terça-feira, 20 de maio de 2014

Promotor de justiça alerta para os cuidados com a criança e o adolescente



FONTE: A VOZ DO SÃO FRANCISCO – Emissora Rural (20 DE MAIO DE 2014)
PUBLICADO EM: CIDADE, DESTAQUE

Ainda com alusão ao 18 de maio, dia de enfrentamento ao abuso e violência sexual contra crianças e adolescentes, o promotor de justiça da Vara da Infância e da Juventude, Fernando Portela, esteve na manhã desta terça-feira, 20, Emissora Rural falando do assunto. Para o promotor “o que está acontecendo na sociedade brasileira é uma overdose de liberdade”, afirmou.

Segundo Dr. Fernando Portela
depois do advento da Constituição de 1988 e da quebra do regime militar em que se vive uma democracia e o exercício da cidadania, mas muitas pessoas têm confundido esses conceitos com irresponsabilidade. “Nós estamos vivendo uma espécie de guerra civil no Brasil, não declarada”, disse.

Para o promotor a violência sexual contra as crianças e os adolescentes se deve a um conjunto da sociedade que ainda não entendeu que a liberdade precisa ser freada quando ela passa a agredir o direito alheio. Dr. Fernando Portela criticou os grandes veículos de comunicação, sobretudo a TV, que tem levado, segundo ele, o imoral e o vil ao público como uma coisa normal. “Nós adultos sabemos diferenciar o que presta e o que não presta, mas eu pergunto: e as crianças?” questionou o promotor.

Dr. Fernando Portela disse, na entrevista, que enquanto o ser humano não mudar, não se voltar para Deus, nenhuma lei vai resolver o problema da violência sexual contra crianças e adolescentes. “Você pegar uma criança, um adolescente e explorar sexualmente, não tem pena no mundo que vá restituir novamente a dignidade de uma criança violada ou a dor de um pai diante de uma situação dessa natureza. O problema não é somente criar leis, mas é toda a sociedade se envolver, dizer não a esse tipo de violência”, afirmou.

De acordo com o promotor da Vara da Infância e da Juventude, Infelizmente a pornografia no mundo está sendo patrocinada de forma vil e rápida e não temos os instrumentos para coibir isso. “O Estado brasileiro, lamentavelmente, tem sido muito hipócrita nessa situação do trato com as crianças e os adolescentes. O estatuto diz claramente que a política número 01 do estado é a defesa das crianças e dos adolescentes e passados mais de 20 anos que foi  editado nós percebemos que a lei ainda não saiu do papel. O que o Estado brasileiro como um todo gastam com a infância e a juventude são muito ínfimos, e se eu criar uma lei e não der instrumentalidade para essa lei, ela vai se voltar contra a sociedade”, desabafou Dr. Fernando Portela.
Por Angela Santana 
Central de Jornalismo da Voz do São Francisco.


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