SEXTA, 16
MAIO 2014 16:27 CNBB
Dom Canísio
Klaus – Bispo Diocesano de Santa Cruz do Sul (RS)
O mês de
maio, além de dedicado às mães da terra, também é dedicado à Mãe do Céu. É por
isso que, entre os católicos, maio é conhecido como o mês de Maria. Colaboram
para isso as várias festividades marianas que são próprias deste tempo, tais
como Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora do Caravagio, Nossa Senhora
Auxiliadora e Nossa Senhora da visitação.
Na Diocese
de Santa Cruz do Sul, sempre que acontece o velório da mãe ou do pai de um
padre, os colegas marcam presença em grande número. Nestas horas o altar fica
rodeado por bispos e sacerdotes, que são a segunda família do padre.
Por que os
padres fazem isso?
Em primeiro
lugar, evidentemente, para prestar sua solidariedade ao colega presbítero que
perdeu um ente querido. Mas também porque entre os padres existe a convicção de
que “a mãe de um colega” é também mãe de todos os padres, portanto, mãe
sacerdotal. É lógico que a forma da maternidade é diferente para o colega que
foi gerado no ventre daquela mãe e os colegas que a adotaram por mãe a partir do
presbitério. Mas ela sempre será mãe, independente de ter gerado o filho ou ter
sido adotada por mãe. Algo parecido, aliás, acontece no casamento, quando a mãe
da esposa também passa a ser tratada como uma segunda mãe para o esposo.
Maria
Santíssima foi a mãe carnal de Jesus de Nazaré. Na hora da cruz, Jesus entregou
esta mãe para o apóstolo João, que era seu discípulo mais querido. A partir
daí, Maria Santíssima passou a ser tratada pelas primeiras comunidades cristãs
com aquele mesmo amor que Jesus devotava à mãe. Em outros termos, por ser a mãe
de Jesus, Maria passou a ser vista como a mãe de todos os cristãos. É o que
escreveu o Papa Francisco na Encíclica Lumen Fidei (n.59): “A verdadeira
maternidade de Maria garantiu, ao Filho de Deus, uma verdadeira carne na qual
morrerá na cruz e ressuscitará dos mortos. Maria o acompanha até a cruz, donde
a sua maternidade se estenderá a todo o discípulo de seu Filho”.
Como
católicos, temos orgulho em dizer que Maria, além de mãe do Filho de Deus,
também é mãe de todos nós, ou seja, é mãe de todos aqueles que se reconhecem
filhos de Deus em Jesus de Nazaré. Maria é mãe de Jesus, é mãe da Igreja e é
nossa mãe. Por isso sentimos dor no coração quando irmãos nossos menosprezam a
ela, chegando ao ponto de quebrar as suas imagens.
Maria, a
exemplo das nossas mães terrenas, nos protege como filhos e nos auxilia quando
passamos por dificuldades. Por isso dedicamos o mês de maio a ela,
prestando-lhe as nossas homenagens. Ao mesmo tempo, junto com o Papa, pedimos:
“Ensinai-nos a ver com os olhos de Jesus, para que Ele seja luz no nosso
caminho. E que esta luz da fé cresça sempre em nós até chegar aquele dia sem
ocaso que é o próprio Cristo, vosso Filho, nosso Senhor." (LF n. 60).
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