências por aceitar Maria como esposa. Sem levantar a voz nem procurar protagonismo, entrega-se à missão que recebeu. Não procura ser mais que os outros homens. Não foi seduzido por esta tentação. Entrega-se totalmente à missão que lhe foi confiada, sabendo que esta é a parte que lhe corresponde realizar. Nisto consiste a paz e a felicidade: dar a própria vida. São José é um homem justo porque colabora com Deus, acolhendo a sua proposta e respondendo afirmativamente, ao estilo de Abraão e ao estilo de tantos cristãos ao longo dos séculos. Perante as dúvidas, as inseguranças e os temores que nos paralisam tantas vezes, S. José é o exemplo de valentia que tudo arrisca por uma causa válida. O seu silêncio é impressionante. Tantas vezes as palavras geram confusão. Nas palavras, ouvimos o que em nós é mais superficial. No silêncio, estará sempre o mais essencial. José escuta, faz silêncio e atua. Ele é um bom exemplo para viver um cristianismo de silêncios comprometidos e de ações amadurecidas na “solidão sonora” da oração.
Fonte: www.sdplviseu.web.pt
Postado em 19/03/2012 - www.paroquiasaopaulo.org.br/novo

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