O cristão ajuda sempre com alegria, sem fazer 'cara
feia', afirmou hoje o Papa.
Fonte: ALETEIA. RÁDIO VATICANO (31 DE MAIO DE
2016)
© Antoine Mekary / ALETEIA
Se aprendêssemos a servir e fôssemos ao encontro
dos outros, como mudaria o mundo. Foi a consideração com a qual o Papa
Francisco concluiu a homilia da missa da manhã, celebrada na Casa Santa Marta,
nesta terça-feira (31/05).
Francisco dedicou sua reflexão a Nossa Senhora, no
dia que se encerra o mês mariano. “Serviço e encontro fazem sentir uma alegria
que preenche nossas vidas”, disse o Papa.
Coragem feminina, capacidade de ir ao encontro dos
outros, estender a mão para uma ajuda, solicitude. E, principalmente, alegria,
daquelas que enchem o coração e dão à vida um novo sentido e uma nova direção.
Estes foram os tópicos extraídos por Francisco do
Evangelho do dia, que narra a visita de Maria a Santa Isabel.
Este trecho, junto com as palavras do Profeta Sofonias
na Primeira leitura e de São Paulo, na Segunda, delineia uma liturgia “cheia de
alegria” e chega como “um vento novo” que preenche nossas vidas.
Alegria e cara virada
“É feio ver cristãos com a cara virada, cristãos
tristes, é feio, feio, feio… Não são plenamente cristãos. Acreditam que são,
mas não o são totalmente. Esta é a mensagem cristã. E nesta atmosfera de
alegria que a liturgia nos dá de presente, gostaria de ressaltar apenas duas
coisas: primeiro, um comportamento; segundo, um fato. O comportamento é o
serviço”.
As mulheres: coragem da Igreja
O serviço de Maria é realizado sem incertezas,
observou o Papa. Maria, afirma o Evangelho, “se dirigiu apressadamente”, embora
estivesse grávida e arriscasse se deparar com malfeitores no decorrer da estrada.
“Esta jovem de 16 ou 17 anos, não mais”,
acrescentou Francisco, “era corajosa. Levanta-se e vai”, sem desculpas:
“Coragem de mulher. As mulheres corajosas que
existem na Igreja são como Nossa Senhora. Essas mulheres que levam avante a
família, essas mulheres que levam avante a educação dos filhos, que enfrentam
tantas adversidades, tanta dor, que curam os doentes… Corajosas: levantam-se e
servem, servem.
O serviço é sinal cristão. Quem não vive para
servir, não serve para viver. Serviço na alegria, esta é a atitude que gostaria
de destacar hoje. Há alegria e também serviço. Sempre para servir”.
O encontro é um sinal cristão
O segundo ponto sobre o qual o Papa se detém é o
encontro entre Maria e sua prima. “Essas duas mulheres – evidenciou – se
encontram, e se encontram com alegria”, aquele momento é “só festa”.
Se “nós aprendêssemos isso, serviço e ir ao
encontro dos outros, concluiu Francisco, “como o mundo mudaria”:
“O encontro é outro sinal cristão. Uma pessoa que
se diz cristã e não é capaz de ir ao encontro dos outros, de encontrar os
outros, não é totalmente cristã. Seja o serviço, seja o encontro, requerem sair
de si mesmos: sair para servir e sair para encontrar, para abraçar outra
pessoa. É com este serviço de Maria, com este encontro que se renova a promessa
do Senhor, se atua no presente, naquele presente. E propriamente o Senhor –
como ouvimos na primeira Leitura: ‘O Senhor, teu Deus, está no meio de ti” – o Senhor
está no serviço, o Senhor está no encontro”.
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